Palavra do leitor
- 12 de março de 2012
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A Ética da Nação de Israel (2ª parte)
Deus: O Fundamento da Ética
A Lei foi dada a Moisés, expressando o caráter de Deus. Podemos dizer que o Senhor Deus é um ser ético. Nas Escrituras Sagradas, que é revelação de Deus ao homem, isto é, nelas Deus se faz conhecer, permitindo assim que tenhamos uma compreensão de como Ele pensa, vemos o caráter ético de Deus se manifestar. Como declara o Dr. Alderi de Souza Matos, ministro presbiteriano:
“O Velho Testamento fala da existência de um único DEUS, o criador e Senhor de todas as coisas. Esse Deus é pessoal e tem um caráter positivo, não negativo ou neutro. Esse caráter se revela em seus atributos morais. Deus é Santo (Lv 11, 45; Sl 99, 9), justo (Sl 11, 7; 145, 17), verdadeiro (Sl 119, 160; Is 45, 19), misericordioso (Sl 103, 8; Is 55, 7), fiel (Dt 7, 9; Sl 33, 4”) .
Como vimos no tópico anterior, a nação de Israel foi convocada à liberdade e soberania por Deus. Israel como uma nação pertencente ao Senhor fora anunciada pelo próprio a Abraão . Deus quer um povo para si. Mas, este “povo de Deus’, terá como evidência deste pertencimento, o viver de acordo com os seus princípios. Portanto, a ética do povo hebreu derivava de Deus. Como Deus santo, justo, verdadeiro a exigência era de que a nação de Israel vivesse em santidade, verdade e justiça. Os valores do povo, assim como seus costumes não estariam sujeitos às influências das nações idólatras circunvizinhas, porquanto Deus mesmo, através das suas leis, ensinaria o povo quem eles eram, quem Ele Era e qual a missão da nação eleita no mundo.
A base da ética da nação de Israel era o Senhor. O caráter de Deus era o referencial máximo e o padrão absoluto para que a nova vida dos hebreus fosse administrada. Destarte, verificamos nas páginas do Antigo Testamento as três manifestações desta ética, objetivando orientar e disciplinar a vida dos habitantes do Estado de Israel.
Vejamos:
O Decálogo: A Ética Pessoal
Os Dez Mandamentos são conhecidos como a expressão da Lei Moral de Deus e “representa a vontade de Deus para com o homem, no que diz respeito ao seu comportamento e aos seus deveres principais”. Podemos dizer que a Lei “ordena o comportamento que agrada a Deus e proíbe o que ofende” .
O Decálogo possui dois pilares muito claros. Primeiro, temos as indicações de como devem ser o nosso relacionamento com Deus (vs 1-11) e, em seguida, como devemos nos relacionar com o nosso próximo (vs 12 – 17). É digno de nota que o Decálogo foi apresentado justamente no primeiro momento em que Deus falaria coletivamente ao seu povo, onde, então, são apresentadas as diretrizes para a maneira como deveriam agir com Ele e uns para com outros. O apelo dos Dez Mandamentos era pessoal e apontava para como cada integrante da nação deveria cultivar uma saudável relação com Deus, que é o autor da vida, libertador e sustentador e como que a vida comunitária em um território específico, que caminhava para sua concretização deveria ser compreendida e quais os deveres que cada membro da nação tinha para com seus pares.
O Decálogo era uma poderosa lembrança de que temos a Deus como o fundamento da nossa existência. O preâmbulo, “Eu Sou O Senhor, Teu Deus...” torna tal verdade evidente. Afinal, este Senhor Deus é a razão da realidade da nação, uma vez que sem a Sua intervenção a escravidão permaneceria, logo, a Lei exige o reconhecimento devido a Ele, a honra que devemos prestá-lo e também quais os impedimentos e limites que nos são requeridos. Deus é um Deus pessoal e os relacionamentos interpessoais são propostos por Ele. Assim, a Lei Moral regula a ética pessoal. Como agimos com o Senhor e como agimos com os nossos irmãos. Mas, a ética em Israel também se dirigia às instituições que fariam parte do Estado, havia leis que regulavam a sociedade civil e é o que veremos abaixo.
A Ética Civil:
Uma vez que Israel tornara-se ciente dos deveres dos homens para com Deus e para com os outros homens, seria natural que o Estado em processo de formação, também tivesse compromissos que protegessem a nação. Este é o propósito das leis civis que servirão de solo para os princípios éticos da sociedade israelense. Aqui se aplicam os regulamentos acerca dos servos , da violência , da propriedade , das virgens , do falso testemunho e da injúria , dos deveres dos magistrados , dos casamentos ilícitos e das uniões abomináveis , dos pesos e medidas justos , das penas dos crimes , do cuidado para com os pobres , do cuidado para com os escravos . Ou seja, havia, em Israel, o conceito de uma ética social. As expressões eram diversas, porquanto havia uma ética da família ; uma ética do trabalho ; uma ética étnica ; uma ética do poder ; uma ética das finanças e etc. Temos, portanto, em Israel a construção de um Estado justo e protetor da vida em todas as suas nuances. Estamos diante de um Estado ético.
