Palavra do leitor
- 28 de janeiro de 2015
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A Invasão Gospel
No meio religioso, especificamente no meio evangélico, vez por outra surgem movimentos, manias ou inovações geralmente visando o incremento da religião nos seus diversos segmentos. Divulgação, propaganda e marketing hoje são a tônica, o carro-chefe das religiões que, como organizações, dependem de espaços e cada vez de mais visibilidade.
Somos invadidos por sons, estilos e ritmos toda vez que vemos alguém usar esta arma e a mesma produz os seus efeitos. Não se trata de imitação barata, mas de uma necessidade, pois quem esta na chuva é para se molhar, assim como quem está no sol é para se queimar. Parece normal tudo isto e até aconselhável para que a "obra do Senhor" não sofra nenhuma solução de continuidade. Difícil, muitas vezes, é se adaptar a essas mudanças ás vezes bruscas.
Não me lembro bem quando ocorreu o meu primeiro contato com o mundo gospel, mas me lembro que estranhei muito e logo vi a diferença nos ritmos, nas danças e no acompanhamento com palmas e outros trejeitos. Eu, acostumado com o tradicional, embora não seja tradicionalista, fiquei perdido no meio da "galera gospel". Quando o louvor demorava muito, eu sentava e ficava esperando terminar o show, muitas vezes de cabeça baixa ou lendo algum texto bíblico. Provavelmente, alguns estranhavam esta minha atitude, mas se eu tentasse acompanhar a turma estaria sendo falso.
A invasão gospel hoje é uma realidade. No começo pensei que fosse apenas mais uma palavra inglesa incluída no nosso vocabulário, mas hoje vejo que é uma moda que pegou e se alastrou até nas igrejas tradicionais, com todo tipo de instrumento e de requebros próprios dos shows que se faz pelo mundo afora. Em novembro, no final do mês, eu fui (dei uma passadinha) numa praça onde se realizava um "Show Gospel" patrocinado por uma grande igreja pentecostal e fiquei decepcionado com o que vi. Pouca gente estava presente, mas se fazia muito barulho. Era realmente um show como tantos que são realizados nas praças e nos recantos. Não fiquei até o final, mas o que vi foi o bastante para entender que ali só estava presente o marketing, por sinal, muito mal feito.
Lembro que há algum tempo proliferaram as "Rádios comunitárias" com programações evangélicas, depois muitas foram fechadas e hoje poucas existem. Aquilo foi uma febre e muita gente acabou se fazendo radialista da noite pro dia. A programação a princípio era bem simples e dava para ouvir, algumas boas mensagens bíblicas e musicais. Não demorou muito e essas rádios foram invadidas pelo "modelo gospel de comunicação" e aí tudo mudou. No começo o apresentador anunciava para os ouvintes que ia tocar um hino, depois passou a ser louvor, depois uma canção, depois um som, depois uma música e anunciava o ritmo da mesma: bolero, rock, forró, valsa, samba... Depois a rádio era fechada a bem de nossos ouvidos e de nossa paciência. Era o começo do gospel invadindo as igrejas e fazendo milhões de adeptos por esse País afora. Hoje só se fala nisto em todos os meios de comunicação, e tem muitos cantores que fracassaram e agora se uniram a essa nova moda e estão tentando ganhar algum dinheiro.
Na verdade, o evangelho foi banalizado, virou nota de 2 reais, no máximo de 5 reais que qualquer criança tem no bolso. O mais incrível de tudo é que essa realidade está em praticamente todas as igrejas como forma de atrair pessoas usando o ritmo delas e os seus costumes que antes todos abominavam. Lembro-me dos hinos, das mensagens bíblicas, dos estudos bíblicos e da seriedade que havia na casa do Senhor: "Guarda o teu pé quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal."
