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Palavra do leitor

A dupla cidadania do cristão

Jesus afirma em João 17:16 que seus discípulos não são deste mundo assim como Ele próprio não era. Todavia, afirma também que enviou seus discípulos ao mundo como Ele próprio fora enviado (João 17:18). Percebe-se então que os discípulos de Cristo – e isso inclui nós (João 17:20) – precisam lidar com uma tensão: Como estar no mundo e, mais do que isso, ser enviado ao mundo sem ser do mundo?

Não somos deste mundo visto que fomos reconciliados com Deus por meio de Jesus Cristo e feitos cidadãos dos céus. Ao mesmo tempo, ainda temos uma cidadania terrena, uma nacionalidade, pagamos impostos, escolhemos os nossos governantes e tudo mais. Como encontrar equilíbrio e viver de maneira coerente nesses dois mundos? Como lidar com essa ambivalência?

O próprio Jesus nos disse que não podemos servir a dois senhores (Mateus 6:24) e, por isso, entendemos que nossa cidadania terrena deve estar submetida à cidadania celestial. Mas a verdade é que, por não saber lidar bem com essas duas realidades, acabamos por separá-las e até considerá-las mutuamente excludentes e, fazendo assim, optamos conscientes ou inconscientemente, por uma cidadania em detrimento da outra. Ou nos afastamos demais do mundo ou nos inserimos demais nele. A nossa tendência é sempre cair em um dos extremos – o que é sempre prejudicial.

Sabemos que, em Cristo, temos uma nova identidade (cidadania celestial) e que essa identidade deve interferir na forma de vida que levamos aqui neste mundo (cidadania terrena). Pedro resume bem o propósito dessa dupla cidadania: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (I Pedro 2:9).

Em primeiro lugar precisamos nos conscientizar do que somos: “... geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus...”. Qual é o profundo significado dessas afirmações? Elas definem nossa identidade. É necessário saber também que somos tudo isso pela graça de Deus e não porque escolhemos ser ou porque merecíamos ser. De alguma forma, que ninguém conseguiu explicar de maneira satisfatória até hoje, Deus nos amou e nos elegeu (geração eleita) para sermos um povo separado (nação santa, povo exclusivo...) dEle.

Em segundo lugar precisamos entender o para que fomos chamados: “... para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz”. Deus nos chamou para o ofício de sacerdotes do Rei (sacerdócio real). Temos a responsabilidade de anunciar as grandezas desse Rei que nos trouxe para Sua luz. Em outras palavras, a nossa nova identidade nos dá uma nova função.

Ao nos afastar demasiadamente para vivermos a santidade para a qual fomos chamados estamos correndo o risco de nos tornar indiferentes para com este mundo. Se evitamos tanto o mundo com o intuito de não nos contaminar (I Coríntios 5:9) é possível que estejamos construindo para nós uma versão contemporânea dos mosteiros medievais. Por outro lado, se nos inserirmos demasiadamente em nossa sociedade a ponto de assimilar idéias e valores não-cristãos não estaremos cumprindo nossa tarefa de transformar e sim, estaremos nos conformando com o mundo (Romanos 12:1-2).

Somos chamados a viver um cristianismo sem dicotomia. Já somos cidadãos dos céus mas ainda não deixamos de ser cidadãos terrenos e, enquanto isso, não podemos separar vida espiritual e vida secular. Precisamos orar como Jesus orou a nosso favor: “Não rogo que os tires do mundo, mas que os proteja do Maligno” (João 17:15). Que Deus nos perdoe por nossa negligência e comodismo e nos constranja a viver de maneira contagiante neste mundo sem negar os valores do seu Reino!
Goiânia - GO
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