A idolatria evangélica

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Nos dias atuais muitos cristãos têm incorrido no mesmo erro dos antigos gentios idólatras da época de Paulo, que o impulsionaram a escrever a Epístola aos Romanos, especialmente o capítulo primeiro em cujos versículos 23 e 25, respectivamente, lemos o seguinte: "e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis (...) pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!". Russell Norman Champlin diz que "...a palavra "glória" indica a exaltação e a majestade essenciais da verdadeira divindade..." (In O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Volume 3, p. 581, Editora Hagnos, 1ª Edição, 2002, São Paulo/SP). Embora Paulo tenha exemplificado algumas formas de idolatria da sua época, que envolvia animais (criaturas de Deus), cristãos atuais costumeiramente exercitam a idolatria de muitas outras maneiras. Russell Norman Champlin continua seu comentário do versículo 23 acima da seguinte maneira: "Apesar deste versículo enumerar várias modalidades de idolatria, que os modernos e sofisticados homens reconhecem como uma estupidez, não demonstrando a menor simpatia pelas mesmas, contudo o homem imaginou ídolos mais apropriados para seus gostos culturais e intelectuais, a saber, o avanço social, o dinheiro, o poder, o conforto físico, os prazeres excessivos, etc.; mas nenhuma dessas formas modernas é menos idólatra do que a idolatria crua dos povos antigos". Somente como exemplo, passo a descrever três tipos de idolatria que roubam a glória do Criador (Deus) nos nossos dias e a transferem à criatura: óleo da unção: o óleo da unção, hoje utilizado de maneira generalizada e descontrolada, que deveria servir apenas como símbolo da presença do Espírito Santo, passou a ser algo em que muitos cristãos colocam sua confiança, chegando ao ponto de não conseguirem viver tranqüilos quando lhes falta o referido produto e a não acreditarem na intervenção divina apenas por intermédio da oração. Agindo assim, colocando a confiança no óleo (a criatura), deixam de crer e glorificar a Deus (o Criador); Líder religioso: da mesma forma como muitos agem em relação ao óleo da unção, também o fazem em relação aos líderes religiosos, pois muitos cristãos não conseguem crer na intervenção divina que não venha através da oração e imposição de mãos de líderes religiosos. Ora, ser líder religioso não confere a ninguém privilégios diante de Deus, mas somente deveres e responsabilidades, pois, acima de tudo, somos todos "filhos de Deus" em igualdade de condições. Sendo assim, cada cristão individualmente pode achegar-se a Deus e alcançar suas bênçãos sem a necessidade de líder religioso para tanto, pois o escritor aos Hebreus disse o seguinte: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus". Da mesma forma que o óleo, colocar a confiança no líder religioso (a criatura) é deixar de crer e glorificar a Deus (o Criador); Dízimo: neste particular, muitos pregadores da atualidade têm cometido pecado ao atribuir um poder que pertence unicamente a Deus (o Criador) e transferir ao dízimo (a criatura), ao afirmarem que "era o dízimo quem repreendia o devorador na vida dos judeus", induzindo diversas pessoas a pecarem juntamente com eles, acreditando erroneamente da mesma maneira. Ora, a Palavra de Deus diz claramente o seguinte: "Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos" (Malaquias 3.11). O texto sagrado deixa claro que era o próprio Deus quem repreendia o devorador para que não viesse prejudicar os judeus. Ao atribuírem erroneamente o "poder de repreensão do devorador" ao dízimo (a criatura), muitos cristãos estão roubando a glória que pertence somente a Deus (o Criador) e transferindo à criatura (o dízimo). Estes são apenas alguns exemplos, pois existem muitas outras atitudes idólatras que devemos repudiar, para que toda a honra e toda a glória sejam atribuídas somente a Deus, o único merecedor!

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Opinião do leitor