Palavra do leitor
- 22 de fevereiro de 2012
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A Ética da Nação de Israel
Introdução:
A expressão ética “vem do grego ethos e se refere aos costumes ou práticas que são aprovados por uma cultura”. Destarte, a ética é o conjunto dos valores da sociedade organizada. Portanto, toda a sociedade possui seu código de conduta e os parâmetros pelos quais será operada. Geralmente, tais parâmetros são manifestados e conhecidos objetivamente. A sociedade, através de suas instâncias, sejam a família, a escola, a religião, os órgãos públicos, se encarregam de decodificar e formalizar os princípios éticos que nortearão cada individuo que compõe a mesma. Aliás, é justamente para balizar a convivência social que a noção de ética é mister. Em um mundo sem limites, onde não se conhecem os direitos e deveres de cada um e onde não há regras claras que se estabeleçam o modus vivendi de cada integrante, a vida comunitária se torna insuportável. Mas, a ética não apenas lastra o indivíduo, pois sua convocação também se dirige às instituições e é justamente neste item que a nossa reflexão proposta aqui focalizará, porquanto, de forma breve e resumida, observaremos os princípios éticos que se estabeleceram sobre a nação de Israel. Nosso alvo é mostrar que a ética dos hebreus possuía três expressões fundamentais: civil, religiosa e pessoal, tendo como alicerces o caráter ético de Deus e a sua Lei. Sem tais fundamentos a formação da nação de Israel estaria incompleta, pois, para existir como tal, Israel precisava de códigos de conduta. Enquanto populacho , prisioneiro do Egito, sem noção de Estado e de cidadania, Israel não possuía preceitos que lhe fossem “trilho básico”, mas, uma vez libertos, caminhando em direção à maturidade nacional, seria absolutamente necessário o estabelecimento de leis que dirigissem a consciência e as decisões.
Nação: O Contexto e a Necessidade da Ética.
Como exposto na introdução, foi a partir da libertação do Egito que Israel precisou desenhar os contornos da sua ética, pois, uma vez livres, cada hebreu precisaria viver voluntariamente em uma comunidade, sendo fundamental a compreensão de seus compromissos. Neste aspecto, inclusive, se percebe a grandiosidade histórica de Moisés, instrumento divino da libertação do povo hebreu, pois, em uma ponta da história, Moisés mobiliza uma multidão de escravos, desorganizada, confusa, instável, sem noção de Estado, sem leis, sem parâmetros e sem território e, após a uma militância de 40 anos, entrega na outra ponta da história o mesmo povo, livre, com fundamentos éticos, organizado civicamente, com seu sistema cúltico devidamente estabelecido, com regras claras quanto à convivência social, com direitos e deveres nítidos e prestes à ocupação territorial .
A organização da nação de Israel exigiu a construção da ética, pois um Estado precisa ter seus limites impostos sobre os indivíduos que o compõe. A liberdade promovida por Deus aos hebreus não fora para lhes dar autonomia, ou seja, eles não estavam livres para viverem de acordo com suas próprias leis e sim foram libertos para serem teônomos, isto é, a liberdade tinha como base a sujeição à Lei de Deus . Em regimes totalitários ou despóticos o que impera, no convívio comunitário é a lei da força e da opressão, mas, em sistemas livres, como o de Israel, o que garantirá a convivência harmônica é o respeito e a sujeição aos princípios reguladores da liberdade. Portanto, podemos afirmar que a convocação divina a Israel à existência como Estado justificou a afirmação da ética para garantir a existência do mesmo. Sem parâmetros, um povo não é livre. Sem deveres e direitos não há cidadania. Sem lei o caos impera.
A primeira expressão da lei dada aos hebreus foi justamente após a libertação do Egito. No terceiro mês da saída daquela terra, Deus entrega a Moisés as tábuas da Lei, contendo os Dez Mandamentos, expressão da Lei Moral . Concluindo, entendemos que os princípios éticos do povo hebreu foram construídos tendo como sitz im leben a formação da Nação.
