Palavra do leitor
- 20 de maio de 2024
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A fé sem rótulos e o Deus sem amordaças
Mateus 8.5-13 - O centurião de Cafarnaum
5 E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe 6 e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. 7 E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde. 8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará, 9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz. 10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. 11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus; 12 E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou.
e Lucas 19: 08 a 17 - A parábola do fariseu e do publicano
9 E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Os dois eventos descritos nos direcionam a encarar a fé, sem rótulos e sem amordaças. Digo isso, porque os rótulos não aproximam, os rótulos não se aproximam, os rótulos não param para escutar, não param para considerar, não param para recomeçar, não param para ir adiante, não param para se levantar, não param para se lembrar. Eis, decerto, a trajetória dos homens distantes do encontro claro, específico, objetivo e sem rodeios, com Jesus, o Cristo, como podemos observar, a partir dos cenários de Mateus e de Lucas.
O primeiro cenário apresenta um Centurião Romano como o símbolo da opressão de Roma sobre o povo judeu, dotado de todo um conjunto de autoridade e de poder legitimado, mas se aproxima, se achega, vai até o Deus Ser Humano Jesus Cristo, Aquele com toda a autonomia e sem se valer do rótulo de ser um centurião,ou das credenciais de dispor de condições de determinar ações ou de uma legitimidade de, por causa disso, poderia ser tratado como predileto ou com predileção. Sem reservas, aquele ser humano, despido de todas as suas indumentárias ou rótulos, reconhece que a fé Jesus não se amordaça a nada, não se prende a nada, não depende de datas, de horários, de templos, de oferendas, de liturgias, de sacrifícios para Ser o Deus que a Tudo e a Todos Precede. Vou adiante, essa fé rompe e irrompe com o próprio universo, com o próprio cosmo, com as próprias potestades, com os próprios poderes e as próprias autoridades. Indo ao segundo cenário, agora, encontramos a mesma tríade das ilusões dos homens de que podem manipular e articular o divino para os seus intentos. Não e não, o publicano não se esconde em rótulos, como o fariseu (o rótulo de ser um guardião devoto da lei), com as credenciais de cumprir com todos os ritualismos e rituais (jejuo, oro, medito, pago, como se a fé, a partir de Jesus, o Cristo, dependesse de uma contrapartida) e como se, por isso, estivesse legitimado para ser atendido. Em direção oposta, somos chamados para não fazer dos rótulos (porque pertenço a essa ou aquela denominação), com as credenciais de praticar todos as exigências (de ser um reformado, de ser um presbiteriano, de conhecer todos os tratados teológicos, de cantar no coral, de falar em línguas estranhas, de profetizar, de revelar) e munido com a legitimidade para poder me considerar melhor do que o outro. Afinal, os rótulos me fazem olhar para o outro, como incluídos ou excluídos, como eleitos e abominados, como livres e condenados, como perdoados e culpados.
Sem sombra de dúvida, os dois acontecimentos retratam um Deus sem amordaças, que salta muralhas, que vai ao deserto e diz, como fez com Hagar, estou aqui. O quanto isso se torna libertador e modificador, em períodos de propostas de fé mais parecida com troca de favores, com o toma cá e dá lá, com uma busca interminável de provar que mereço ser aceito. Por fim, o centurião e o publicano retornam para suas realidades envoltos com a certeza de o quanto a fé Jesus nos leva a uma dimensão de de ruptura com todos os rótulos e amordaças.
5 E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe 6 e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. 7 E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde. 8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará, 9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz. 10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. 11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus; 12 E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou.
e Lucas 19: 08 a 17 - A parábola do fariseu e do publicano
9 E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Os dois eventos descritos nos direcionam a encarar a fé, sem rótulos e sem amordaças. Digo isso, porque os rótulos não aproximam, os rótulos não se aproximam, os rótulos não param para escutar, não param para considerar, não param para recomeçar, não param para ir adiante, não param para se levantar, não param para se lembrar. Eis, decerto, a trajetória dos homens distantes do encontro claro, específico, objetivo e sem rodeios, com Jesus, o Cristo, como podemos observar, a partir dos cenários de Mateus e de Lucas.
O primeiro cenário apresenta um Centurião Romano como o símbolo da opressão de Roma sobre o povo judeu, dotado de todo um conjunto de autoridade e de poder legitimado, mas se aproxima, se achega, vai até o Deus Ser Humano Jesus Cristo, Aquele com toda a autonomia e sem se valer do rótulo de ser um centurião,ou das credenciais de dispor de condições de determinar ações ou de uma legitimidade de, por causa disso, poderia ser tratado como predileto ou com predileção. Sem reservas, aquele ser humano, despido de todas as suas indumentárias ou rótulos, reconhece que a fé Jesus não se amordaça a nada, não se prende a nada, não depende de datas, de horários, de templos, de oferendas, de liturgias, de sacrifícios para Ser o Deus que a Tudo e a Todos Precede. Vou adiante, essa fé rompe e irrompe com o próprio universo, com o próprio cosmo, com as próprias potestades, com os próprios poderes e as próprias autoridades. Indo ao segundo cenário, agora, encontramos a mesma tríade das ilusões dos homens de que podem manipular e articular o divino para os seus intentos. Não e não, o publicano não se esconde em rótulos, como o fariseu (o rótulo de ser um guardião devoto da lei), com as credenciais de cumprir com todos os ritualismos e rituais (jejuo, oro, medito, pago, como se a fé, a partir de Jesus, o Cristo, dependesse de uma contrapartida) e como se, por isso, estivesse legitimado para ser atendido. Em direção oposta, somos chamados para não fazer dos rótulos (porque pertenço a essa ou aquela denominação), com as credenciais de praticar todos as exigências (de ser um reformado, de ser um presbiteriano, de conhecer todos os tratados teológicos, de cantar no coral, de falar em línguas estranhas, de profetizar, de revelar) e munido com a legitimidade para poder me considerar melhor do que o outro. Afinal, os rótulos me fazem olhar para o outro, como incluídos ou excluídos, como eleitos e abominados, como livres e condenados, como perdoados e culpados.
Sem sombra de dúvida, os dois acontecimentos retratam um Deus sem amordaças, que salta muralhas, que vai ao deserto e diz, como fez com Hagar, estou aqui. O quanto isso se torna libertador e modificador, em períodos de propostas de fé mais parecida com troca de favores, com o toma cá e dá lá, com uma busca interminável de provar que mereço ser aceito. Por fim, o centurião e o publicano retornam para suas realidades envoltos com a certeza de o quanto a fé Jesus nos leva a uma dimensão de de ruptura com todos os rótulos e amordaças.
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