Palavra do leitor
- 28 de setembro de 2007
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A fraca presença evangélica na TV
Já faz algum tempo que venho analisando a participação evangélica na televisão brasileira e, sinceramente, com raríssimas exceções, não acredito que os programas veiculados tenham algum impacto na sociedade, ao contrário, penso que comprometem ainda mais a tão desgastada atuação dos evangélicos no cenário nacional. Os programas evangélicos estão próximos do que existe de mais esdrúxulo no espaço televisivo, pois exploram a miséria humana como matéria-prima de um produto a ser comercializado no promissor mercado religioso brasileiro.
Não faz muito tempo assisti envergonhado a três pastores atuando atrás das câmeras, com traquejos próprios de vendilhões de ilusões, propondo aos telespectadores a possibilidade de se alcançar a “benção de Deus” através de uma oração que seria “despachada” nos ares, pois estariam mais próximos do “dono da benção”. Após um período de longa teatralização lá foram eles, com a ajuda de um helicóptero, para as alturas executar o “serviço religioso”.
Outro tipo de programa indigesto é aquele em que há diálogo ao vivo com o telespectador, todos os problemas humanos são analisados na perspectiva da atuação demoníaca, inclusive dores de barriga inesperadas.
O quadro do “antes e depois” brinca com a nossa inteligência: sempre aparece uma pessoa bem arrumada testemunhando sobre todas as “dádivas alcançadas”, em especial as financeiras, “bênçãos” mediadas é claro pela “igreja fulano” e pelos “pastores-vendedores”.
Minha indignação vai ao limite quando vejo programas apresentados por “pastores” bem-vestidos que falam muito bem, eles representam o sucesso empresarial no mundo religioso, têm status de estrela do show business, se gabam de possuírem carrões em suas garagens e suas aparições em eventos são caríssimas. Suas mensagens vendem a ilusão da grandiosidade, “grande avivamento”, “grande poder”, “grandes sinais”, e o tempo todo a programação é intermediada com flashes de participações grandiosas em mega eventos evangélicos.
O que mais me choca é que os programas ditos evangélicos são uma extensão da maneira como uma parte da igreja se porta frente à sociedade: “uma igreja de mercado”.
Acredito que o crescimento a qualquer custo sangra a participação evangélica na televisão, o evangelho não é um produto de “eficácia garantida” para a problemática condição humana.
Senhoras e senhores o evangelho de Jesus não pode ser reduzido a um pacote de serviços religiosos com o intuito de atender a demanda espiritual de telespectadores infantis e passivos.
“Mas ainda que um anjo do céu vos anunciasse outro evangelho, além do que eu já vos tenho anunciado, seja maldito” (Gl 1.8).
www.cafeteologico.com.br
www.pentecostalidade.blogspot.com
Não faz muito tempo assisti envergonhado a três pastores atuando atrás das câmeras, com traquejos próprios de vendilhões de ilusões, propondo aos telespectadores a possibilidade de se alcançar a “benção de Deus” através de uma oração que seria “despachada” nos ares, pois estariam mais próximos do “dono da benção”. Após um período de longa teatralização lá foram eles, com a ajuda de um helicóptero, para as alturas executar o “serviço religioso”.
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O quadro do “antes e depois” brinca com a nossa inteligência: sempre aparece uma pessoa bem arrumada testemunhando sobre todas as “dádivas alcançadas”, em especial as financeiras, “bênçãos” mediadas é claro pela “igreja fulano” e pelos “pastores-vendedores”.
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