Palavra do leitor
- 26 de setembro de 2017
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A Ingratidão dos Fracos
"O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes, se esqueceu dele." Gênesis 40;23
Dois serviçais da Corte de Faraó que estiveram presos junto com José sonharam algo que o hebreu interpretou para ambos; depois, rogou ao de final feliz, que se lembrasse dele, uma vez saído da prisão, pois, José estava preso sem culpa.
Porém, livre e restituído ao seu posto, o copeiro real esqueceu por completo daquele que o ajudara em suas angústias. Pagou o bem com o mal; invés de reconhecimento, ingratidão.
Jesus ensinou que mais ama quem mais reconhece o valor do bem, recebido; sua gratidão o coloca sempre em "rota de colisão" com o perdão Divino. "Por isso te digo que seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas, aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.’ Luc 7;47 Isso sobre uma pecadora que lhe beijava os pés, enquanto seu anfitrião fariseu, sequer, o ósculo dera.
Noutra parte ensinou sobre a gratidão a Deus por termos sido perdoados, salvos, como elemento a nos constranger a perdoar aos que falham conosco também. "...Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como tive misericórdia de ti? Indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, suas ofensas." Mat 18;32 a 35
Sábios orientais ensinam que devemos escrever as ofensas recebidas na areia; os benefícios, na rocha. Contudo, muitas vezes fazemos o contrário. Ruminamos nossas mágoas indefinidamente, enquanto esquecemos nossos benfeitores. Ora, mágoa é um câncer que só faz mal a quem possui; muitas vezes o alvo de nosso ódio, sequer tem conhecimento dele.
Então, o perdão, além de desfazer uma das obras favoritas do Inimigo, o ódio, ainda propicia saúde ao seu agente. Como ele é um fruto da gratidão que devemos Ao Salvador, chegamos a uma conclusão necessária que a gratidão é medicinal às nossas almas.
Seu lado oposto, porém, esteriliza os corações que poderiam florir em gestos de bondade. "O coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma." Muslah-Al-Din Saadi
Usando essa mesma figura a Epístola aos Hebreus demandou melhores frutos daqueles que deveriam ser gratos ao Senhor pelo Inefável Resgate; "Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada. Porém, de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, coisas que acompanham a salvação..." Heb 6;7 a 9
Assim, um cristão ingrato é uma impossibilidade; como um quadrado redondo. A ingratidão é filha do egoísmo, de um que se ocupa de si mesmo acima de tudo; ora, a premissa inicial do cristianismo, é: "Negue a si mesmo".
Pois, se, para efeito de ingresso as boas obras nada valem, é pela fé no Senhor que Redimiu, uma vez inseridos no Corpo de Cristo, eventual deserto de boas obras matará de sede a fé.
Por isso, na oração ensinada pelo Senhor, somos instados a pedir perdão a Ele, na mesma proporção que nos atrevemos a perdoar; "perdoa nossas faltas assim como perdoamos..."
A rigor, a gratidão é um "revide," portanto, uma dívida; e somos chamados a amar, que é algo muito mais sublime que uma troca de afeições.
Amar é correr riscos expor-se à ingratidão; dar-se sem esperar recompensas, senão, de Deus. "Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam; orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?" Mat 5;44 a 46
Deus avivou a memória do copeiro ingrato, no tempo oportuno; e, aquele que tinha sido uma decepção para José tornou-se instrumento nas mãos do Eterno, quando Ele quis exaltar Seu Servo. Então, deixemos nossas ingratidões sofridas nas mãos Dele; Seja caso de vingança com o injusto, ou, recompensa ao injustiçado, no Seu tempo, fará justiça, "O Juiz de toda Terra" como disse Abraão.
"A vileza e a ingratidão estão sempre dispostas
A vitimarem as pessoas mais bondosas
Por isso é que ser bondoso neste mundo
Não é para os fracos, é para os fortes!" Augusto Branco
E nós podemos sempre ser gratos, mesmo sofrendo ingratidões; pois, Cristo nos fortalece.
