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Palavra do leitor

A dimensão da Palavra de Deus

Algum tempo atrás li um artigo do Dr. Augustus Nicodemus em uma revista teológica, em que ele tratava a respeito do descaso que muitos líderes e pastores estão tendo a respeito da exegese e da hermenêutica para melhor aplicar a Palavra de Deus. Ele assim se expressou: 'Confiaríamos nossas vidas a médicos que não se aprofudam no estudo da medicina, para melhor diagnosticarem nosso problema de saúde? Confiaríamos nossas almas a pastores que não sabem o que dizer do Livro que usam para pregar?". A questão é muito mais séria do que muitas vezes imaginamos.

Deparamo-nos com o desafio da dimensão da Palavra de Deus. O escritor de Hebreus afirmou: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4,12).
Diante desta afirmação, percebemos o alcance imensurável da Palavra de Deus: ela é "viva" porque é atuante em todos os tempos; é "eficaz" porque sempre atinge os seus objetivos. A sua "penetração", dividindo dois elementos, indivisíveis, do ponto de vista religioso, destaca o quanto ela é profunda em relação ao seu poder de convencimento, no fato de que é verdade irrefutável, podendo ser, além de tudo, um "poderoso microscópio" que vasculha nossos segredos e pensamentos mais ocultos. Diante da dimensão real da Palavra de Deus, nós, os crentes em Cristo Jesus, não podemos, em absoluto, deixá-la de lado em momento algum de nossas vidas.

Infelizmente, muitos cristãos estão fazendo um retorno à "Baixa Idade Média", período histórico em que as pessoas não tinham acesso às Escrituras, mergulhando o mundo da época na mais profunda ignorância a respeito de Deus e de sua vontade, quando a fé e a religião eram manipuladas pelo egoísmo mortífero do "clero" (classe religiosa da Igreja Católica), tornando as pessoas simples objetos da exploração comercial religiosa. Esse é o tempo. Cristãos há, que estão abandonando a preciosidade da Palavra, o privilégio do estudo, da leitura alimentadora e confortante, para praticarem rituais estranhos em "caixinha de promessas", ou até mesmo a busca de uma direção através de "sonhos" e "visões" daqueles denominados "ungidos" que são o clero dos dias atuais. Daí, uma classe de cristãos "nanicos", desnutridos espiritualmente, incapazes e desprovidos do discernimento – dom necessário para se evitar o erro doutrinário muito comum em nossos dias.

Deixa-se de lado a fonte inesgotável que sacia a alma, para se beber "água suja" que torna a vida infrutífera, infeliz, sem sentido, sem referencial. Foi esse o sentimento de Deus, através do profeta Jeremias, quando teve a sua Palavra escusada pelo seu povo, nesses dizeres: "Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas" (Jr 2.13). Esta é a situação de muitos em nossos dias: sedentos, exaustos, áridos, sequiosos, por opção. Sabem onde encontrar o refrigério, mas não querem.

A Bíblia é a "fonte" inesgotável da revelação que Deus fez de si mesmo a nós, ela é necessária e suficiente para responder-nos em todas as questões de fé. Qualquer experiência pessoal, no âmbito da fé, que extrapole aos princípios hermenêuticos da Palavra, deve ser desprezado. A Bíblia deve sempre prevalecer diante de qualquer especulação ou indagações particularizadas. Ela se faz interpretar e é capaz de elucidar todos os "mistérios" da fé.

Quando abandonamos a Palavra para sermos guiados por "sugestões" ou "achismos", demonstramos que estamos aquém do nível de maturidade que Deus espera de nós. Maturidade essa que só é possível pela dinâmica da Palavra. Daí, porque temos hoje tantos crentes vivendo manipulados e sendo objetos de exploração por iniciativa daqueles que não têm nenhum preparo para a tão relevante tarefa do ensino. Falta-lhes conhecimento das ferramentas necessárias para uma boa interpretação do "antigo" para uma apropriada aplicação do "novo", na tentativa de responder às necessidades emergentes.

Valorizemos a grande luta que nossos irmãos pré-reformadores e reformadores empreenderam no passado, quando tiraram a Bíblia das mãos da Igreja e a deram ao povo. Infelizmente, estão se fazendo o caminho ao contrário. Vivamos a Palavra, busquemos seus ensinos. Conheçamos a sua dimensão, sejamos felizes e prósperos. Assim vive o justo em relação à Palavra: "Antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite" (Sl 1.2). Que essa seja a nossa atitude: a busca coerente pela dimensão da Palavra; o nosso desejo ardente de conhecê-la, praticá-la e defendê-la. Amém.
Goiânia - GO
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