Palavra do leitor
- 30 de agosto de 2021
- Visualizações: 3879
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
A escatologia da bendita esperança não cruza os braços
Não é preciso ser um alarmista ou sensacionalista apocalíptico para ser diligente observador dos acontecimentos mundiais e os inúmeros problemas que assolam a humanidade.
Basta uma leitura honesta dos fatos para perceber que o futuro do nosso Planeta encontra-se seriamente ameaçado. Catástrofes naturais, crises econômicas, impactos ambientais, aumento da violência, crescimento de grupos terroristas, proliferação de drogas, epidemias, conflitos armados e fomes são apenas alguns dos principais "fantasmas" que assombram a "família humana" sinalizando temores e incertezas do amanhã.
Para muitos acastelados e anestesiados na própria "zona de conforto" ou não (econômica ou mental), o mundo está apenas se reciclando ou dando uma trégua necessária. No máximo doente, mas prestes a receber alta médica e "retornar com todo gás" para implantação de um "admirável mundo novo".
Desde a chamada Idade Moderna e Contemporânea correntes filosóficas como Racionalismo, Iluminismo, Positivismo, Cientificismo, Marxismo etc., trouxeram expectativas transformadoras para a humanidade.
No século 19, o mundo vivia um otimismo sem precedentes. Avanços na ciência e revoluções tecnológicas prenunciavam a chegada de um mundo tão sonhado. Exemplo desse entusiasmo na segunda metade desse século se comprovou em países europeus como França, onde o termo "Bele Epoque" ( bela época) traduzia um momento eufórico e auspicioso.
No entanto, toda essa expectativa de futuro glorioso e harmônico foi desapontado ao estourar a Primeira Guerra mundial (1914-1917), seguido da Crise de 1929, regimes totalitários, Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Guerra Fria (1947-1991) e outros graves problemas geopolíticos.
Se no século 19 grande era a expectativa de um futuro próspero e harmonioso, o século 20 se revelou como o mais sangrento de todos os tempos. Nenhum século na história teve tantas guerras ou matou mais pessoas do que o século 20. O próprio avanço científico do século anterior potencializou também o exercício da maldade e destruição.
Apesar dessas lamentáveis experiências da História, persiste por diversos meios a incansável ênfase na confiança do potencial humano, sua força de vontade e conclamação de todos pela união em benefício da fraternidade humana e felicidade universal.
Um entendimento não superficial das palavras de Cristo Jesus mostra que a verdadeira esperança no Seu retorno não prescinde de um engajamento em benefício dos menos favorecidos. Muito menos estimula uma postura de descaso, egoísmo, conformismo ou indiferença ante o sofrimento alheio ao cruzar os braços em nome da crença numa Justiça porvir.
Pelo contrário, a esperança cristã dispensa e ultrapassa esforços ideológicos, sendo agente motivador em toda causa do bem, cujas obras são motivadas por princípios elevados e métodos estabelecidos na Palavra de Deus.
Contudo, a Bíblia não ensina que a humanidade salvará a si mesma. Conforme escreveu o apóstolo Paulo inspirado por Deus a Timóteo: "[...] nos últimos dias haveria tempos difíceis" (1Tm 3:1). O próprio Cristo previu que a iniquidade aumentaria (MT 24:13); e o apóstolo João, por sua vez, declarou que ‘o mundo jaz no poder do maligno’ (1 Jo 5:19).
Segundo as Escrituras Sagradas, todas as mazelas deste Planeta derivam da entrada do pecado (Gen 3), e, portanto, somente Deus é capaz de eliminar todo o mal pela raiz e seu autor (Satanás), a fim de fazer nova todas as coisas que um dia saíra perfeita de suas divinas mãos. Enquanto esse Dia não chega, resta-nos cultivar a fé e perseverar nas divinas promessas infalíveis a nós reveladas.
Em face da transitoriedade da vida e a limitação dos mortais, apesar de laboriosos intentos e alto nível de determinação por um mundo melhor, ainda que prosperem em alguns momentos ou aspectos, com o tempo percebem que "andou em círculos". Dessa forma, ao estribar-se no "Humanismo" terá desapontamentos quem fizer da "crença no homem" um altar - ou desconsiderar que os maiores problemas do mundo não são ambientais, econômicos, sociais, políticos etc., mas sim de ordem espiritual - que se reflete na moral.
Mas assim como uma teologia pode errar na interpretação da soteriologia se ignorar a hamartiologia, a rejeição do conceito bíblico de pecado ridicularizada nesta sociedade pós-moderna, relativista e secularizada pode impedir que enxerguem tanto sua própria condição como a real solução - Jesus Cristo.
Não obstante, ainda que não se alcance um mundo melhor, pode-se torná-lo menos ruim. Em razão das desgraças do mundo, nada justificaria um cristão render-se a máxima: "cada um por si, Deus por todos e o diabo que leve o último".
Se não podemos curar o mundo, tampouco ignorar seu real estado. Embora do alto venha a solução plena, definitiva e satisfatória, nosso mundo começa em nossa esfera de influência e convívio. Pela oração, ação, serviço e testemunho aos da família, vizinhos, parentes, colegas, conhecidos e desconhecidos, deles poderemos ser guardiões.
Deus nos capacite.
