Palavra do leitor
- 03 de junho de 2009
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A Justiça é cega
"Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las" (Madre Tereza de Calcutá).
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também" (Jesus, o Cristo, em Mateus 7. 1-2).
O símbolo do Direito é a figura de uma mulher (Justiça) com os olhos vendados, e uma balança de dois pratos na mão.
Face à venda nos olhos, surgiu o conceito forense de que "a Justiça é cega", ela julga (deveria julgar) sem olhar a quem, ou seja, ela deve pronunciar o seu veredito, a sua sentença, independentemente de quem seja o réu: bonito ou feio, alto ou baixo, gordo ou magro, homem ou mulher, rico ou pobre, erudito ou de poucas letras, etc.
Quanto à balança (instrumento de medição), com seus dois pratos, representa que há uma mesma medida (peso) para se julgar ambas as partes.
Entretanto, hodiernamente, não é isso o que acontece [quiçá desde o início do mundo], pois a balança sempre pende a favor do mais abastado.
A sociedade julga, melhor dizendo, condena; e faz isso antes mesmo de serem os fatos devidamente apurados, com a imparcialidade e o rigor necessários.
Prende-se para depois perguntar "quem é", "o que fez", "onde estava"? etc.
Conforme dito popular "primeiro atire, depois pergunte quem é", frase corrente na caserna [quartéis], quando éramos jovens.
E hoje, isso é feito com o máximo de "pirotecnia" possível. Por isso há um certo receio quanto à palavra “justiça”.
Justiça, já dissemos anteriormente, (*) é dar a cada um segundo os seus méritos (Direito Romano). Logo, o inocente é absolvido, e o culpado é condenado.
Isso na Justiça humana, pois na Justiça de Deus o tratamento é bem diverso:
Se a pessoa é culpada [pecadora], e a Palavra de Deus afirma “que todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Romanos 3. 23), ela tem a oportunidade de arrepender-se, confessar o pecado ao Senhor, e deixar o referido “hábito”. Então Deus a perdoa (I João 1. 9 e Provérbios 28. 13):
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda injustiça.”
“O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”
Se a pessoa é culpada [pecadora] e faz ouvidos moucos da Palavra de Deus, não se arrepende, não confessa e nem deixa a prática do pecado, recalcitrando no erro; então, por ela não ter se apropriado da graça salvadora de Deus, pela fé em Jesus, já está julgada (João 3. 18).
Assim justiça não é sinônimo de castigar, condenar, prender, e, muito menos, de matar.
Circula pela Internet a frase de Madre Tereza de Calcutá: "Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las". Essa frase desloca o "julgamento" do sistema judiciário para o campo das relações pessoais, no qual todos julgam [condenam] a todos, e ninguém escapa.
E é aí que residem as Palavras de Jesus, do "não julgueis para não serdes julgados" (Mateus 7. 1).
Ele está se referindo aos indevidos e improcedentes julgamentos que fazemos do próximo (familiares, colegas, amigos, vizinhos, etc.), considerando que esquecemos a "tora" que temos na vista, quando acusamos o "cisco" existente no olho do nosso semelhante.
E, via de regra, esses julgamentos [condenações] precipitados se dão na dependência da simpatia ou antipatia pessoais entre as duas partes.
Se essa antipatia pessoal, geralmente gratuita, é apimentada por um disse-que-disse, um boato, uma estória leviana, um deboche, a situação fica insustentável, ultrapassa a linha divisória, aliás, tênue entre o conforto e o desconforto, levando, então, à separação, quase desterro a vítima do "julgamento" (des) humano, e o "réu" não é ouvido, e nem os fatos são provados, sequer averiguados.
De fato, o conceito emitido por Madre Tereza tem procedência, ou seja, quem se torna algoz do outro, assim o faz porque não conhece o Amor, o Amor “Ágape”, que é o Amor de Deus.
Deus nos ensina, através de João, que "Se alguém disser: Amo a Deus e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" (I João 4. 20).
"Mentiroso" é uma expressão muito forte, pesada, mas é verdadeira, é insubstituivel; primeiro por ter sido pronunciada por Deus, através de João; segundo, pelo seu próprio contexto, que não admite alternativa do tipo "cartilha do politicamente correto".
E finaliza, através de João, o Senhor dizendo: "Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão" (I João 4. 21).
O nosso amor para com os nossos semelhantes deve ser igual ao amor de Deus para conosco.
Ele "deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3. 16), e nós, seguindo a orientação bíblica, devemos fazer o mesmo: "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos" (I João 3. 16).
E esse amor, nosso para com o próximo, tem de ser verdadeiro, e não aparente, sincero, leal, jamais dependente das circunstâncias.
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua [da boca para fora], mas de fato e de verdade" (I João 3. 18).
