Palavra do leitor
- 28 de maio de 2023
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A doutrina da revelação de Deus
Sem sombra de dúvida vivemos em um tempo de desapreço por valores absolutos. A verdade, ética, amor e o ser divino foram banalizados, diminuídos por um conjunto de fatores. Mídias, professores universitários, influences digitais, artistas e outros trabalham para tornar valores absolutos falhos ou desnecessários. Na verdade esse grande esforço para dissipar o absoluto é uma tentativa de desacreditar em Deus. Junto a isto, a mente do homem moderno, analítica e crítica, procuram a lógica em todas as coisas, produzindo uma geração distante da verdadeira religião, onde a fé não ocupa a primazia. O que pensar de tudo isto? Ainda há espaço na mente e no coração do homem contemporâneo para crer em Deus?
A crença nunca se separa do coração humano. Deus colocou no coração humano um vazio, que Salomão chamou de eternidade (Ec 3.11), provocando a busca pelo transcendente e uma atração pela esperança. É uma impressão em nossa alma, uma herança de nossos primeiros pais, Adão e Eva, de que o mundo amaldiçoado pelo pecado seria restaurado, isto impulsiona o coração humano a crença, contudo, este impulso, quando desprovido da ação direcional do Espírito Santo e da revelação especial de Deus, levará o homem a crer numa filosofia, ideologia ou sistema meramente humano pela promessa da esperança apresentada.
Além dessa impressão natural que existe no coração humano, há também, duas outras formas de perceber a existência de Deus.
Primeiro. Existe a revelação natural de Deus, uma assinatura deixada por Deus na criação. Um princípio lógico, e, por analogia, nos permite entender o que é esta revelação natural: tudo que existe tem uma causa inicial, essa causa é o ser de Deus. O apóstolo Paulo fala disto na sua epístola aos romanos: Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido visto claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis, Romanos 1:20. Paulo afirma que, em algum sentido, cada elemento da criação evidencia o caráter de Deus.
A revelação natural demonstra a existência de um ser poderoso, sábio, eterno, onipresente e provido de graça para com todos os serem humanos, e, ainda, acrescenta o senso da justiça revelando que todos são pecadores. Portanto, necessitados do perdão divino. Mesmo tão abrangente a revelação natural é incompleta, digo, ela não comunica a existência de Deus como um ser pessoal, amoroso, perdoador, como também limita o conhecimento sobre o juízo e a ira de Deus contra o pecado, de certo modo aponta a necessidade de uma revelação especial ou particular de Deus, que é a escritura.
Segundo. A revelação de Deus pela escritura demonstra outros aspectos divinos essenciais, como por exemplo: que só há um Deus, e que este Deus é triúno. Revela como este Deus é empático ao sofrimento humano, sendo ele participante; bem como, se permite morrer em favor do pecador. Dietrich Bonhoeffer apresenta o seguinte insight: "Deus permite que ele mesmo seja posto para fora do mundo em uma cruz. Ele é fraco e impotente no mundo, e essa é precisamente a maneira, a única maneira, pela qual ele está conosco e nos ajuda... A Bíblia nos direciona para a impotência e para o sofrimento de Deus; apenas o Deus que sofre pode nos ajudar".
Percebemos a importância da revelação especial quando analisamos os resultados de sua ausência. O ser humano sedento por esperança, aliado ao senso de Deus impresso na criação, rapidamente se voltará a um ídolo, seja ele uma falsa religião, e, ou, uma filosofia ou ideologia. Por conseguinte haverá uma frustração em seu coração que o levará a três possibilidades: A de se deixar escravizar por este ídolo. A de trocar de ídolo conforme a demanda e o momento. A de abandonar todos os ídolos com uma descrença total pesa neste sentido, o fato do coração humano ser plenamente rebelde contra Deus. Apenas a revelação especial, juntamente com a ação do Espírito, permitirá o perfeito alinhamento dos anseios humanos à divindade. A sede pela esperança da restauração é saciada em Jesus Cristo, as balizas para a vida que permitirão o desenvolvimento mental e espiritual serão encontradas na Bíblia.