Basta uma leitura honesta dos fatos para perceber que o futuro do nosso Planeta encontra-se seriamente ameaçado. Catástrofes naturais, crises econômicas, impactos ambientais, aumento da violência, crescimento de grupos terroristas, proliferação de drogas, epidemias, conflitos armados e fomes são apenas alguns dos principais "fantasmas" que assombram a "família humana" sinalizando temores e incertezas do amanhã.
Para muitos acastelados e anestesiados na própria "zona de conforto" ou não (econômica ou mental), o mundo está apenas se reciclando ou dando uma trégua necessária. No máximo doente, mas prestes a receber alta médica e "retornar com todo gás" para implantação de um "admirável mundo novo".
Desde a chamada Idade Moderna e Contemporânea correntes filosóficas como Racionalismo, Iluminismo, Positivismo, Cientificismo, Marxismo etc., trouxeram expectativas transformadoras para a humanidade.
No século 19, o mundo vivia um otimismo sem precedentes. Avanços na ciência e revoluções tecnológicas prenunciavam a chegada de um mundo tão sonhado. Exemplo desse entusiasmo na segunda metade desse século se comprovou em países europeus como França, onde o termo "Bele Epoque" ( bela época) traduzia um momento eufórico e auspicioso.
No entanto, toda essa expectativa de futuro glorioso e harmônico foi desapontado ao estourar a Primeira Guerra mundial (1914-1917), seguido da Crise de 1929, regimes totalitários, Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Guerra Fria (1947-1991) e outros graves problemas geopolíticos.
Se no século 19 grande era a expectativa de um futuro próspero e harmonioso, o século 20 se revelou como o mais sangrento de todos os tempos. Nenhum século na história teve tantas guerras ou matou mais pessoas do que o século 20. O próprio avanço científico do século anterior potencializou também o exercício da maldade e destruição.
Apesar dessas lamentáveis experiências da História, persiste por diversos meios a incansável ênfase na confiança do potencial humano, sua força de vontade e conclamação de todos pela união em benefício da fraternidade humana e felicidade universal.
Um entendimento não superficial das palavras de Cristo Jesus mostra que a verdadeira esperança no Seu retorno não prescinde de um engajamento em benefício dos menos favorecidos. Muito menos estimula uma postura de descaso, egoísmo, conformismo ou indiferença ante o sofrimento alheio ao cruzar os braços em nome da crença numa Justiça porvir.
Pelo contrário, a esperança cristã dispensa e ultrapassa esforços ideológicos, sendo agente motivador em toda causa do bem, cujas obras são motivadas por princípios elevados e métodos estabelecidos na Palavra de Deus.
Contudo, a Bíblia não ensina que a humanidade salvará a si mesma. Conforme escreveu o apóstolo Paulo inspirado por Deus a Timóteo: "[...] nos últimos dias haveria tempos difíceis" (1Tm 3:1). O próprio Cristo previu que a iniquidade aumentaria (MT 24:13); e o apóstolo João, por sua vez, declarou que ‘o mundo jaz no poder do maligno’ (1 Jo 5:19).
Segundo as Escrituras Sagradas, todas as mazelas deste Planeta derivam da entrada do pecado (Gen 3), e, portanto, somente Deus é capaz de eliminar todo o mal pela raiz e seu autor (Satanás), a fim de fazer nova todas as coisas que um dia saíra perfeita de suas divinas mãos. Enquanto esse Dia não chega, resta-nos cultivar a fé e perseverar nas divinas promessas infalíveis a nós reveladas.
Em face da transitoriedade da vida e a limitação dos mortais, apesar de laboriosos intentos e alto nível de determinação por um mundo melhor, ainda que prosperem em alguns momentos ou aspectos, com o tempo percebem que "andou em círculos". Dessa forma, ao estribar-se no "Humanismo" terá desapontamentos quem fizer da "crença no homem" um altar - ou desconsiderar que os maiores problemas do mundo não são ambientais, econômicos, sociais, políticos etc., mas sim de ordem espiritual - que se reflete na moral.
Mas assim como uma teologia pode errar na interpretação da soteriologia se ignorar a hamartiologia, a rejeição do conceito bíblico de pecado ridicularizada nesta sociedade pós-moderna, relativista e secularizada pode impedir que enxerguem tanto sua própria condição como a real solução - Jesus Cristo.
Não obstante, ainda que não se alcance um mundo melhor, pode-se torná-lo menos ruim. Em razão das desgraças do mundo, nada justificaria um cristão render-se a máxima: "cada um por si, Deus por todos e o diabo que leve o último".
Se não podemos curar o mundo, tampouco ignorar seu real estado. Embora do alto venha a solução plena, definitiva e satisfatória, nosso mundo começa em nossa esfera de influência e convívio. Pela oração, ação, serviço e testemunho aos da família, vizinhos, parentes, colegas, conhecidos e desconhecidos, deles poderemos ser guardiões.
Deus nos capacite.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 30 de agosto de 2021
- Visualizações: 3879
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- Por quê?
- A democracia [geográfica] da dor!
- Não andeis na roda dos escarnecedores: quais escarnecedores?
- O cristão morre?
- A religião verdadeira é única, e se tornou uma pessoa a ser seguida
- Só a Fé, sim (só a Escolha, não)
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- Não nos iludamos, animal é animal!
- Até aqui ele não me deixou
- Amor, compaixão, perdas, respeito!