Palavra do leitor
- 02 de junho de 2019
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A Dor de Ver
"Porque na muita sabedoria há muito enfado; o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor." Ecl 1;18
Não pretende com isso, o sábio, que conhecimento seja mau; apenas adverte dos efeitos colaterais da sua aquisição; dor. Aliás, as coisas de valor costumam também ter custo.
Alguém manifestou de modo sarcástico sua decepção com os humanos: "Quanto mais conheço aos seres humanos, mais gosto do meu cachorro." Os motivos parecem óbvios.
As pessoas conhecidas tendem as nos decepcionar, muito mais que surpreender. Digo, na imensa maioria dos casos são piores do que pensamos não, melhores. Por esse caminho, ao aprimorar do conhecimento, invés de um "pote de ouro no fim do arco-íris" achamos essa sisuda senhora, a dor.
Quantas pessoas que admiramos, idolatramos até; jornalistas, escritores, pregadores, atores, etc. e, indo além do embuste da arte que era a fumaça que nos cegava e chegando ao cofre dos valores, que é o que conta, deveras, essas que se nos pareciam admiráveis de repente se tornaram desprezíveis? Experiência brindando ao conhecimento tilintando taças amargas de dores.
Mesmo pessoas de nosso convívio com as quais nos alegramos, comemos e brincamos juntos, e os caminhos da vida, depois de alguns passos mais, mostraram que a gente não era aves do mesmo bando... Dissemos e pensamos coisas a respeito delas, em nossos dias de "patinhos feios" que hoje, vendo melhor não repetiríamos de modo nenhum. Uma vez mais, o conhecimento ensejando decepção; por que não, dor?
Não só aos cães, mas a todos os bichos o hipócrita e o mercenário interesseiro ficam em desvantagem. Os bichos não têm "talento" para essas coisas.
Todavia, dor não é algo do qual devamos fugir. Tristeza e decepções costumam pagar os estragos que nos causam com douradas moedas de experiência, sabedoria.
Não sem razão, pois, o mesmo sábio aconselhava, antes, os ambientes fúnebres que os festivos. "Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria." Ecl 7;2 a 4
Muitos "festivos" sem motivo fogem das dores necessárias, e vão ao encontro de outras muito maiores e desnecessárias. Refugiam-se em vícios, promiscuidades a pretexto de "curtir a vida" quando, não passam de fugitivos das responsabilidades que lhes batem à porta.
Rotulam-nos, os cristãos, de covardes porque preferimos enfrentar nossas dores a fugir delas.
Sua noção de "coragem" é a esbórnia; dar asas a toda sorte de vícios e convívios malsãos. Aí, quando uma coisa mais séria ocorre, coisa de adultos espirituais, tipo uma possessão, uma morte, uma enfermidade incurável, lembram enfim, dos "covardes" e pedem sua ajuda. Se aprendessem algo em momentos assim...
Até no aspecto social, quanto mais corrupto for o governante, menos se preocupará com a qualidade da educação; quanto mais ignorante o povo for, melhor para seus anseios de poder. Veta seu gado amestrado das dores de ver, porque se ele visse, as dores seriam suas.
Deus é leniente com nossa ignorância; perdoa coisas erradas que fizemos sem saber. Mas, chama-nos à Luz e arrependimento, uma vez iluminados. "Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos." Atos 17;30 e 31
Se, muitas dores derivam de vermos melhor às maldades que se camuflavam sob aparências inocentes, como não sofrerá com isso o "Homem de Dores", Jesus Cristo, pela Sua Onisciência? Quantas vezes disse: "Por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?"
O Senhor queixou-se contra Israel, que invés do culto de adoração desejado deu trabalho ao Santo por suas iniquidades. "Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me deste trabalho com teus pecados, e me cansaste com tuas iniquidades." Is 43:24
Afinal, "Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar." Heb 4:13
O arrependimento vem da dor de conhecermos melhor a nós mesmos. Assim como deixamos relações com pessoas más, reconhecer que, perante Deus somos maus e carecemos negar a nós mesmos, para refazer a amizade com Ele.
