Palavra do leitor
- 06 de fevereiro de 2011
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A espiritualidade no evangelicalismo Brasileiro: conceitos, características e consequências
Conclusão
Há uma resposta a ser dada a estas nuances do evangelicalismo contemporâneo no que tange nossa idéia de espiritualidade.
Em primeiro lugar é necessário propormos uma agenda reflexiva no Brasil. É fundamental tentarmos entender o que é uma vida espiritual; o que significa ser cristão e como viveremos neste mundo. Tal postura é importante, pois percebe-se que no Brasil o que dita a conduta da igreja não é a ortodoxia e sim a ortopraxia. Somos pragmáticos demais, práticos demais. Há pouco espaço para a reflexão teológica e, assim, erramos com muita frequência. A experiência, na espiritualidade moderna, tornou-se mais importante do que a Escritura. Isto vai continuar enquanto não houver por parte das lideranças eclesiásticas uma proposta de repensarmos os conteúdos de nossa fé. A ortodoxia viva, o ensino correto e vibrante das Escrituras, deve nos conduzir a uma ortopraxia. E não o contrário.
Em segundo lugar é necessário repensarmos nossa metafísica, pois com uma cosmovisão, como esta que herdamos, onde se concebe uma realidade bipartida em secular e sagrada, mundano e sacro, torna-se difícil à prática e o desenvolvimento de uma espiritualidade holística, integral e completa. O que há na verdade hoje é uma sutil ressurreição do gnosticismo, onde um mundo espiritual não é relaciona com o material. Graves distorções estão acontecendo em função desta metafísica maniqueísta. Tornando a igreja e, consequentemente, a espiritualidade arcaica, monástica e sem penetração. O resgate do Mandato Cultural é premente nestes dias polarizados. Ainda é tempo. O evangelicalismo brasileiro ainda é jovem e pode aprender. A espiritualidade bíblica, saudável, pertinente, poderosa, impactante e transformadora de consciências, vidas e mundos ainda pode ser salva. Para isto é necessário, à semelhança de Lutero, voltar às bases, voltar às Escrituras Sagradas, para que elas norteiem e ensinem esta geração. As sementes de uma verdadeira espiritualidade ainda podem ser lançadas.
Finalmente, não podemos apenas nos preocupar com uma proposição intelectual, como apresentada acima. Os fundamentos são importantes. Entretanto, há outra dimensão que precisa ser cuidada. A erudição precisa ser acompanhada de uma poderosa piedade! Caso contrário, resgataremos apenas uma forma contemporânea de escolasticismo protestante. O escolasticismo (protestante) dos séculos XVII e XVIII, também conhecido com Ortodoxia, foi responsável por um importante legado teológico, onde os grandes tomos de teologia foram escritos e todo um pensar teológico protestante progrediu. Porém, seus erros e exageros foram substanciais, pois ao se preocupar apenas com as formulações lógicas da fé cristã, os teólogos distanciaram esta da experiência íntima que todo indivíduo deve passar. Grupos racionalistas surgiram deste ambiente de reflexão sem paixão, contribuindo para esfriar o compromisso do testemunho cristão das gerações posteriores aos reformadores. Erudição sim, mas piedade também! Reforma sim, mas avivamento também! Conhecimento das Verdades sim, mas conhecimento do poder também! Foi isso que homens, como Jonathan Edwards, por exemplo, fizeram. Não foi por menos que ficou conhecido como “Teólogo do Avivamento” por ocasião de suas reflexões e análises no “Grande Despertamento” das colônias americanas, no século XVIII. Reflexão e transformação pelo evangelho! Mente e coração! Razão e paixão! Escritura e Oração! Teologia e alegria! Proposição e canto! Nada pode ser mais bíblico, mais saudável e tão necessário à pratica de uma espiritualidade autêntica, enraizada na Palavra e no testemunho da História da Igreja.
SOLI DEO GLÓRIA!!!
Há uma resposta a ser dada a estas nuances do evangelicalismo contemporâneo no que tange nossa idéia de espiritualidade.
Em primeiro lugar é necessário propormos uma agenda reflexiva no Brasil. É fundamental tentarmos entender o que é uma vida espiritual; o que significa ser cristão e como viveremos neste mundo. Tal postura é importante, pois percebe-se que no Brasil o que dita a conduta da igreja não é a ortodoxia e sim a ortopraxia. Somos pragmáticos demais, práticos demais. Há pouco espaço para a reflexão teológica e, assim, erramos com muita frequência. A experiência, na espiritualidade moderna, tornou-se mais importante do que a Escritura. Isto vai continuar enquanto não houver por parte das lideranças eclesiásticas uma proposta de repensarmos os conteúdos de nossa fé. A ortodoxia viva, o ensino correto e vibrante das Escrituras, deve nos conduzir a uma ortopraxia. E não o contrário.
Em segundo lugar é necessário repensarmos nossa metafísica, pois com uma cosmovisão, como esta que herdamos, onde se concebe uma realidade bipartida em secular e sagrada, mundano e sacro, torna-se difícil à prática e o desenvolvimento de uma espiritualidade holística, integral e completa. O que há na verdade hoje é uma sutil ressurreição do gnosticismo, onde um mundo espiritual não é relaciona com o material. Graves distorções estão acontecendo em função desta metafísica maniqueísta. Tornando a igreja e, consequentemente, a espiritualidade arcaica, monástica e sem penetração. O resgate do Mandato Cultural é premente nestes dias polarizados. Ainda é tempo. O evangelicalismo brasileiro ainda é jovem e pode aprender. A espiritualidade bíblica, saudável, pertinente, poderosa, impactante e transformadora de consciências, vidas e mundos ainda pode ser salva. Para isto é necessário, à semelhança de Lutero, voltar às bases, voltar às Escrituras Sagradas, para que elas norteiem e ensinem esta geração. As sementes de uma verdadeira espiritualidade ainda podem ser lançadas.
Finalmente, não podemos apenas nos preocupar com uma proposição intelectual, como apresentada acima. Os fundamentos são importantes. Entretanto, há outra dimensão que precisa ser cuidada. A erudição precisa ser acompanhada de uma poderosa piedade! Caso contrário, resgataremos apenas uma forma contemporânea de escolasticismo protestante. O escolasticismo (protestante) dos séculos XVII e XVIII, também conhecido com Ortodoxia, foi responsável por um importante legado teológico, onde os grandes tomos de teologia foram escritos e todo um pensar teológico protestante progrediu. Porém, seus erros e exageros foram substanciais, pois ao se preocupar apenas com as formulações lógicas da fé cristã, os teólogos distanciaram esta da experiência íntima que todo indivíduo deve passar. Grupos racionalistas surgiram deste ambiente de reflexão sem paixão, contribuindo para esfriar o compromisso do testemunho cristão das gerações posteriores aos reformadores. Erudição sim, mas piedade também! Reforma sim, mas avivamento também! Conhecimento das Verdades sim, mas conhecimento do poder também! Foi isso que homens, como Jonathan Edwards, por exemplo, fizeram. Não foi por menos que ficou conhecido como “Teólogo do Avivamento” por ocasião de suas reflexões e análises no “Grande Despertamento” das colônias americanas, no século XVIII. Reflexão e transformação pelo evangelho! Mente e coração! Razão e paixão! Escritura e Oração! Teologia e alegria! Proposição e canto! Nada pode ser mais bíblico, mais saudável e tão necessário à pratica de uma espiritualidade autêntica, enraizada na Palavra e no testemunho da História da Igreja.
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