Palavra do leitor
- 18 de março de 2015
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A Igreja dos Ateus
Recentemente li na internet um artigo sobre um movimento que tem crescido nos últimos tempos: a(s) igreja(s) dos ateus, ou, igrejas ateístas. Numa rápida olhada, parece uma igreja cristã. Há música, depois uma mensagem, e até recolhem ofertas. Geralmente são formadas por pessoas que se sentem sós e encontram nesses lugares um alívio para sua solidão. Mas não estão lá para buscarem a Deus ou terem comunhão com o Corpo de Cristo. Seus propósitos são distintos.
Para os cristãos, uma igreja de ateus soa como uma aberração. Afinal, associamos a palavra igreja à crença em Deus, à fé que ele existe e à consciência que podemos ter um relacionamento pessoal com ele.
Quando a Igreja se reúne, temos um tempo de comunhão e de oração intercessora. Cremos que, quando estamos juntos, nossa fé é fortalecida pelos testemunhos que ouvimos, pelos cânticos e pela pregação da Palavra.
Assim deveria ser. Mas, muitas vezes isso não ocorre. Ao invés da fé, com o passar do tempo, vemos a incredulidade tomando o coração. Parece que Deus está distante. Já não sentimos a alegria do Senhor e nossa vida na Igreja se torna uma mera rotina. Sentimos um vazio interior. Percebemos que a fé esfriou. E, muitas vezes, não é apenas com alguém em particular, mas sim com toda a igreja, ou a sua maior parte.
Por que isso acontece?
Há várias razões que levam uma igreja ou seus membros à incredulidade. Vou citar as que eu vejo como principais:
1. Heresias. Desde o tempo dos apóstolos as heresias existem no meio da igreja. Nas suas cartas, os apóstolos combateram várias delas. Mas hoje, parece que as heresias se tornaram lugar comum. Há mensagens que ouvimos de alguns púlpitos que são verdadeiras aberrações teológicas. Não passam de “achismos” do pregador. São mensagens geralmente baseadas no humanismo e inspiradas em livros de autoajuda. Depois de algum tempo, o povo, de tanto ouví-las, torna-se incrédulo.
2. Autoritarismo. É outro ingrediente para a incredulidade. Igrejas que possuem liderança autocrática, normalmente dada à egolatria, onde sempre se enfatiza os “feitos” e as “conquistas” dos líderes, onde o centro de tudo o que se faz é o homem e não Jesus.
3. Orgulho. Quando uma igreja começa a se achar melhor que as demais, quando se compara com outras igrejas, às vezes do mesmo bairro ou cidade, e começa a acreditar que é superior. Quando a liderança começa a enfatizar expressões como: “a visão da nossa igreja”, “eu amo minha igreja”, “temos os melhores pastores”, etc.
4. Legalismo. Geralmente, o legalismo aparece de forma sutil. Há igrejas que parecem ser muito espirituais. Falam sobre salvação, amor ao próximo, santidade, serviço, etc., mas há por trás uma mensagem carregada de legalismo, de justificação dependente do comportamento e do desempenho e não da graça redentora de Jesus. Há uma mensagem carregada de culpa, que não traz libertação, mas torna os ouvintes presos a um sistema de regras, cheio de proibições, explícitas ou não.
Tudo isso gera no povo cristão incredulidade e mornidão espiritual. São atitudes e posturas que diminuem ou excluem a graça de Jesus. Há uma proposta, geralmente nas entrelinhas das pregações, de uma vida independente de Deus, centrada no esforço humano e não na segurança do amor do Pai.
Em tais lugares, os cristãos são impelidos a se esforçarem cada vez mais para serem aceitos por Deus. Acreditam que estão sempre em dívida com o Criador e por isso, abaixo do que Deus espera deles. Acham que o Senhor não está satisfeito porque não são perfeitos o suficiente.
Toda a nossa perfeição está em Cristo, não em nós. Somos perdoados e justificados, declarados limpos e sem culpa perante Deus, exclusivamente pela fé no que Jesus fez por nós.
