Palavra do leitor
- 24 de novembro de 2016
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A graça sem a barreira dos gêneros
A GRAÇA SEM A BARREIRA DOS GÊNEROS
‘’O amor se finda, quando tentamos compreender o próximo, com as portas da alma fechadas. ’’
Ultimamente, o termo gêneros aparece, com intensa fluência, nas conversas diárias, nos noticiários, nas denominadas redes sociais. Por ora, evitarei adentrar nas peculiaridades dos interesses alderedor do assunto e me dirijo ao episódio da mulher siro – fenícia, ao qual Jesus, expressamente, abre as portas de seus discípulos para uma ruptura com todo um emaranhado de pré – julgamentos, de olhar para outros, como se fossem figuras de segunda classe. De imediato, há um encontro, um diálogo, uma proximidade inadmissível para a cultura do oriente médio e, ainda hoje, presente, em muitas regiões regidas pelo conservadorismo, referente a um homem conversar abertamente com um mulher. Além do mais, um suposto rabino permitir isso não era bem visto; mesmo assim, as barreiras de gêneros acabam por trilhar a direção de uma leitura, pelo qual prevalece a vida, o ser humano, a humanidade. Sem sombra de dúvida, Jesus abre as páginas para um acontecimento, como outros, com reflexos diferentes, porque traz ao palco uma gentia, uma estrangeira, uma mulher, uma pessoa, provavelmente, desprovida de todo o repertório da lei mosaica e de uma forte anatomia normativa machista. Verdadeiramente, observamos uma mulher, uma mãe e curadora de sua filha debilitada, ao qual nem sequer concebe os olhares, por exemplo dos discípulos, como um obstáculo. Muitos podem questionar, a maneira como Jesus se reportou a mulher, com expressões nada apreciáveis, entretanto, acredito, piamente, sua intenção de levar os discípulos a se defrontarem com profundas posturas preconceituosas e desumanas enraizados, em suas vidas. Em meio a expectativa dos discípulos de Jesus rejeitar aquela mulher, considera – la como não merecedora da graça e, mesmo assim, há uma saudável teimosia pela vida, naquela mulher, pela esperança, pela liberdade e pelo derrubada implacável de uma suposta predestinação de uns, aqui, somente, dos judeus, enquanto os gentios, as mulheres, os pagãos e os demais teriam a disposição migalhas, restos, sobras, fragmentos ou fagulhas de importância. Em direção frontalmente oposta, Jesus mostra as cartas de um Deus voltado a estender sua inspiração e criação de vida ou de amor, em favor de todo ser humano, e isto implica adentrar nas cenas dramáticas da realidade, com suas tensões e ambiguidades, com tantas portas fechadas, por onde as pessoas se distanciam, se rivalizam, se hostilizam, se depreciam, diminuem outras, desumanizam. Lamentavelmente, as folhear a história, chegamos a essa triste e deplorável constatação, povos indígenas dizimados, diante da colonização espanhola; negros tratados como coisas descartáveis, visto sem dignidade, nas denominadas nações cristãs, como nos Estados – Unidos; mulheres, ainda hoje, vitimadas por atos inaceitáveis de violência sexual, cometido por seus parceiros; povos engaiolados, vitimas de guerras civis e políticas, como o cenário ora vivenciada por sírios e outros. Retomo o fio da meada, a mulher siro – fenícia personifica a remoção de todas as barreiras de gêneros, segundo a perspectiva de que homens e mulheres, jovens e crianças, de judeus e árabes, de cristão e gnósticos, de crédulos e ateus, de bons e maus, de certos e errados, de negros e brancos, de europeus e africanos, de asiáticos e latinos e, enfim, todos encontram livre acesso, em Cristo Jesus. Evidentemente, não venho aqui deturpar, em nada, a narrativa de integração, de respeito pelo ser humano, como fim em si mesmo, de resgatar a dignidade de cada imagem e semelhança de Deus, agora, inafastavelmente, a fé daquela mulher, ou seja, sua decisão por ir a vida, Jesus, fez com que sua filha fosse beneficiada e, não parou nessa estação, proporcionou aos discípulos iniciarem uma caminha de ser livre e em liberdade, removeu todo um monturo de considerações inclinadas a eleger uns e abominar, ver outros como malditos, não merecedores de nada. Atentemos para uma autêntica terapia existencial, na vida dos discípulos, uma abertura das suas portas para uma sondagem nos cômodos e perceberem o quanto suas convicções teológicas e de crenças faziam de Deus um objeto para afirmarem suas apologias. Não há como negar, a mulher siro – fenícia surge da vida diária, do laico, do normal, do habitual, sem nenhuma das credenciais dos pais da fé, sem nenhum feito miraculoso, como de determinados personagens da bíblia, sem nenhum discurso eloquente, sem nada a oferecer de troca e aponta para o Jesus que se importa com as pessoas, com os gentios, com os gregos, com aqueles que nunca foram ao templo de Jerusalém, com os comuns, com suas dores, com suas incertezas, com suas revoltas, com suas cóleras e, talvez, seja essa a rota a ser refeita pelos seguidores de Cristo, a começar comigo.
