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Palavra do leitor

A Igreja da Babilônia

"Conquiste as consciências pelas ideias e terás um exército de devotos’’.

Isaías 24.5-6

As expressões igreja woke, da justiça social, envolvidas com movimentos progressistas entre outras nomenclaturas ou conjunto de palavras voltados a definir a adequação do evangelho aos tidos novos ventos, novos tempos, novos horizontes. Anota-se, essas influências causam e tem causando alterações na maneira de muitos cristãos conceberem os preceitos cardeais de um Cristianismo fundamento na palavra, na Graça, na Cruz do Ressurecto, na coerência, na lisura da fé e percebe-se uma rendição de muitos a discursos de inclusão, de igualdade e de liberdade, sempre com o verniz da compaixão e do amor, da justiça para todos e da misericórdia.

É bem verdade, em momento algum rejeito, nego, descarto o compromisso de cada cristão por ser comprometer com o evangelho da transformação, da restauração e da integração entre os povos, as etnias, os indivíduos, as comunidades etc. Agora, todos esses ecos em prol de supostas rupturas revolucionárias, com seu promanar ou sua origem, a partir dos conteúdos do marxismo cultural, com o enfoque de ser soerguido uma nova ordem, expressamente, investe e tem investido pesado, inexoravelmente, para solapar ou arruinar ou redefinir a tradição judaico-cristã. Não por menos, muitos cristãos, sem disporem de meios para apurar e compreender os malefícios dessas engrenagens ideológicas, categoricamente, sucumbem e prescindem a verdade, a liberdade e o conhecimento do certo e do errado, do justo e do ímpio, do sublime e do abominável. Presumidamente, as pautas feministas com seu vilipêndio ao patriarcado, com os meandros raciais ao ressentimento e ao conceber tudo e todos não negros como racistas em potencial, as vertentes dos nichos das ênfases LGTQI+ são, além de outros, um dos mais ferrenhos e aguerridos veículos para endossar e validar a participarem e contribuírem para o plasmar ou o formar das igrejas da babilônia, ou seja, comunidades com a face até denominadas de cristãs, todavia, suas nuances ou variações de valores, de ideias e princípios são e estão distante do legítimo, efetivo e fecundo evangelho da boa notícia. De maneira medonha, as igrejas da babilônia relativizam e desqualificam as diretrizes do evangelho e tudo se converte a atender os anseios de uma geração narcisista, vitimizada, aderida as fantasias e inimiga declarada da realidade, do que é e deve ser. Sem sombra de dúvida, não sou nenhum advogado para implantação de um fundamentalismo tresloucado, de uma religiosidade de guetos, de uma espiritualidade sem o sabor de um tempo de mudanças, não e não. Simplesmente, estamos num período marcado pela estampada indiferença e conformismo, com uma sociedade cada vez mais e mais despedaçada em esferas de caudilhos ditatoriais na contramão do que apregoa, através do Deus Ser Humano Jesus Cristo. Além das explanações acima, as igrejas da babilônia se curvam a passividade inter-religiosa, se ofendem quando há qualquer reverberar de como a fé centrada no Deus pessoal pode se cotejar ou se comparar ou se alinhar ao panteísmo das religiões de matrizes africanas? De pronto e imediato, entregam-se a uma sucessão de desculpas e desculpas, sempre para apetecer e agradar os arautos das igrejas da babilônia. Sempre se faz de bom parecer destacar, essas igrejas são palatáveis e mortíferas no desdobrar da história, porque não se ocupam em nada com o discipulado, com o serviço e com uma interação íntima e autêntica de arrependimento. Nada disso, se me oponho, passo a ser interpretado como uma hipócrita conservador, como um sórdido fundamentalista, como um funesto evangélico, como um indivíduo entrelaçado de deformações morais e um perigo. Destarte, devemos estar sensíveis aos clamores das pessoas, seja de qual situação advierem, entretanto, isto não pode ser justificativa para não sermos imbuídos da coragem, da esperança, da lúdica presença do Deus Ser Humano Jesus Cristo, com a intenção de que tenhamos a verdadeira liberdade do ser. Ultimamente, encontramos toda uma pletora de ativistas das igrejas da babilônia. São comunicativos. São detentores de uma oratória persuasiva e convincente. São cooptadas as estruturas da teologia da teoria crítica social, fenômeno que desenha todos os malefícios forjados pelas ideias, pelos valores e pelos fundamentos da tradição judaico-cristã e não pelo coração decaído, mesquinho, espúrio, leviano, enviesado ao engodo dos homens (a começar: o meu mesmo). Por consequência, sou chamado como cristão e, acredito, que você também, caso se considere como um seguidor da Cruz do Ressurrecto, a ser um bom perfume, um bom perfume de sabedoria, de discernimento, de vivacidade, de prática concreta do amor e do respeito, aliás, ancorados ao que é certo, a verdade, a justiça e a liberdade, tão somente assim, as portas do inferno, do inferno dos sofismas, das divagações, dos falsos profetas e dos joios prevalecerão.
São Paulo - SP
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