Palavra do leitor
- 16 de março de 2019
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A "Distância" de Deus
"Por que estás ao longe, Senhor? Por que te escondes nos tempos de angústia?" Sal 10;1
As coisas vistas da perspectiva humana devem ser analisadas como tais; isto é: Como o homem as percebe, mesmo que, não seja necessariamente assim.
Na percepção do salmista O Senhor estava longe quando ele escrevia. O contexto imediato mostra que o "distanciamento" do Santo se notava pela permissão da prosperidade e arrogância dos ímpios, pois, perseguiam aos pobres e ficavam impunes.
Mesmo inquirindo o porquê, dessa "omissão" Divina, não deixou de encerrar seu escrito com esperança no "Juiz de toda a Terra"; "Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás seus corações; teus ouvidos estarão abertos para eles; Para fazer justiça ao órfão, ao oprimido, a fim de que o homem da terra não prossiga mais em usar da violência." Vs 17 e 18
A violência dos maus era a característica mais visível do "estar longe" de Deus. Quantas vezes, após uma catástrofe qualquer as pessoas perguntam por Deus, como se, fosse Ele o responsável?
A rigor, sendo Onipresente é impossível O Eterno estar distante de qualquer paragem; entretanto, como nos fez arbitrários no direito, e consequentes no dever, permite nossos voos na direção que nos aprouver, mesmo que esses sejam para pousarmos sobre os ramos da injustiça.
Se, a retribuição fosse imediata não haveria tempo para arrependimento, tampouco, perdão; duas coisas Suas, que O Altíssimo deseja vislumbrar em nós. "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos céus." Mat 5;48
Essa dádiva que permite uma reflexão posterior aos feitos, ou, o vislumbre das consequências, que deveria nos ensinar a ver melhor, tem sido usada pela maioria como permissão, incentivo até, para pecar ainda mais; como se, o "afastamento" eventual do Santo equivalesse à inexistência; quiçá, conivência com os atos maus. "Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal." Ecl 8;11
Porém, Salomão não via essa permissão longânime como patrocinadora da maldade humana, antes, tinha certeza que haveria a devida recompensa; "Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, os dias se lhe prolonguem, contudo, eu sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante Dele." V 12
Quando uma injustiça qualquer está acontecendo, concomitantemente ocorrem duas coisas; seu agente "entesoura" juízo contra si; "Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;" Rom 2;5 e seu paciente, que, eventualmente padece "sede de justiça" deposita "créditos" para o porvir, onde, enfim, será saciado. "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;" Mat 5;6
As tribulações que sofremos não são inteiramente mal. Isto é: Aquele que faz com que "todas as coisas contribuam juntamente para o bem dos que amam a Deus" converte dores em frutos; "... tribulação produz paciência, a paciência, experiência e a experiência a esperança. A esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Rom 5;4 e 5
Notemos que, o contraponto às injustiças que nos atribulam não é a justiça imediata, o que poderia requerer nossa "lógica"; antes, o Amor de Deus em nós.
Pois, assim como esse mesmo Amor tolerou por muito tempo nossas falhas a espera que nos arrependêssemos, agora, atuando em nós deve sofrer as falhas dos semelhantes pelo mesmo motivo. Eis a causa altruísta necessária da nossa sede de justiça, eventual!
Todavia, é comum vislumbrarmos o desejo de vingança em frases "filosóficas" tipo: "Que Deus te dê em dobro tudo o que me desejares". Ora, um verdadeiro servo de Deus deve aprender a perdoar assim como foi perdoado. Se, seus desejos contra desafetos forem de vingança, o perdão de Deus ainda não foi recebido em seu doentio e ímpio coração.
Além disso, independente do arrependimento dos que nos prejudicam, ou, não, inserimos que estamos num mundo dual, de luz e trevas, verdade e mentira, saúde e doença, vida e morte, etc. conhecer os dois lados da moeda é necessário para que tenhamos têmpera para o triunfo no "bom combate" como disse Paulo. "No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque Deus fez este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele." Ecl 7;14
Quando Deus parece distante é porque focamos com a lupa natural; quem tem olhos espirituais vê o livramento onde parece existir apenas desgraça. "... Senhor; peço-te que lhe abras os olhos, para que veja..." II Rs 6;7
As coisas vistas da perspectiva humana devem ser analisadas como tais; isto é: Como o homem as percebe, mesmo que, não seja necessariamente assim.
