Palavra do leitor
- 28 de fevereiro de 2011
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A origem da coisa
Nos primeiros séculos formativos do Cristianismo, o jeito de pensar as coisas veio dos Gregos e Romanos. Uma dessas influências foi pela via do "prazer" (não é bem isso que você está pensando).
Era um prazer resultante da "ausência do" medo (da dor, por exemplo); de "como o mundo funcionava": não seria mais necessário aplacar os deuses sacrificando o filho mais velho. Era prazer resultante do estabelecimento de limites aos "desejos" (sentidos) também.
Chama-se isso hoje de "felicidade" (mas não é a antiga). À época, felicidade tinha a ver com "virtú". O prazer, a felicidade, advinda da virtude.
Já que falamos de virtudes, essa foi apensada ao Cristianismo (espantou-se? "virtú" é coisa de filosofia Grega, Aristóteles), o importante não era o que uma pessoa dizia, mas como se comportava diante do destino.
Isso conduzia à felicidade. As coisas na vida até podiam dar errado, mas como optou-se por uma vida de ‘virtú’, até a dor podia ser controlada porque a felicidade não era a ‘desse mundo’. Se não daqui, então era do alto. Com a COISA do alto, era possível agüentar os trancos da vida.
Como ‘amarrar’ isso tudo numa certa ordem que fazia sentido?
O Cristianismo saiu do Judaísmo, e esse tinha uma concepção muito forte de que no meio dessa orgia de deuses tinha UM especial e único, pensou-se em dar sentido a isso já que a nova religião chamada Cristã a essa altura fincara raízes onde hoje está a Europa.
Os Gregos ajudaram de novo. Calvino tinha uma ‘caidinha’ pelos estóicos (Sêneca). Se tudo que existe, desaparece, fede, morre ou fica velho, deve ter alguma coisa que não desaparece, nem fede, nem morre ou fica velho.
Vamos dizer que essa COISA é eterna, permanente.
Se assim, essa COISA tem poderes. Era a época dos reis e fácil pensar em poder. Eis aí conceitos medievais de onipotência, onisciência e onipresença agora atreladas à COISA, que a moçada ultraconservadora aqui usa como dogma.
E se essa COISA é tudo isso, logo é boa, razoável, justa.
O período agora é de Romeu e Julieta e amor estava em voga e foi usado também para caracterizar esse Ser que agora já não era mais COISA. Mas um Ser com características pessoais: amor.
Agora acresce-se outro ingrediente. Até então ninguém pensara no planeta terra como esse mundão com três quartos de água e muita gente.
A maioria achava que durante o dia, olhando para o céu, via-se uma bola de fogo que chamaram de sol girando ao redor da terra. Como a terra ficava quieta e o sol movia nada se podia ser feito.
Aí apareceu um sujeito que mostrou por A+B que a terra girava ao redor daquela bola vermelha. Era a terra que movimentava! Acabava de ser pensado a idéia de ‘movimento’ e ‘progresso’.
Bastou isso para os seguidores daquela coisa que passou a ser COISA, que virou SER e evoluiu para DEUS pensassem, já que nos movemos, façamos um movimento mundial e deram o nome de ‘movimento’ missionário. O mundo inteiro abraçou DEUS.
Claro, algumas partes do mundo preferiram ficar com a Coisa antiga. Outros não satisfeitos com coisa alguma e ainda outros preferiram se especializar. Mas o que vingou mesmo foi DEUS.
Novo choque no mundo. As mudanças começaram a mudar de novo quando alguém fervendo água para fazer chá esqueceu a tampa. Cinco minutos depois foi tudo para os ares. Naquele instante nascia a ‘força motriz’: o vapor. Tens panela de pressão em casa?
Dali em diante foi fácil inventar um negócio que rodava sobre trilhos. Foi realmente um ‘trem danado de bão’.
Junto com o vapor vieram outras coisas boas que a maior parte das pessoas conhece e usa até hoje.
Mas uma grande mudança veio de outra área.
No começo o Cristianismo cresceu por conta dos estóicos (lembra de Calvino acima?) e com Platão fornecendo as idéias. Agora novos filósofos jogaram mais idéias novas e uma delas tinha a ver com aquilo que se convencionaria chamar mais tarde de ‘direitos humanos’.
Um desses direitos: cada um agora era livre para fazer e produzir o que desejasse desde que obedecesse as leis. Como as leis podiam ser mais facilmente mudadas, somada à vontade de ganhar dinheiro, de ser feliz (diferente da felicidade dos estóicos), de poder, de mudar a própria vontade, etc., logo o Cristianismo mudou de novo: só que em vez de mudar as pessoas como fazia até então, cada um tornando-se lei para si mesmo dentro da lei de cada país foi o Cristianismo que mudou. Teve que adaptar-se!
Onde eu quero chegar?
Todas as vezes que você sair berrando pelas praças, esquinas, púlpitos, microfones de igrejas, instituições de ensino, aqui na ULTIMATO, na internet, via a parafernália de acessórios criados pelo homem, lembre-se de que isso tudo está mudando o Cristianismo!
Não adianta gritar até ficar rouco pedindo para o mundo acabar, o arrebatamento e o juízo final chegarem, a religião dar uma ‘esquentada’, meter o pau no Edir Macedo e a turma dele, que nada vai adiantar.