Pois, quanto mais reconheço a mim mesmo, mais aprecio ao Amor Dele que consegue perdoar a alguém tão ruim.
Não pretende com isso, o sábio, que conhecimento seja mau; apenas adverte dos efeitos colaterais da sua aquisição; dor. Aliás, as coisas de valor costumam também ter custo.
Alguém manifestou de modo sarcástico sua decepção com os humanos: "Quanto mais conheço aos seres humanos, mais gosto do meu cachorro." Os motivos parecem óbvios.
As pessoas conhecidas tendem as nos decepcionar, muito mais que surpreender. Digo, na imensa maioria dos casos são piores do que pensamos não, melhores. Por esse caminho, ao aprimorar do conhecimento, invés de um "pote de ouro no fim do arco-íris" achamos essa sisuda senhora, a dor.
Quantas pessoas que admiramos, idolatramos até; jornalistas, escritores, pregadores, atores, etc. e, indo além do embuste da arte que era a fumaça que nos cegava e chegando ao cofre dos valores, que é o que conta, deveras, essas que se nos pareciam admiráveis de repente se tornaram desprezíveis? Experiência brindando ao conhecimento tilintando taças amargas de dores.
Mesmo pessoas de nosso convívio com as quais nos alegramos, comemos e brincamos juntos, e os caminhos da vida, depois de alguns passos mais, mostraram que a gente não era aves do mesmo bando... Dissemos e pensamos coisas a respeito delas, em nossos dias de "patinhos feios" que hoje, vendo melhor não repetiríamos de modo nenhum. Uma vez mais, o conhecimento ensejando decepção; por que não, dor?
Não só aos cães, mas a todos os bichos o hipócrita e o mercenário interesseiro ficam em desvantagem. Os bichos não têm "talento" para essas coisas.
Todavia, dor não é algo do qual devamos fugir. Tristeza e decepções costumam pagar os estragos que nos causam com douradas moedas de experiência, sabedoria.
Não sem razão, pois, o mesmo sábio aconselhava, antes, os ambientes fúnebres que os festivos. "Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria." Ecl 7;2 a 4
Muitos "festivos" sem motivo fogem das dores necessárias, e vão ao encontro de outras muito maiores e desnecessárias. Refugiam-se em vícios, promiscuidades a pretexto de "curtir a vida" quando, não passam de fugitivos das responsabilidades que lhes batem à porta.
Rotulam-nos, os cristãos, de covardes porque preferimos enfrentar nossas dores a fugir delas.
Sua noção de "coragem" é a esbórnia; dar asas a toda sorte de vícios e convívios malsãos. Aí, quando uma coisa mais séria ocorre, coisa de adultos espirituais, tipo uma possessão, uma morte, uma enfermidade incurável, lembram enfim, dos "covardes" e pedem sua ajuda. Se aprendessem algo em momentos assim...
Até no aspecto social, quanto mais corrupto for o governante, menos se preocupará com a qualidade da educação; quanto mais ignorante o povo for, melhor para seus anseios de poder. Veta seu gado amestrado das dores de ver, porque se ele visse, as dores seriam suas.
Deus é leniente com nossa ignorância; perdoa coisas erradas que fizemos sem saber. Mas, chama-nos à Luz e arrependimento, uma vez iluminados. "Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos." Atos 17;30 e 31
Se, muitas dores derivam de vermos melhor às maldades que se camuflavam sob aparências inocentes, como não sofrerá com isso o "Homem de Dores", Jesus Cristo, pela Sua Onisciência? Quantas vezes disse: "Por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?"
O Senhor queixou-se contra Israel, que invés do culto de adoração desejado deu trabalho ao Santo por suas iniquidades. "Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me deste trabalho com teus pecados, e me cansaste com tuas iniquidades." Is 43:24
Afinal, "Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar." Heb 4:13
O arrependimento vem da dor de conhecermos melhor a nós mesmos. Assim como deixamos relações com pessoas más, reconhecer que, perante Deus somos maus e carecemos negar a nós mesmos, para refazer a amizade com Ele.
Pois, quanto mais reconheço a mim mesmo, mais aprecio ao Amor Dele que consegue perdoar a alguém tão ruim.
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