Dois serviçais da Corte de Faraó que estiveram presos junto com José sonharam algo que o hebreu interpretou para ambos; depois, rogou ao de final feliz, que se lembrasse dele, uma vez saído da prisão, pois, José estava preso sem culpa.
Porém, livre e restituído ao seu posto, o copeiro real esqueceu por completo daquele que o ajudara em suas angústias. Pagou o bem com o mal; invés de reconhecimento, ingratidão.
Jesus ensinou que mais ama quem mais reconhece o valor do bem, recebido; sua gratidão o coloca sempre em "rota de colisão" com o perdão Divino. "Por isso te digo que seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas, aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.’ Luc 7;47 Isso sobre uma pecadora que lhe beijava os pés, enquanto seu anfitrião fariseu, sequer, o ósculo dera.
Noutra parte ensinou sobre a gratidão a Deus por termos sido perdoados, salvos, como elemento a nos constranger a perdoar aos que falham conosco também. "...Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como tive misericórdia de ti? Indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, suas ofensas." Mat 18;32 a 35
Sábios orientais ensinam que devemos escrever as ofensas recebidas na areia; os benefícios, na rocha. Contudo, muitas vezes fazemos o contrário. Ruminamos nossas mágoas indefinidamente, enquanto esquecemos nossos benfeitores. Ora, mágoa é um câncer que só faz mal a quem possui; muitas vezes o alvo de nosso ódio, sequer tem conhecimento dele.
Então, o perdão, além de desfazer uma das obras favoritas do Inimigo, o ódio, ainda propicia saúde ao seu agente. Como ele é um fruto da gratidão que devemos Ao Salvador, chegamos a uma conclusão necessária que a gratidão é medicinal às nossas almas.
Seu lado oposto, porém, esteriliza os corações que poderiam florir em gestos de bondade. "O coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma." Muslah-Al-Din Saadi
Usando essa mesma figura a Epístola aos Hebreus demandou melhores frutos daqueles que deveriam ser gratos ao Senhor pelo Inefável Resgate; "Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada. Porém, de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, coisas que acompanham a salvação..." Heb 6;7 a 9
Assim, um cristão ingrato é uma impossibilidade; como um quadrado redondo. A ingratidão é filha do egoísmo, de um que se ocupa de si mesmo acima de tudo; ora, a premissa inicial do cristianismo, é: "Negue a si mesmo".
Pois, se, para efeito de ingresso as boas obras nada valem, é pela fé no Senhor que Redimiu, uma vez inseridos no Corpo de Cristo, eventual deserto de boas obras matará de sede a fé.
Por isso, na oração ensinada pelo Senhor, somos instados a pedir perdão a Ele, na mesma proporção que nos atrevemos a perdoar; "perdoa nossas faltas assim como perdoamos..."
A rigor, a gratidão é um "revide," portanto, uma dívida; e somos chamados a amar, que é algo muito mais sublime que uma troca de afeições.
Amar é correr riscos expor-se à ingratidão; dar-se sem esperar recompensas, senão, de Deus. "Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam; orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?" Mat 5;44 a 46
Deus avivou a memória do copeiro ingrato, no tempo oportuno; e, aquele que tinha sido uma decepção para José tornou-se instrumento nas mãos do Eterno, quando Ele quis exaltar Seu Servo. Então, deixemos nossas ingratidões sofridas nas mãos Dele; Seja caso de vingança com o injusto, ou, recompensa ao injustiçado, no Seu tempo, fará justiça, "O Juiz de toda Terra" como disse Abraão.
"A vileza e a ingratidão estão sempre dispostas
A vitimarem as pessoas mais bondosas
Por isso é que ser bondoso neste mundo
Não é para os fracos, é para os fortes!" Augusto Branco
E nós podemos sempre ser gratos, mesmo sofrendo ingratidões; pois, Cristo nos fortalece.
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