A igreja verdadeira continua

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Sinto saudades do tempo onde Igreja era sinônimo de ajuntamento de pessoas com uma fé simples em Jesus. Onde a liderança eclesiástica era vista como referencial de integridade e avivamento era uma ação divina que gerava unidade, serviço e devoção a Deus e ao próximo.

Não quero ficar me lamentando, ou enaltecendo uma consciência saudosista, mas quando comparo àquilo que trago em minha consciência como modelo de Igreja, com aquilo que vejo crescer em nosso tempo como sendo “a igreja”, é no mínimo lastimável a disparidade de propósito, identidade e objetivos.

Começando por uma geração que não consegue resolver seus problemas de forma interna. Acredito que, em nenhum outro tempo deu-se tanto ibope falar mal da igreja como atualmente. A sensação é que todos os conflitos e vexames eclesiásticos (comum a qualquer comunidade humana) precisam ser ventilados publicamente pelos próprios “cristãos” com o único objetivo de denegrir a imagem da comunidade cristã.

É lamentável ligar a televisão e assistir lideres se gladeando publicamente em nome de suas motivações e convicções.

É preocupante observar o aumento de pessoas com princípios cristãos que não acreditam mais na igreja e fazem de suas decepções a causa de suas cruzadas contra tudo que se denomina fé.

Infelizmente no Brasil cresce o número de descrentes que em algum momento já pertenceram a alguma denominação religiosa. Se este fenômeno continuar crescendo, a evangelização em curto prazo passará por um processo radical de mudanças nos seus paradigmas – certamente, teremos que pensar em como alcançar pessoas que foram decepcionadas, desiludidas e maltratadas em algum reduto cristão. O que penso ser mais complexo do que alcançar budistas, umbandistas, ou até mesmo um ateu.

Porém, enquanto muitos se intitulam donos e detentores dos direitos da “igreja”, mas negam na essência o seu comprometimento com a edificação do Reino de Deus, e outros investem tempo na depreciação da igreja, a verdadeira Eclésia continua avançando e mantendo firme os fundamentos que pautaram a sua identidade na história da humanidade.

A verdadeira Igreja continua atuante e relevante em pleno século XXI.

A verdadeira Igreja continua acreditando que toda escritura sagrada é divinamente inspirada pelo Espírito Santo.

A verdadeira Igreja continua denunciando o pecado e buscando a santificação sem a qual ninguém verá a Deus.

A verdadeira Igreja continua glorificando a Deus através do amor para com o seu semelhante.

A verdadeira Igreja continua cumprindo a sua missão de anunciar o Reino de Deus a todas as nações.

A verdadeira Igreja continua sendo guiada e edificada pela ação do Espírito Santo.

A verdadeira Igreja continua aguardando o grande dia da redenção dos santos do Senhor.

A verdadeira Igreja continua em oração, crescendo em comunhão, compartilhando diariamente o pão e perseverando na doutrina apostólica.

A verdadeira Igreja continua presente nos grandes centros urbanos, nos ribeirinhos do amazonas, nos grandes templos religiosos, nos casebres empoeirados, nos palácios, no campo, e na estrada da vida.

A Igreja verdadeira continua dinâmica, consciente, atuante, excelente, e envolvente, assim como é o seu Edificador – Cristo Jesus!

De modo que, antes que alguém pergunte – Onde encontro esta igreja? Penso ser mais sincero a pergunta: Será que temos sido esta igreja?

Caso, cada cristão, antes de criticar a igreja, busque crescer na consciência do significado pessoal do que é ser a Igreja de Cristo, certamente teremos resolvido inúmeros dos nossos problemas, conflitos e desafios.

Pessoalmente, continuo amando e defendendo a Igreja, porque o seu proprietário, mantenedor e redentor continua sendo Cristo Jesus; e a promessa permanece inalterável – “e as portas do inferno não prevalecerão contra Ela” Mt. 16.18

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Opinião do leitor