Palavra do leitor
- 19 de fevereiro de 2007
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A fugacidade e a ilusão do carnaval
Quem contempla os programas televisivos em período carnavalesco parece que está vivendo uma fábula, e esta, criada pela indústria do "entretetenimento profano", tenta levar os expectadores (no caso do carnaval, os adultos) a um mundo só de alegria. A palavra de ordem é brincar, pular, cantar, dançar, beber, comer, transar (desde que "com camisinha").
Diferente de todos os demais dias do ano, onde os noticiários expôem o cotidiano da violência (local e mundial), no período da Festa de Momo, as manchetes trágicas, por razões bem lógicas, desaparecem da mídia.
Contudo, nos bastidores (entenda-se nas ruas, nas esquinas, nos bares, nas avenidas), tudo não passa de uma doce ilusão. E, em se tratando do carnaval, o caldo da violência e dos acidentes engrossa consideravelmente, cujo saldo disto tudo é terrivelmente vermelho (sangrento), o qual só é revelado a partir da quarta-feira de cinzas.
Outro ponto a ser destacado sobre o carnaval é a descartabilidade dos relacionamentos que surgem, os quais, em sua maioria, descambam em precoces "divórcios" na quarta-feira de cinzas. E, se nos reportarmos aos corinhos carnavalescos, mesmo os mais antigos, vemos impresso em muitos, esta verdade. Um exemplo pode ser verificado em boa parte dos versos da famosa composição "Quem te viu,quem te vê".
¨Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado
O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia
Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista."
Diferente de todos os demais dias do ano, onde os noticiários expôem o cotidiano da violência (local e mundial), no período da Festa de Momo, as manchetes trágicas, por razões bem lógicas, desaparecem da mídia.
Contudo, nos bastidores (entenda-se nas ruas, nas esquinas, nos bares, nas avenidas), tudo não passa de uma doce ilusão. E, em se tratando do carnaval, o caldo da violência e dos acidentes engrossa consideravelmente, cujo saldo disto tudo é terrivelmente vermelho (sangrento), o qual só é revelado a partir da quarta-feira de cinzas.
Outro ponto a ser destacado sobre o carnaval é a descartabilidade dos relacionamentos que surgem, os quais, em sua maioria, descambam em precoces "divórcios" na quarta-feira de cinzas. E, se nos reportarmos aos corinhos carnavalescos, mesmo os mais antigos, vemos impresso em muitos, esta verdade. Um exemplo pode ser verificado em boa parte dos versos da famosa composição "Quem te viu,quem te vê".
¨Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado
O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia
Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista."
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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