A Igreja Evangélica Brasileira e o sermão pecadores nas mãos de um Deus irado

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Em tempos de pandemia da doença do coronavírus e já próximo de se concluir o estágio de aplicação das vacinas contra essa grave doença, admira-se não haver um antídoto espiritual (reavivamento) contra a indiferença religiosa da igreja evangélica brasileira frente às evidências da proximidade agir do Altíssimo contra as mazelas espirituais dos que se professam cristãos. De tempos em tempos, determinadas nações atingem níveis de pecados que fazem com que o cálice da ira divina goteje sobre suas ações, antes de seu derramamento total no final dos últimos dias. O respingar dessa fúria se estende a tudo e todos sem comedimentos. "Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus? O crescimento da igreja em nosso país aconteceu, sobre tudo, à sombra da "ideologia da prosperidade, cujos líderes tornaram se famosos e bilionários. Os liderados, na sua maioria, formado pelas populações periféricas, foram anestesiadas pelo "vírus da benção financeira", tornando-nos suscetíveis a glorificação dos valores da individualidade do "espirito´ empreendedor do capitalismo. Esse mesmo "espírito maligno," que paira sobre alguns pastores tupiniquins, contrapõem-se a ideia original da igreja (eclésia) como comunidade de Deus que é a união de todos aqueles que foram chamados por Deus, os quais, pela ação do Espírito Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus enviado ao mundo para redimi-los de seus pecados. É por isso ela é definida como sendo o corpo de Cristo. Há que se acentuar aqui a palavra todos. Não há na comunidade cristã uma elite exclusivista que possa advogar e reivindicar vantagens de meritocracia, vinculando o sagrado e o mundano numa mesma estrutura. "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; dos que dizem que as trevas são luz e a luz trevas; dos que fazem do amargo doce e do doce amargo! Ai dos que se fazem passar por sábios e astutos aos seus próprios olhos!" Deixemos retumbar em nossos moucos ouvidos as certeiras palavras de Jonatham Edwards no sermão pecadores nas mãos de um Deus irado: "As negras nuvens da ira de Deus [estão] pairando sobre a nossa cabeça, cheias de tempestade horrível e grandes trovões." Ou "como grandes águas que são represadas no presente; elas aumentam cada vez mais e sobem cada vez mais". Outra vez, "o arco da ira de Deus está armado, e a flecha está pronta na corda, e a justiça dispara a flecha em seu coração e desarma o arco". Por que falta essa intensidade dramática nos púlpitos da igreja evangélica brasileira capazes de curvar joelhos, fazer que as mãos não se susterem por si próprias e fazerem os olhos lacrimejarem, ante a explícita destruição dos que estão em lugares escorregadios e de ruína? Em síntese as pregações bíblicas sempre se resumem a um chamamento á conversão e resultam em uma negação ou adesão aos princípios salvadores do evangelho de Cristo. "E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?". As mesmas Escrituras respondem e redarguem assim: "...arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados""...e com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa". É tempo de buscar a Deus, antes que nos alcance o fim dos tempos ou, caso queiramos, os tempos do fim.

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Opinião do leitor