Por isso, em todo o tempo temos total e pleno acesso a Deus, como nosso Pai. Creia nisso e não aceite que heresias, autoritarismo, orgulho, legalismo ou qualquer outra coisa lhe impeça de viver em plena comunhão com Deus. Não somos a igreja dos ateus, somos a Igreja de Jesus, daquele que vive e reina sobre todas as coisas.
A Ele seja toda a glória!
Para os cristãos, uma igreja de ateus soa como uma aberração. Afinal, associamos a palavra igreja à crença em Deus, à fé que ele existe e à consciência que podemos ter um relacionamento pessoal com ele.
Quando a Igreja se reúne, temos um tempo de comunhão e de oração intercessora. Cremos que, quando estamos juntos, nossa fé é fortalecida pelos testemunhos que ouvimos, pelos cânticos e pela pregação da Palavra.
Assim deveria ser. Mas, muitas vezes isso não ocorre. Ao invés da fé, com o passar do tempo, vemos a incredulidade tomando o coração. Parece que Deus está distante. Já não sentimos a alegria do Senhor e nossa vida na Igreja se torna uma mera rotina. Sentimos um vazio interior. Percebemos que a fé esfriou. E, muitas vezes, não é apenas com alguém em particular, mas sim com toda a igreja, ou a sua maior parte.
Por que isso acontece?
Há várias razões que levam uma igreja ou seus membros à incredulidade. Vou citar as que eu vejo como principais:
1. Heresias. Desde o tempo dos apóstolos as heresias existem no meio da igreja. Nas suas cartas, os apóstolos combateram várias delas. Mas hoje, parece que as heresias se tornaram lugar comum. Há mensagens que ouvimos de alguns púlpitos que são verdadeiras aberrações teológicas. Não passam de “achismos” do pregador. São mensagens geralmente baseadas no humanismo e inspiradas em livros de autoajuda. Depois de algum tempo, o povo, de tanto ouví-las, torna-se incrédulo.
2. Autoritarismo. É outro ingrediente para a incredulidade. Igrejas que possuem liderança autocrática, normalmente dada à egolatria, onde sempre se enfatiza os “feitos” e as “conquistas” dos líderes, onde o centro de tudo o que se faz é o homem e não Jesus.
3. Orgulho. Quando uma igreja começa a se achar melhor que as demais, quando se compara com outras igrejas, às vezes do mesmo bairro ou cidade, e começa a acreditar que é superior. Quando a liderança começa a enfatizar expressões como: “a visão da nossa igreja”, “eu amo minha igreja”, “temos os melhores pastores”, etc.
4. Legalismo. Geralmente, o legalismo aparece de forma sutil. Há igrejas que parecem ser muito espirituais. Falam sobre salvação, amor ao próximo, santidade, serviço, etc., mas há por trás uma mensagem carregada de legalismo, de justificação dependente do comportamento e do desempenho e não da graça redentora de Jesus. Há uma mensagem carregada de culpa, que não traz libertação, mas torna os ouvintes presos a um sistema de regras, cheio de proibições, explícitas ou não.
Tudo isso gera no povo cristão incredulidade e mornidão espiritual. São atitudes e posturas que diminuem ou excluem a graça de Jesus. Há uma proposta, geralmente nas entrelinhas das pregações, de uma vida independente de Deus, centrada no esforço humano e não na segurança do amor do Pai.
Em tais lugares, os cristãos são impelidos a se esforçarem cada vez mais para serem aceitos por Deus. Acreditam que estão sempre em dívida com o Criador e por isso, abaixo do que Deus espera deles. Acham que o Senhor não está satisfeito porque não são perfeitos o suficiente.
Toda a nossa perfeição está em Cristo, não em nós. Somos perdoados e justificados, declarados limpos e sem culpa perante Deus, exclusivamente pela fé no que Jesus fez por nós.
Por isso, em todo o tempo temos total e pleno acesso a Deus, como nosso Pai. Creia nisso e não aceite que heresias, autoritarismo, orgulho, legalismo ou qualquer outra coisa lhe impeça de viver em plena comunhão com Deus. Não somos a igreja dos ateus, somos a Igreja de Jesus, daquele que vive e reina sobre todas as coisas.
A Ele seja toda a glória!
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