‘’O amor se finda, quando tentamos compreender o próximo, com as portas da alma fechadas. ’’
Ultimamente, o termo gêneros aparece, com intensa fluência, nas conversas diárias, nos noticiários, nas denominadas redes sociais. Por ora, evitarei adentrar nas peculiaridades dos interesses alderedor do assunto e me dirijo ao episódio da mulher siro – fenícia, ao qual Jesus, expressamente, abre as portas de seus discípulos para uma ruptura com todo um emaranhado de pré – julgamentos, de olhar para outros, como se fossem figuras de segunda classe. De imediato, há um encontro, um diálogo, uma proximidade inadmissível para a cultura do oriente médio e, ainda hoje, presente, em muitas regiões regidas pelo conservadorismo, referente a um homem conversar abertamente com um mulher. Além do mais, um suposto rabino permitir isso não era bem visto; mesmo assim, as barreiras de gêneros acabam por trilhar a direção de uma leitura, pelo qual prevalece a vida, o ser humano, a humanidade. Sem sombra de dúvida, Jesus abre as páginas para um acontecimento, como outros, com reflexos diferentes, porque traz ao palco uma gentia, uma estrangeira, uma mulher, uma pessoa, provavelmente, desprovida de todo o repertório da lei mosaica e de uma forte anatomia normativa machista. Verdadeiramente, observamos uma mulher, uma mãe e curadora de sua filha debilitada, ao qual nem sequer concebe os olhares, por exemplo dos discípulos, como um obstáculo. Muitos podem questionar, a maneira como Jesus se reportou a mulher, com expressões nada apreciáveis, entretanto, acredito, piamente, sua intenção de levar os discípulos a se defrontarem com profundas posturas preconceituosas e desumanas enraizados, em suas vidas. Em meio a expectativa dos discípulos de Jesus rejeitar aquela mulher, considera – la como não merecedora da graça e, mesmo assim, há uma saudável teimosia pela vida, naquela mulher, pela esperança, pela liberdade e pelo derrubada implacável de uma suposta predestinação de uns, aqui, somente, dos judeus, enquanto os gentios, as mulheres, os pagãos e os demais teriam a disposição migalhas, restos, sobras, fragmentos ou fagulhas de importância. Em direção frontalmente oposta, Jesus mostra as cartas de um Deus voltado a estender sua inspiração e criação de vida ou de amor, em favor de todo ser humano, e isto implica adentrar nas cenas dramáticas da realidade, com suas tensões e ambiguidades, com tantas portas fechadas, por onde as pessoas se distanciam, se rivalizam, se hostilizam, se depreciam, diminuem outras, desumanizam. Lamentavelmente, as folhear a história, chegamos a essa triste e deplorável constatação, povos indígenas dizimados, diante da colonização espanhola; negros tratados como coisas descartáveis, visto sem dignidade, nas denominadas nações cristãs, como nos Estados – Unidos; mulheres, ainda hoje, vitimadas por atos inaceitáveis de violência sexual, cometido por seus parceiros; povos engaiolados, vitimas de guerras civis e políticas, como o cenário ora vivenciada por sírios e outros. Retomo o fio da meada, a mulher siro – fenícia personifica a remoção de todas as barreiras de gêneros, segundo a perspectiva de que homens e mulheres, jovens e crianças, de judeus e árabes, de cristão e gnósticos, de crédulos e ateus, de bons e maus, de certos e errados, de negros e brancos, de europeus e africanos, de asiáticos e latinos e, enfim, todos encontram livre acesso, em Cristo Jesus. Evidentemente, não venho aqui deturpar, em nada, a narrativa de integração, de respeito pelo ser humano, como fim em si mesmo, de resgatar a dignidade de cada imagem e semelhança de Deus, agora, inafastavelmente, a fé daquela mulher, ou seja, sua decisão por ir a vida, Jesus, fez com que sua filha fosse beneficiada e, não parou nessa estação, proporcionou aos discípulos iniciarem uma caminha de ser livre e em liberdade, removeu todo um monturo de considerações inclinadas a eleger uns e abominar, ver outros como malditos, não merecedores de nada. Atentemos para uma autêntica terapia existencial, na vida dos discípulos, uma abertura das suas portas para uma sondagem nos cômodos e perceberem o quanto suas convicções teológicas e de crenças faziam de Deus um objeto para afirmarem suas apologias. Não há como negar, a mulher siro – fenícia surge da vida diária, do laico, do normal, do habitual, sem nenhuma das credenciais dos pais da fé, sem nenhum feito miraculoso, como de determinados personagens da bíblia, sem nenhum discurso eloquente, sem nada a oferecer de troca e aponta para o Jesus que se importa com as pessoas, com os gentios, com os gregos, com aqueles que nunca foram ao templo de Jerusalém, com os comuns, com suas dores, com suas incertezas, com suas revoltas, com suas cóleras e, talvez, seja essa a rota a ser refeita pelos seguidores de Cristo, a começar comigo.
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