Palavra do leitor
- 13 de janeiro de 2012
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A maldita ocasião
Espiritual e moralmente os servos de Deus conflitam com os valores do mundo, o que é esperado, sendo eles, o que são. “Não são do mundo, como eu do mundo não sou.” Jo 17; 16 Uma separação espiritual, que, necessariamente demanda uma ética diversa. Um ditado comum que se usa por aí, é que a ocasião faz o ladrão. Assim, deve ser atenuante, em caso de alguém furtar ante uma ocasião favorável.
Dia desses, a reportagem da Rede Globo mostrou a atuação de manobristas que furtam moedas e guloseimas dos carros que deveriam apenas estacionar. Ocasiões favoráveis, e furtos irrisórios, que praticados durante todo expediente devem render mais que os salários dos “profissionais”.
Segundo Ortega Y Gasset, “O homem é o homem e suas circunstâncias”. Desse modo, o ilustre pensador parece concordar que as ocasiões determinam ou, pautam as atitudes humanas.
Todavia, ouso discordar dele, bem como, do dito popular. Para mim, o homem é o homem, e seu caráter. Um exemplo notável foi José filho de Jacó, quando assediado sexualmente pela mulher de Potifar. “Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?” Gn; 37; 9
Faltou algo ao servo do Senhor para tirar proveito de ocasião tão favorável, ou, quem sabe, sobrou decência, escrúpulos. Quanto ao que joga no outro time, o sem caráter, acaba fazendo valer seus anseios mesmo em terreno desfavorável, como adverte Isaías: “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniqüidade, e não atenta para a majestade do SENHOR.” Is 26; 10
Um lugar que deveria ser “terra da retidão” é onde se faz menção do Nome do Senhor, como a igreja, por exemplo. Entretanto, muitos, sem nenhum pudor usurpam a Palavra do Santo para manipularem pessoas em prol de seus mesquinhos interesses.
A falta de formação espiritual, o império do direito e a omissão do dever, tão em voga; o crasso hedonismo onde o bom deve ser buscado a todo custo; enquanto, o bem, basta ser simulado para “justificar-se” perante uma sociedade hipócrita, e, sobretudo, a ausência de referenciais morais, onde a corrupção é a regra e a decência parece tolice, tem engendrado uma súcia de ladrões, como nuvem trevosa sobre a terra brasileira. Eles estão na política, nos esportes, nas artes, e pasmem, na igreja, onde são mais pujantes. O que resta quando o “bombeiro” e o incendiário são a mesma pessoa?
O mesmo profeta ensina: “Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26; 10 Ensinariam esses, os juízos de Deus uma vez que, os tais juízos os atingem primeiro?
Schopenhauer em seu “Livre Arbítrio” advoga que o caráter é imutável; assim, dado o motivo e o caráter, as ações resultam necessárias. Ele pode estar certo, pois, a Palavra de Deus não fala de mudança de caráter, simplesmente, antes, preceitua novo nascimento, acompanhando o novo ser, novos valores. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17
O “aprendizado” nesse mundo ímpio se dá na escola do maligno e permeia os atos de seus seguidores. Jeremias adverte: “Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13; 23
Assim, pessoas que precisam desesperadamente sair de seus lamaçais, são estimuladas a buscar mais lama, para, enfim, serem “abençoadas”.
Em suma, a mesma ocasião que parece uma oportunidade de furtar para uns, a outros, se torna motivo para glorificarem a Deus, como fez José, e fazem muitos, que ainda honram ao Santo Nome do Senhor. A ocasião é a “marca d’água” que revela o verdadeiro e o falso; o irresistível pedaço de carne para os lobos, e o estranho alimento ao paladar sadio das ovelhas.
Dia desses, a reportagem da Rede Globo mostrou a atuação de manobristas que furtam moedas e guloseimas dos carros que deveriam apenas estacionar. Ocasiões favoráveis, e furtos irrisórios, que praticados durante todo expediente devem render mais que os salários dos “profissionais”.
Segundo Ortega Y Gasset, “O homem é o homem e suas circunstâncias”. Desse modo, o ilustre pensador parece concordar que as ocasiões determinam ou, pautam as atitudes humanas.
Todavia, ouso discordar dele, bem como, do dito popular. Para mim, o homem é o homem, e seu caráter. Um exemplo notável foi José filho de Jacó, quando assediado sexualmente pela mulher de Potifar. “Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?” Gn; 37; 9
Faltou algo ao servo do Senhor para tirar proveito de ocasião tão favorável, ou, quem sabe, sobrou decência, escrúpulos. Quanto ao que joga no outro time, o sem caráter, acaba fazendo valer seus anseios mesmo em terreno desfavorável, como adverte Isaías: “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniqüidade, e não atenta para a majestade do SENHOR.” Is 26; 10
Um lugar que deveria ser “terra da retidão” é onde se faz menção do Nome do Senhor, como a igreja, por exemplo. Entretanto, muitos, sem nenhum pudor usurpam a Palavra do Santo para manipularem pessoas em prol de seus mesquinhos interesses.
A falta de formação espiritual, o império do direito e a omissão do dever, tão em voga; o crasso hedonismo onde o bom deve ser buscado a todo custo; enquanto, o bem, basta ser simulado para “justificar-se” perante uma sociedade hipócrita, e, sobretudo, a ausência de referenciais morais, onde a corrupção é a regra e a decência parece tolice, tem engendrado uma súcia de ladrões, como nuvem trevosa sobre a terra brasileira. Eles estão na política, nos esportes, nas artes, e pasmem, na igreja, onde são mais pujantes. O que resta quando o “bombeiro” e o incendiário são a mesma pessoa?
O mesmo profeta ensina: “Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26; 10 Ensinariam esses, os juízos de Deus uma vez que, os tais juízos os atingem primeiro?
Schopenhauer em seu “Livre Arbítrio” advoga que o caráter é imutável; assim, dado o motivo e o caráter, as ações resultam necessárias. Ele pode estar certo, pois, a Palavra de Deus não fala de mudança de caráter, simplesmente, antes, preceitua novo nascimento, acompanhando o novo ser, novos valores. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17
O “aprendizado” nesse mundo ímpio se dá na escola do maligno e permeia os atos de seus seguidores. Jeremias adverte: “Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13; 23
Assim, pessoas que precisam desesperadamente sair de seus lamaçais, são estimuladas a buscar mais lama, para, enfim, serem “abençoadas”.
Em suma, a mesma ocasião que parece uma oportunidade de furtar para uns, a outros, se torna motivo para glorificarem a Deus, como fez José, e fazem muitos, que ainda honram ao Santo Nome do Senhor. A ocasião é a “marca d’água” que revela o verdadeiro e o falso; o irresistível pedaço de carne para os lobos, e o estranho alimento ao paladar sadio das ovelhas.
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