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Palavra do leitor

A fé fora da gaveta!

A fé fora da gaveta!



‘’Os ícones se mantêm, através e por causa do imaginário das pessoas, fora dessa dimensão, se tornam em figuras banidas, em peças esquecidas e objetos para museus.’’



O ser humano parece carecer de ícones, em seu imaginário, e, numa espécie de simbiose, os mesmos. Basta observar para Malin Mourou, Elvis, Janis Joplin e por ai vai. Parto dessas palavras e observo o quanto foram o que foram, enquanto estiveram permeando o imaginário das pessoas.

Mesmo diante dessa constatação, o livro de Eclesiastes traz e estabelece uma sentença inexorável, a verdade nua e crua, a certeza de que tudo não passa de ilusão, de vaidade, de engano e enfado. Sem sombra de dúvida, num piscar de olhos, líderes, artistas, esportistas e celebridades, dos mais variados nichos sociais, se tornaram páginas da história. Nada mais e nada menos!

Digo isso, em função de estarmos numa geração sem a percepção de sua fragilidade, de quão efêmeras são suas conquistas e realizações. Desde o espertar da vida, somos lançados numa realidade de exigências que nos sufocam, de viver apressados, de atender as necessidades de um cenário cultural consumista e predatório, de uma ética de incluídos e excluídos, de aceitos e marginalizados, de aprovados e abominados.

Em contrapartida, noutro lado da moeda, esquecemo – nos do fundamental, ou seja, as vias e os vínculos inter – relacionais. Vale dizer, em meio a tantas avanços e progressos proporcionados pelo ser humano, aos quais não podemos menosprezar, ainda assim, prosseguimos, cada vez mais, subjugados por uma vida opressora e segundo a cartilha de nunca parar. Sinceramente, lá no fundo, não acreditamos mais em nada, nem em salvador, nem em messias e sei lá mais o que.

Grosso modo, não conseguimos mais olhar para os lados, ouvir o outro, olhar para o espelho sem nos diminuirmos, porque não nos encaixamos nos ideais de um sucesso, de uma beleza, de uma verdade narcisista, civilizada, ocidental, européia, de olhos azuis, de cabelos loiros e anglo – saxônica. Não por menos, cultuamos um fé distante de ir e enfrentar a realidade concreta, com suas ambigüidades, com seus reveses, com suas incertezas, com suas mancadas ou nossas, ou seja, mantem – nos anestesiados e muito bem acomodados, em nossas vidas diárias.

Acredito, aqui, o quanto Jesus não se encaixou no imaginário dos religiosos da época e, dou mais um adendo, não ia dar certo, era demais para suportarem uma fé com as marcas de gente, de leprosos, de adulteras, de pessoas suspeitas, de fraudadores, de estrangeiros, de malucos, de alienados.

Oposto ao pré – estabelecido, em sua época, Jesus foi além, porque trouxe uma fé voltada a resgatar a imaginação do ser humano, no processo da salvação, para não o trancafiar em sistemas e métodos desfiguradores. As palavras de Jesus acarretaram um choque diante da decência hipócrita dos fariseus, removeu as máscaras de uma eternidade que começaria no último suspiro, resgatou a condição de que todo ser humano foi feito como imagem de uma criação original que se complementa com liberdade para sermos inspiradores e criativos, com a igualdade para sermos responsáveis e solidários.

Verdadeiramente, eis a loucura de seguir as pegadas de uma narrativa sem linhas, sem pontuações, sem vírgulas, sem fronteiras e que pontua o coração humano com a entrada do próximo (samaritano, da mulher sírio – fenício, do centurião romano, do coletor de impostos, da mulher samaritana, gente, de todas as tribos, de todos os povos, de todas as raças para serem vistos não como objetos a serem adquiridos ou adversários a serem espezinhados), com uma fé fora da gaveta.
São Paulo - SP
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