Charles Darwin está no meio disso aí também e só agora começam a ouvi-lo. Ainda vem mais COISA por aí.
Era um prazer resultante da "ausência do" medo (da dor, por exemplo); de "como o mundo funcionava": não seria mais necessário aplacar os deuses sacrificando o filho mais velho. Era prazer resultante do estabelecimento de limites aos "desejos" (sentidos) também.
Chama-se isso hoje de "felicidade" (mas não é a antiga). À época, felicidade tinha a ver com "virtú". O prazer, a felicidade, advinda da virtude.
Já que falamos de virtudes, essa foi apensada ao Cristianismo (espantou-se? "virtú" é coisa de filosofia Grega, Aristóteles), o importante não era o que uma pessoa dizia, mas como se comportava diante do destino.
Isso conduzia à felicidade. As coisas na vida até podiam dar errado, mas como optou-se por uma vida de ‘virtú’, até a dor podia ser controlada porque a felicidade não era a ‘desse mundo’. Se não daqui, então era do alto. Com a COISA do alto, era possível agüentar os trancos da vida.
Como ‘amarrar’ isso tudo numa certa ordem que fazia sentido?
O Cristianismo saiu do Judaísmo, e esse tinha uma concepção muito forte de que no meio dessa orgia de deuses tinha UM especial e único, pensou-se em dar sentido a isso já que a nova religião chamada Cristã a essa altura fincara raízes onde hoje está a Europa.
Os Gregos ajudaram de novo. Calvino tinha uma ‘caidinha’ pelos estóicos (Sêneca). Se tudo que existe, desaparece, fede, morre ou fica velho, deve ter alguma coisa que não desaparece, nem fede, nem morre ou fica velho.
Vamos dizer que essa COISA é eterna, permanente.
Se assim, essa COISA tem poderes. Era a época dos reis e fácil pensar em poder. Eis aí conceitos medievais de onipotência, onisciência e onipresença agora atreladas à COISA, que a moçada ultraconservadora aqui usa como dogma.
E se essa COISA é tudo isso, logo é boa, razoável, justa.
O período agora é de Romeu e Julieta e amor estava em voga e foi usado também para caracterizar esse Ser que agora já não era mais COISA. Mas um Ser com características pessoais: amor.
Agora acresce-se outro ingrediente. Até então ninguém pensara no planeta terra como esse mundão com três quartos de água e muita gente.
A maioria achava que durante o dia, olhando para o céu, via-se uma bola de fogo que chamaram de sol girando ao redor da terra. Como a terra ficava quieta e o sol movia nada se podia ser feito.
Aí apareceu um sujeito que mostrou por A+B que a terra girava ao redor daquela bola vermelha. Era a terra que movimentava! Acabava de ser pensado a idéia de ‘movimento’ e ‘progresso’.
Bastou isso para os seguidores daquela coisa que passou a ser COISA, que virou SER e evoluiu para DEUS pensassem, já que nos movemos, façamos um movimento mundial e deram o nome de ‘movimento’ missionário. O mundo inteiro abraçou DEUS.
Claro, algumas partes do mundo preferiram ficar com a Coisa antiga. Outros não satisfeitos com coisa alguma e ainda outros preferiram se especializar. Mas o que vingou mesmo foi DEUS.
Novo choque no mundo. As mudanças começaram a mudar de novo quando alguém fervendo água para fazer chá esqueceu a tampa. Cinco minutos depois foi tudo para os ares. Naquele instante nascia a ‘força motriz’: o vapor. Tens panela de pressão em casa?
Dali em diante foi fácil inventar um negócio que rodava sobre trilhos. Foi realmente um ‘trem danado de bão’.
Junto com o vapor vieram outras coisas boas que a maior parte das pessoas conhece e usa até hoje.
Mas uma grande mudança veio de outra área.
No começo o Cristianismo cresceu por conta dos estóicos (lembra de Calvino acima?) e com Platão fornecendo as idéias. Agora novos filósofos jogaram mais idéias novas e uma delas tinha a ver com aquilo que se convencionaria chamar mais tarde de ‘direitos humanos’.
Um desses direitos: cada um agora era livre para fazer e produzir o que desejasse desde que obedecesse as leis. Como as leis podiam ser mais facilmente mudadas, somada à vontade de ganhar dinheiro, de ser feliz (diferente da felicidade dos estóicos), de poder, de mudar a própria vontade, etc., logo o Cristianismo mudou de novo: só que em vez de mudar as pessoas como fazia até então, cada um tornando-se lei para si mesmo dentro da lei de cada país foi o Cristianismo que mudou. Teve que adaptar-se!
Onde eu quero chegar?
Todas as vezes que você sair berrando pelas praças, esquinas, púlpitos, microfones de igrejas, instituições de ensino, aqui na ULTIMATO, na internet, via a parafernália de acessórios criados pelo homem, lembre-se de que isso tudo está mudando o Cristianismo!
Não adianta gritar até ficar rouco pedindo para o mundo acabar, o arrebatamento e o juízo final chegarem, a religião dar uma ‘esquentada’, meter o pau no Edir Macedo e a turma dele, que nada vai adiantar.
Charles Darwin está no meio disso aí também e só agora começam a ouvi-lo. Ainda vem mais COISA por aí.
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