(*) Quando fazemos alusão a citações anteriores, não nos referimos, necessariamente a este “site”, mas ao nosso blog “Sê Fiel”, abaixo identificado.
editor do Blog “Sê Fiel”
www.sefiel.com.br
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também" (Jesus, o Cristo, em Mateus 7. 1-2).
O símbolo do Direito é a figura de uma mulher (Justiça) com os olhos vendados, e uma balança de dois pratos na mão.
Face à venda nos olhos, surgiu o conceito forense de que "a Justiça é cega", ela julga (deveria julgar) sem olhar a quem, ou seja, ela deve pronunciar o seu veredito, a sua sentença, independentemente de quem seja o réu: bonito ou feio, alto ou baixo, gordo ou magro, homem ou mulher, rico ou pobre, erudito ou de poucas letras, etc.
Quanto à balança (instrumento de medição), com seus dois pratos, representa que há uma mesma medida (peso) para se julgar ambas as partes.
Entretanto, hodiernamente, não é isso o que acontece [quiçá desde o início do mundo], pois a balança sempre pende a favor do mais abastado.
A sociedade julga, melhor dizendo, condena; e faz isso antes mesmo de serem os fatos devidamente apurados, com a imparcialidade e o rigor necessários.
Prende-se para depois perguntar "quem é", "o que fez", "onde estava"? etc.
Conforme dito popular "primeiro atire, depois pergunte quem é", frase corrente na caserna [quartéis], quando éramos jovens.
E hoje, isso é feito com o máximo de "pirotecnia" possível. Por isso há um certo receio quanto à palavra “justiça”.
Justiça, já dissemos anteriormente, (*) é dar a cada um segundo os seus méritos (Direito Romano). Logo, o inocente é absolvido, e o culpado é condenado.
Isso na Justiça humana, pois na Justiça de Deus o tratamento é bem diverso:
Se a pessoa é culpada [pecadora], e a Palavra de Deus afirma “que todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Romanos 3. 23), ela tem a oportunidade de arrepender-se, confessar o pecado ao Senhor, e deixar o referido “hábito”. Então Deus a perdoa (I João 1. 9 e Provérbios 28. 13):
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda injustiça.”
“O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”
Se a pessoa é culpada [pecadora] e faz ouvidos moucos da Palavra de Deus, não se arrepende, não confessa e nem deixa a prática do pecado, recalcitrando no erro; então, por ela não ter se apropriado da graça salvadora de Deus, pela fé em Jesus, já está julgada (João 3. 18).
Assim justiça não é sinônimo de castigar, condenar, prender, e, muito menos, de matar.
Circula pela Internet a frase de Madre Tereza de Calcutá: "Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las". Essa frase desloca o "julgamento" do sistema judiciário para o campo das relações pessoais, no qual todos julgam [condenam] a todos, e ninguém escapa.
E é aí que residem as Palavras de Jesus, do "não julgueis para não serdes julgados" (Mateus 7. 1).
Ele está se referindo aos indevidos e improcedentes julgamentos que fazemos do próximo (familiares, colegas, amigos, vizinhos, etc.), considerando que esquecemos a "tora" que temos na vista, quando acusamos o "cisco" existente no olho do nosso semelhante.
E, via de regra, esses julgamentos [condenações] precipitados se dão na dependência da simpatia ou antipatia pessoais entre as duas partes.
Se essa antipatia pessoal, geralmente gratuita, é apimentada por um disse-que-disse, um boato, uma estória leviana, um deboche, a situação fica insustentável, ultrapassa a linha divisória, aliás, tênue entre o conforto e o desconforto, levando, então, à separação, quase desterro a vítima do "julgamento" (des) humano, e o "réu" não é ouvido, e nem os fatos são provados, sequer averiguados.
De fato, o conceito emitido por Madre Tereza tem procedência, ou seja, quem se torna algoz do outro, assim o faz porque não conhece o Amor, o Amor “Ágape”, que é o Amor de Deus.
Deus nos ensina, através de João, que "Se alguém disser: Amo a Deus e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" (I João 4. 20).
"Mentiroso" é uma expressão muito forte, pesada, mas é verdadeira, é insubstituivel; primeiro por ter sido pronunciada por Deus, através de João; segundo, pelo seu próprio contexto, que não admite alternativa do tipo "cartilha do politicamente correto".
E finaliza, através de João, o Senhor dizendo: "Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão" (I João 4. 21).
O nosso amor para com os nossos semelhantes deve ser igual ao amor de Deus para conosco.
Ele "deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3. 16), e nós, seguindo a orientação bíblica, devemos fazer o mesmo: "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos" (I João 3. 16).
E esse amor, nosso para com o próximo, tem de ser verdadeiro, e não aparente, sincero, leal, jamais dependente das circunstâncias.
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua [da boca para fora], mas de fato e de verdade" (I João 3. 18).
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