Palavra do leitor
- 17 de janeiro de 2011
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A mente imutável de Cristo
Entre os belos presentes que ganhei nesse Natal, um livro tocou-me mais profundamente. O Peregrino, de John Bunnyan, escrito em meados do século VII. Ainda não terminei a leitura, estou em ritmo de degustação, mas um parágrafo onde Cristão dialoga com os senhores Apego-ao-mundo, Amor-ao-dinheiro, Avarento, Interesse Oculto e Interesse Próprio na cidade de Amor-ao-lucro, chamou a minha atenção e senti desejo imediato de registrar a descoberta.
No diálogo, as figuras acima citadas fazem uma defesa da inocência do enriquecimento e acumulação de bens na religião respondendo a seguinte questão, proposta por eles mesmos:
"- Imagine que um homem, um ministro ou um comerciante, etc., tenha diante de si a oportunidade de alcançar regalias nesta vida. Ele, porém, de modo nenhum pode tomá-las para si sem que, pelo menos na aparência, se faça extraordináriamente zeloso de alguns pontos da religião pelos quais ele antes nem sequer se interessava. Não poderá ele usar esse meio para para alcançar o seu propósito, conservando-se ainda assim homem justo e honesto?"
Inquirido sobre seu modo de pensar a respeito do assunto, Cristão dá esta resposta:
" - Mesmo uma criança no campo da religião pode responder dez mil dessas perguntas. Se é ilícito seguir a Cristo por pedaços de pão, como se vê em João 6, quanto mais abominável não será fazer de Cristo e da religião pretexto para abraçar e desfrutar o mundo. Somente pagãos, hipócritas, diabos e feiticeiros aceitam tal opinião."(…)
- Os fariseus hipócritas - disse Cristão, também praticavam essa mesma religião. Seu pretexto eram as longas orações, mas sua meta era tomar a casa das viúvas, e por isso Deus dedicou-lhe maior condenação no seu juízo.”
Então ele cita os exemplos bíblicos de Hamor e Siquém, Judas e Simão, o mago, concluindo:
“Tampouco posso deixar de dizer que o homem que abraça a religião pelo mundo dispensa a religião pelo mundo, pois tão certo como Judas desejava o mundo ao tornar-se religioso, também pelo mesmo motivo vendeu sua religião e o seu próprio Mestre. Portanto dar resposta afirmativa a essa pergunta, como percebo que vocês fizeram, e aceitá-la como autêntica, é agir como pagão, hipócrita e diabo, e a sua recompensa será conforme as suas obras.”
A grande revelação está na confirmação de que a mente de Cristo é imutável. Os seus profetas, em qualquer século que se levantem, defendem as mesmas posições: A religião cega, os homens a utilizam em seu interesse próprio e se desviam do propósito inabalado de Cristo – a justiça, a fé e o Amor.
Não é à toa que o mundo vai de mal a pior…
No diálogo, as figuras acima citadas fazem uma defesa da inocência do enriquecimento e acumulação de bens na religião respondendo a seguinte questão, proposta por eles mesmos:
"- Imagine que um homem, um ministro ou um comerciante, etc., tenha diante de si a oportunidade de alcançar regalias nesta vida. Ele, porém, de modo nenhum pode tomá-las para si sem que, pelo menos na aparência, se faça extraordináriamente zeloso de alguns pontos da religião pelos quais ele antes nem sequer se interessava. Não poderá ele usar esse meio para para alcançar o seu propósito, conservando-se ainda assim homem justo e honesto?"
Inquirido sobre seu modo de pensar a respeito do assunto, Cristão dá esta resposta:
" - Mesmo uma criança no campo da religião pode responder dez mil dessas perguntas. Se é ilícito seguir a Cristo por pedaços de pão, como se vê em João 6, quanto mais abominável não será fazer de Cristo e da religião pretexto para abraçar e desfrutar o mundo. Somente pagãos, hipócritas, diabos e feiticeiros aceitam tal opinião."(…)
- Os fariseus hipócritas - disse Cristão, também praticavam essa mesma religião. Seu pretexto eram as longas orações, mas sua meta era tomar a casa das viúvas, e por isso Deus dedicou-lhe maior condenação no seu juízo.”
Então ele cita os exemplos bíblicos de Hamor e Siquém, Judas e Simão, o mago, concluindo:
“Tampouco posso deixar de dizer que o homem que abraça a religião pelo mundo dispensa a religião pelo mundo, pois tão certo como Judas desejava o mundo ao tornar-se religioso, também pelo mesmo motivo vendeu sua religião e o seu próprio Mestre. Portanto dar resposta afirmativa a essa pergunta, como percebo que vocês fizeram, e aceitá-la como autêntica, é agir como pagão, hipócrita e diabo, e a sua recompensa será conforme as suas obras.”
A grande revelação está na confirmação de que a mente de Cristo é imutável. Os seus profetas, em qualquer século que se levantem, defendem as mesmas posições: A religião cega, os homens a utilizam em seu interesse próprio e se desviam do propósito inabalado de Cristo – a justiça, a fé e o Amor.
Não é à toa que o mundo vai de mal a pior…
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