Deus: O Fundamento da Ética
Continua no próximo artigo...
A expressão ética “vem do grego ethos e se refere aos costumes ou práticas que são aprovados por uma cultura”. Destarte, a ética é o conjunto dos valores da sociedade organizada. Portanto, toda a sociedade possui seu código de conduta e os parâmetros pelos quais será operada. Geralmente, tais parâmetros são manifestados e conhecidos objetivamente. A sociedade, através de suas instâncias, sejam a família, a escola, a religião, os órgãos públicos, se encarregam de decodificar e formalizar os princípios éticos que nortearão cada individuo que compõe a mesma. Aliás, é justamente para balizar a convivência social que a noção de ética é mister. Em um mundo sem limites, onde não se conhecem os direitos e deveres de cada um e onde não há regras claras que se estabeleçam o modus vivendi de cada integrante, a vida comunitária se torna insuportável. Mas, a ética não apenas lastra o indivíduo, pois sua convocação também se dirige às instituições e é justamente neste item que a nossa reflexão proposta aqui focalizará, porquanto, de forma breve e resumida, observaremos os princípios éticos que se estabeleceram sobre a nação de Israel. Nosso alvo é mostrar que a ética dos hebreus possuía três expressões fundamentais: civil, religiosa e pessoal, tendo como alicerces o caráter ético de Deus e a sua Lei. Sem tais fundamentos a formação da nação de Israel estaria incompleta, pois, para existir como tal, Israel precisava de códigos de conduta. Enquanto populacho , prisioneiro do Egito, sem noção de Estado e de cidadania, Israel não possuía preceitos que lhe fossem “trilho básico”, mas, uma vez libertos, caminhando em direção à maturidade nacional, seria absolutamente necessário o estabelecimento de leis que dirigissem a consciência e as decisões.
Nação: O Contexto e a Necessidade da Ética.
Como exposto na introdução, foi a partir da libertação do Egito que Israel precisou desenhar os contornos da sua ética, pois, uma vez livres, cada hebreu precisaria viver voluntariamente em uma comunidade, sendo fundamental a compreensão de seus compromissos. Neste aspecto, inclusive, se percebe a grandiosidade histórica de Moisés, instrumento divino da libertação do povo hebreu, pois, em uma ponta da história, Moisés mobiliza uma multidão de escravos, desorganizada, confusa, instável, sem noção de Estado, sem leis, sem parâmetros e sem território e, após a uma militância de 40 anos, entrega na outra ponta da história o mesmo povo, livre, com fundamentos éticos, organizado civicamente, com seu sistema cúltico devidamente estabelecido, com regras claras quanto à convivência social, com direitos e deveres nítidos e prestes à ocupação territorial .
A organização da nação de Israel exigiu a construção da ética, pois um Estado precisa ter seus limites impostos sobre os indivíduos que o compõe. A liberdade promovida por Deus aos hebreus não fora para lhes dar autonomia, ou seja, eles não estavam livres para viverem de acordo com suas próprias leis e sim foram libertos para serem teônomos, isto é, a liberdade tinha como base a sujeição à Lei de Deus . Em regimes totalitários ou despóticos o que impera, no convívio comunitário é a lei da força e da opressão, mas, em sistemas livres, como o de Israel, o que garantirá a convivência harmônica é o respeito e a sujeição aos princípios reguladores da liberdade. Portanto, podemos afirmar que a convocação divina a Israel à existência como Estado justificou a afirmação da ética para garantir a existência do mesmo. Sem parâmetros, um povo não é livre. Sem deveres e direitos não há cidadania. Sem lei o caos impera.
A primeira expressão da lei dada aos hebreus foi justamente após a libertação do Egito. No terceiro mês da saída daquela terra, Deus entrega a Moisés as tábuas da Lei, contendo os Dez Mandamentos, expressão da Lei Moral . Concluindo, entendemos que os princípios éticos do povo hebreu foram construídos tendo como sitz im leben a formação da Nação.
Deus: O Fundamento da Ética
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