Na percepção do salmista O Senhor estava longe quando ele escrevia. O contexto imediato mostra que o "distanciamento" do Santo se notava pela permissão da prosperidade e arrogância dos ímpios, pois, perseguiam aos pobres e ficavam impunes.
Mesmo inquirindo o porquê, dessa "omissão" Divina, não deixou de encerrar seu escrito com esperança no "Juiz de toda a Terra"; "Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás seus corações; teus ouvidos estarão abertos para eles; Para fazer justiça ao órfão, ao oprimido, a fim de que o homem da terra não prossiga mais em usar da violência." Vs 17 e 18
A violência dos maus era a característica mais visível do "estar longe" de Deus. Quantas vezes, após uma catástrofe qualquer as pessoas perguntam por Deus, como se, fosse Ele o responsável?
A rigor, sendo Onipresente é impossível O Eterno estar distante de qualquer paragem; entretanto, como nos fez arbitrários no direito, e consequentes no dever, permite nossos voos na direção que nos aprouver, mesmo que esses sejam para pousarmos sobre os ramos da injustiça.
Se, a retribuição fosse imediata não haveria tempo para arrependimento, tampouco, perdão; duas coisas Suas, que O Altíssimo deseja vislumbrar em nós. "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos céus." Mat 5;48
Essa dádiva que permite uma reflexão posterior aos feitos, ou, o vislumbre das consequências, que deveria nos ensinar a ver melhor, tem sido usada pela maioria como permissão, incentivo até, para pecar ainda mais; como se, o "afastamento" eventual do Santo equivalesse à inexistência; quiçá, conivência com os atos maus. "Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal." Ecl 8;11
Porém, Salomão não via essa permissão longânime como patrocinadora da maldade humana, antes, tinha certeza que haveria a devida recompensa; "Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, os dias se lhe prolonguem, contudo, eu sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante Dele." V 12
Quando uma injustiça qualquer está acontecendo, concomitantemente ocorrem duas coisas; seu agente "entesoura" juízo contra si; "Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;" Rom 2;5 e seu paciente, que, eventualmente padece "sede de justiça" deposita "créditos" para o porvir, onde, enfim, será saciado. "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;" Mat 5;6
As tribulações que sofremos não são inteiramente mal. Isto é: Aquele que faz com que "todas as coisas contribuam juntamente para o bem dos que amam a Deus" converte dores em frutos; "... tribulação produz paciência, a paciência, experiência e a experiência a esperança. A esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Rom 5;4 e 5
Notemos que, o contraponto às injustiças que nos atribulam não é a justiça imediata, o que poderia requerer nossa "lógica"; antes, o Amor de Deus em nós.
Pois, assim como esse mesmo Amor tolerou por muito tempo nossas falhas a espera que nos arrependêssemos, agora, atuando em nós deve sofrer as falhas dos semelhantes pelo mesmo motivo. Eis a causa altruísta necessária da nossa sede de justiça, eventual!
Todavia, é comum vislumbrarmos o desejo de vingança em frases "filosóficas" tipo: "Que Deus te dê em dobro tudo o que me desejares". Ora, um verdadeiro servo de Deus deve aprender a perdoar assim como foi perdoado. Se, seus desejos contra desafetos forem de vingança, o perdão de Deus ainda não foi recebido em seu doentio e ímpio coração.
Além disso, independente do arrependimento dos que nos prejudicam, ou, não, inserimos que estamos num mundo dual, de luz e trevas, verdade e mentira, saúde e doença, vida e morte, etc. conhecer os dois lados da moeda é necessário para que tenhamos têmpera para o triunfo no "bom combate" como disse Paulo. "No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque Deus fez este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele." Ecl 7;14
Quando Deus parece distante é porque focamos com a lupa natural; quem tem olhos espirituais vê o livramento onde parece existir apenas desgraça. "... Senhor; peço-te que lhe abras os olhos, para que veja..." II Rs 6;7
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