Palavra do leitor
- 02 de abril de 2015
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A Páscoa e o Deus de fora!
‘’Não sou cristão, como se fosse uma espécie de um título ou algo que me identificasse como pertencente a um grupo, a uma comunidade, a uma nação, mas sim, porque aceito o chamado para uma existência que, sem nenhuma dúvida, somente alcança sentido para outros, com outros e em favor de outros.’’
Mais uma páscoa bate as portas, junto com a sexta – feira santa, com o malhar o Judas, embora não seja uma prática corrente, em nossos dias, principalmente, nos denominados espaços metropolitanos. Para os considerados cristãos, a páscoa traz e tem um significado específico, ao qual deve ser lembrado, como a ressurreição de Cristo.
Então, a partir desse ponto, ouso ir além e efetuar uma leitura, referente a encarnação de Deus em favor de nós, através da entrada, da trajetória pelas ambiguidades e ambivalências, pelas tensões e contingências, pelas dúvidas e incertezas, pelas respostas não respondidas e pelo silêncio.
Deve ser dito, toda essa caminhada desemboca na crucificação e, por conseguinte, na ressurreição. Agora, qual o sentido da Páscoa, caso não seja Deus estar ai e aqui para outros, da existência da Graça ir a direção do próximo de, como discípulos, trilharmos uns pelos outros, em comunidade, em uma solidariedade efetiva?
Vou adiante, a páscoa nos lança para o mundo, não nos tira dos desafios de cada dia, dos marginalizados, dos excluídos, dos desesperançados, dos vitimados pelas desgraças da vida.
Afinal de contas, qual o sentido, qual a serventia de celebrarmos esse momento, senão conceber o outro como parte fundamental de nossa fé, de nosso credo, de nossa postura e de nosso proceder?
Em tudo isso, a páscoa rompe e irrompe com uma mera comemoração, como parte de um ritualismo sacramental e como condição sine qua non ou fundamental para católicos, evangélicos, ortodoxos. Não por menos, leva – nos a não repudiar a vida, a não renunciar a alegria e o deleite dos bons momentos, de que, mesmo diante, dos pedaços do pão nosso, podemos encontrar bondade e beleza. Evidentemente, os enredos ao quais compõem essa narrativa pode soar estranho, quando olhamos para uma realidade secular e para uma espiritualidade que não aponta em prol do próximo.
É bem verdade, o discurso a ser adotado pela maioria das igrejas concentrar – se – ão na ressurreição de Cristo, no sobrepujar da morte; entretanto, arrisco pelo enfoque de um resgate pela vida, de uma resistência pelo viver e pelo sonhar, de um perdão que aponta para um futuro, de uma justiça que restaura e reconcilia, de uma misericórdia que abre vias para um presente de tolerância, de uma liberdade que não abomina o próximo, devido a peculiaridades culturais, sociais, econômicas, políticas. Acredito, verdadeiramente, em um páscoa por onde as pessoas se tornem, cada vez mais, como um árduo e não impossível, livres de um sistema mais compromissado a descartar.
Muito embora, a páscoa acaba por ser resumida a um mero evento, somos chamados para ir a direção do Deus de fora de uma ressurreição desencarnada, de uma fé não envolvida com Cristo, de uma transcendência que mais parece com um gueto, com um esconderijo, com um quarto pelo qual me escondo da vida e não a enfrento. Grosso modo, o por qual motivo não perguntar:
- A páscoa a qual cultivo me leva ao Deus de fora dos legalismos?
Eis a interessante marca da páscoa e de sua correspondente ressurreição assentada a proporcionar vida, promover o viver, constituir uma esperança que me faça existir para outros e em comunidade.
Mais uma páscoa bate as portas, junto com a sexta – feira santa, com o malhar o Judas, embora não seja uma prática corrente, em nossos dias, principalmente, nos denominados espaços metropolitanos. Para os considerados cristãos, a páscoa traz e tem um significado específico, ao qual deve ser lembrado, como a ressurreição de Cristo.
Então, a partir desse ponto, ouso ir além e efetuar uma leitura, referente a encarnação de Deus em favor de nós, através da entrada, da trajetória pelas ambiguidades e ambivalências, pelas tensões e contingências, pelas dúvidas e incertezas, pelas respostas não respondidas e pelo silêncio.
Deve ser dito, toda essa caminhada desemboca na crucificação e, por conseguinte, na ressurreição. Agora, qual o sentido da Páscoa, caso não seja Deus estar ai e aqui para outros, da existência da Graça ir a direção do próximo de, como discípulos, trilharmos uns pelos outros, em comunidade, em uma solidariedade efetiva?
Vou adiante, a páscoa nos lança para o mundo, não nos tira dos desafios de cada dia, dos marginalizados, dos excluídos, dos desesperançados, dos vitimados pelas desgraças da vida.
Afinal de contas, qual o sentido, qual a serventia de celebrarmos esse momento, senão conceber o outro como parte fundamental de nossa fé, de nosso credo, de nossa postura e de nosso proceder?
Em tudo isso, a páscoa rompe e irrompe com uma mera comemoração, como parte de um ritualismo sacramental e como condição sine qua non ou fundamental para católicos, evangélicos, ortodoxos. Não por menos, leva – nos a não repudiar a vida, a não renunciar a alegria e o deleite dos bons momentos, de que, mesmo diante, dos pedaços do pão nosso, podemos encontrar bondade e beleza. Evidentemente, os enredos ao quais compõem essa narrativa pode soar estranho, quando olhamos para uma realidade secular e para uma espiritualidade que não aponta em prol do próximo.
É bem verdade, o discurso a ser adotado pela maioria das igrejas concentrar – se – ão na ressurreição de Cristo, no sobrepujar da morte; entretanto, arrisco pelo enfoque de um resgate pela vida, de uma resistência pelo viver e pelo sonhar, de um perdão que aponta para um futuro, de uma justiça que restaura e reconcilia, de uma misericórdia que abre vias para um presente de tolerância, de uma liberdade que não abomina o próximo, devido a peculiaridades culturais, sociais, econômicas, políticas. Acredito, verdadeiramente, em um páscoa por onde as pessoas se tornem, cada vez mais, como um árduo e não impossível, livres de um sistema mais compromissado a descartar.
Muito embora, a páscoa acaba por ser resumida a um mero evento, somos chamados para ir a direção do Deus de fora de uma ressurreição desencarnada, de uma fé não envolvida com Cristo, de uma transcendência que mais parece com um gueto, com um esconderijo, com um quarto pelo qual me escondo da vida e não a enfrento. Grosso modo, o por qual motivo não perguntar:
- A páscoa a qual cultivo me leva ao Deus de fora dos legalismos?
Eis a interessante marca da páscoa e de sua correspondente ressurreição assentada a proporcionar vida, promover o viver, constituir uma esperança que me faça existir para outros e em comunidade.
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