A Lei foi dada a Moisés, expressando o caráter de Deus. Podemos dizer que o Senhor Deus é um ser ético. Nas Escrituras Sagradas, que é revelação de Deus ao homem, isto é, nelas Deus se faz conhecer, permitindo assim que tenhamos uma compreensão de como Ele pensa, vemos o caráter ético de Deus se manifestar. Como declara o Dr. Alderi de Souza Matos, ministro presbiteriano:
“O Velho Testamento fala da existência de um único DEUS, o criador e Senhor de todas as coisas. Esse Deus é pessoal e tem um caráter positivo, não negativo ou neutro. Esse caráter se revela em seus atributos morais. Deus é Santo (Lv 11, 45; Sl 99, 9), justo (Sl 11, 7; 145, 17), verdadeiro (Sl 119, 160; Is 45, 19), misericordioso (Sl 103, 8; Is 55, 7), fiel (Dt 7, 9; Sl 33, 4”) .
Como vimos no tópico anterior, a nação de Israel foi convocada à liberdade e soberania por Deus. Israel como uma nação pertencente ao Senhor fora anunciada pelo próprio a Abraão . Deus quer um povo para si. Mas, este “povo de Deus’, terá como evidência deste pertencimento, o viver de acordo com os seus princípios. Portanto, a ética do povo hebreu derivava de Deus. Como Deus santo, justo, verdadeiro a exigência era de que a nação de Israel vivesse em santidade, verdade e justiça. Os valores do povo, assim como seus costumes não estariam sujeitos às influências das nações idólatras circunvizinhas, porquanto Deus mesmo, através das suas leis, ensinaria o povo quem eles eram, quem Ele Era e qual a missão da nação eleita no mundo.
A base da ética da nação de Israel era o Senhor. O caráter de Deus era o referencial máximo e o padrão absoluto para que a nova vida dos hebreus fosse administrada. Destarte, verificamos nas páginas do Antigo Testamento as três manifestações desta ética, objetivando orientar e disciplinar a vida dos habitantes do Estado de Israel.
Vejamos:
O Decálogo: A Ética Pessoal
Os Dez Mandamentos são conhecidos como a expressão da Lei Moral de Deus e “representa a vontade de Deus para com o homem, no que diz respeito ao seu comportamento e aos seus deveres principais”. Podemos dizer que a Lei “ordena o comportamento que agrada a Deus e proíbe o que ofende” .
O Decálogo possui dois pilares muito claros. Primeiro, temos as indicações de como devem ser o nosso relacionamento com Deus (vs 1-11) e, em seguida, como devemos nos relacionar com o nosso próximo (vs 12 – 17). É digno de nota que o Decálogo foi apresentado justamente no primeiro momento em que Deus falaria coletivamente ao seu povo, onde, então, são apresentadas as diretrizes para a maneira como deveriam agir com Ele e uns para com outros. O apelo dos Dez Mandamentos era pessoal e apontava para como cada integrante da nação deveria cultivar uma saudável relação com Deus, que é o autor da vida, libertador e sustentador e como que a vida comunitária em um território específico, que caminhava para sua concretização deveria ser compreendida e quais os deveres que cada membro da nação tinha para com seus pares.
O Decálogo era uma poderosa lembrança de que temos a Deus como o fundamento da nossa existência. O preâmbulo, “Eu Sou O Senhor, Teu Deus...” torna tal verdade evidente. Afinal, este Senhor Deus é a razão da realidade da nação, uma vez que sem a Sua intervenção a escravidão permaneceria, logo, a Lei exige o reconhecimento devido a Ele, a honra que devemos prestá-lo e também quais os impedimentos e limites que nos são requeridos. Deus é um Deus pessoal e os relacionamentos interpessoais são propostos por Ele. Assim, a Lei Moral regula a ética pessoal. Como agimos com o Senhor e como agimos com os nossos irmãos. Mas, a ética em Israel também se dirigia às instituições que fariam parte do Estado, havia leis que regulavam a sociedade civil e é o que veremos abaixo.
A Ética Civil:
Uma vez que Israel tornara-se ciente dos deveres dos homens para com Deus e para com os outros homens, seria natural que o Estado em processo de formação, também tivesse compromissos que protegessem a nação. Este é o propósito das leis civis que servirão de solo para os princípios éticos da sociedade israelense. Aqui se aplicam os regulamentos acerca dos servos , da violência , da propriedade , das virgens , do falso testemunho e da injúria , dos deveres dos magistrados , dos casamentos ilícitos e das uniões abomináveis , dos pesos e medidas justos , das penas dos crimes , do cuidado para com os pobres , do cuidado para com os escravos . Ou seja, havia, em Israel, o conceito de uma ética social. As expressões eram diversas, porquanto havia uma ética da família ; uma ética do trabalho ; uma ética étnica ; uma ética do poder ; uma ética das finanças e etc. Temos, portanto, em Israel a construção de um Estado justo e protetor da vida em todas as suas nuances. Estamos diante de um Estado ético.
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