Estamos vivendo hoje esta realidade e a tendência é a continuidade e o incremento da mesma. Os resultados são satisfatórios, o faturamento é bom,então para que mudar? Em muitas igrejas até percebe-se um exagero, mas isto faz parte do jogo e como dizem: "não há nada de errado nisto". Se o povo está gostando, se está atraindo mais pessoas, o conteúdo não interessa. Fico pensando o que o Senhor Jesus deve estar achando de tudo isto. Ele que um dia expulsou os cambistas do templo por muito menos, hoje deve estar enojado com esta invasão gospel, com este modismo que invadiu o local de culto.
"A minha casa será chamada Casa de Oração..." Que Deus tenha misericórdia de seus filhos e ilumine-os neste tempo tão difícil.
Somos invadidos por sons, estilos e ritmos toda vez que vemos alguém usar esta arma e a mesma produz os seus efeitos. Não se trata de imitação barata, mas de uma necessidade, pois quem esta na chuva é para se molhar, assim como quem está no sol é para se queimar. Parece normal tudo isto e até aconselhável para que a "obra do Senhor" não sofra nenhuma solução de continuidade. Difícil, muitas vezes, é se adaptar a essas mudanças ás vezes bruscas.
Não me lembro bem quando ocorreu o meu primeiro contato com o mundo gospel, mas me lembro que estranhei muito e logo vi a diferença nos ritmos, nas danças e no acompanhamento com palmas e outros trejeitos. Eu, acostumado com o tradicional, embora não seja tradicionalista, fiquei perdido no meio da "galera gospel". Quando o louvor demorava muito, eu sentava e ficava esperando terminar o show, muitas vezes de cabeça baixa ou lendo algum texto bíblico. Provavelmente, alguns estranhavam esta minha atitude, mas se eu tentasse acompanhar a turma estaria sendo falso.
A invasão gospel hoje é uma realidade. No começo pensei que fosse apenas mais uma palavra inglesa incluída no nosso vocabulário, mas hoje vejo que é uma moda que pegou e se alastrou até nas igrejas tradicionais, com todo tipo de instrumento e de requebros próprios dos shows que se faz pelo mundo afora. Em novembro, no final do mês, eu fui (dei uma passadinha) numa praça onde se realizava um "Show Gospel" patrocinado por uma grande igreja pentecostal e fiquei decepcionado com o que vi. Pouca gente estava presente, mas se fazia muito barulho. Era realmente um show como tantos que são realizados nas praças e nos recantos. Não fiquei até o final, mas o que vi foi o bastante para entender que ali só estava presente o marketing, por sinal, muito mal feito.
Lembro que há algum tempo proliferaram as "Rádios comunitárias" com programações evangélicas, depois muitas foram fechadas e hoje poucas existem. Aquilo foi uma febre e muita gente acabou se fazendo radialista da noite pro dia. A programação a princípio era bem simples e dava para ouvir, algumas boas mensagens bíblicas e musicais. Não demorou muito e essas rádios foram invadidas pelo "modelo gospel de comunicação" e aí tudo mudou. No começo o apresentador anunciava para os ouvintes que ia tocar um hino, depois passou a ser louvor, depois uma canção, depois um som, depois uma música e anunciava o ritmo da mesma: bolero, rock, forró, valsa, samba... Depois a rádio era fechada a bem de nossos ouvidos e de nossa paciência. Era o começo do gospel invadindo as igrejas e fazendo milhões de adeptos por esse País afora. Hoje só se fala nisto em todos os meios de comunicação, e tem muitos cantores que fracassaram e agora se uniram a essa nova moda e estão tentando ganhar algum dinheiro.
Na verdade, o evangelho foi banalizado, virou nota de 2 reais, no máximo de 5 reais que qualquer criança tem no bolso. O mais incrível de tudo é que essa realidade está em praticamente todas as igrejas como forma de atrair pessoas usando o ritmo delas e os seus costumes que antes todos abominavam. Lembro-me dos hinos, das mensagens bíblicas, dos estudos bíblicos e da seriedade que havia na casa do Senhor: "Guarda o teu pé quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal."
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"A minha casa será chamada Casa de Oração..." Que Deus tenha misericórdia de seus filhos e ilumine-os neste tempo tão difícil.
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