Contudo, é especial frisar que o ser de Deus não pode ser totalmente compreendido. Porque Deus é infinito e nós somos finitos e limitados. Nesse sentido, é dito que Deus é incompreensível, ou seja, somos incapazes de compreendê-lo por completo. E, mesmo assim, isso não é razão para não perscrutá-lo. Faz parte da beleza da adoração diária a busca incessante de desvendar os mistérios de Deus. Como afirmou o teólogo Timothy Keller "um Deus cujos caminhos pudéssemos discernir em sua totalidade seria um "Deus" bastante limitado". E acrescento, não compreender a Deus totalmente não é razão para não louva-lo.
A crença nunca se separa do coração humano. Deus colocou no coração humano um vazio, que Salomão chamou de eternidade (Ec 3.11), provocando a busca pelo transcendente e uma atração pela esperança. É uma impressão em nossa alma, uma herança de nossos primeiros pais, Adão e Eva, de que o mundo amaldiçoado pelo pecado seria restaurado, isto impulsiona o coração humano a crença, contudo, este impulso, quando desprovido da ação direcional do Espírito Santo e da revelação especial de Deus, levará o homem a crer numa filosofia, ideologia ou sistema meramente humano pela promessa da esperança apresentada.
Além dessa impressão natural que existe no coração humano, há também, duas outras formas de perceber a existência de Deus.
Primeiro. Existe a revelação natural de Deus, uma assinatura deixada por Deus na criação. Um princípio lógico, e, por analogia, nos permite entender o que é esta revelação natural: tudo que existe tem uma causa inicial, essa causa é o ser de Deus. O apóstolo Paulo fala disto na sua epístola aos romanos: Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido visto claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis, Romanos 1:20. Paulo afirma que, em algum sentido, cada elemento da criação evidencia o caráter de Deus.
A revelação natural demonstra a existência de um ser poderoso, sábio, eterno, onipresente e provido de graça para com todos os serem humanos, e, ainda, acrescenta o senso da justiça revelando que todos são pecadores. Portanto, necessitados do perdão divino. Mesmo tão abrangente a revelação natural é incompleta, digo, ela não comunica a existência de Deus como um ser pessoal, amoroso, perdoador, como também limita o conhecimento sobre o juízo e a ira de Deus contra o pecado, de certo modo aponta a necessidade de uma revelação especial ou particular de Deus, que é a escritura.
Segundo. A revelação de Deus pela escritura demonstra outros aspectos divinos essenciais, como por exemplo: que só há um Deus, e que este Deus é triúno. Revela como este Deus é empático ao sofrimento humano, sendo ele participante; bem como, se permite morrer em favor do pecador. Dietrich Bonhoeffer apresenta o seguinte insight: "Deus permite que ele mesmo seja posto para fora do mundo em uma cruz. Ele é fraco e impotente no mundo, e essa é precisamente a maneira, a única maneira, pela qual ele está conosco e nos ajuda... A Bíblia nos direciona para a impotência e para o sofrimento de Deus; apenas o Deus que sofre pode nos ajudar".
Percebemos a importância da revelação especial quando analisamos os resultados de sua ausência. O ser humano sedento por esperança, aliado ao senso de Deus impresso na criação, rapidamente se voltará a um ídolo, seja ele uma falsa religião, e, ou, uma filosofia ou ideologia. Por conseguinte haverá uma frustração em seu coração que o levará a três possibilidades: A de se deixar escravizar por este ídolo. A de trocar de ídolo conforme a demanda e o momento. A de abandonar todos os ídolos com uma descrença total pesa neste sentido, o fato do coração humano ser plenamente rebelde contra Deus. Apenas a revelação especial, juntamente com a ação do Espírito, permitirá o perfeito alinhamento dos anseios humanos à divindade. A sede pela esperança da restauração é saciada em Jesus Cristo, as balizas para a vida que permitirão o desenvolvimento mental e espiritual serão encontradas na Bíblia.
Contudo, é especial frisar que o ser de Deus não pode ser totalmente compreendido. Porque Deus é infinito e nós somos finitos e limitados. Nesse sentido, é dito que Deus é incompreensível, ou seja, somos incapazes de compreendê-lo por completo. E, mesmo assim, isso não é razão para não perscrutá-lo. Faz parte da beleza da adoração diária a busca incessante de desvendar os mistérios de Deus. Como afirmou o teólogo Timothy Keller "um Deus cujos caminhos pudéssemos discernir em sua totalidade seria um "Deus" bastante limitado". E acrescento, não compreender a Deus totalmente não é razão para não louva-lo.
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