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Palavra do leitor

A diferença entre o homem de bem e o discípulo de Jesus

Como meu 1º texto do último ano em que estaremos vivos(até dia 12 dezembro), resolvi apontar algumas diferenças que percebi serem fundamentais identificarmos. Aprendi muito sobre essas diferenças principalmente em 2011.

Apesar de apresentarem diferenças significativas, o que vou apresentar aqui não é uma dualidade ou um maniqueísmo. Ambos os exemplos convivem(com um em maior grau que o outro, alternando-se) dentro de nós diariamente e - por que não? - segundo a segundo.

O homem de bem pode ser identificado, entre outras coisas, pela sua ética. Ordeiro, respeita as leis e promove-as, acreditando que um ordenamento jurídico melhor causará um mundo melhor. A corrupção, o estupro, o roubo, por exemplo, causam-lhe repulsa, pelo que luta institucionalmente contra todos esses males que constantemente assolam a sociedade.

O homem de bem é, entre outras coisas, politicamente correto. Respeita a opinião alheia. Provavelmente lutará para promover a democracia, numa tentativa de construir uma sociedade mais justa.

Mas a característica que mais marca o homem de bem é sua separação com o que há de sujo, perverso e ruim. Sim, tem a ver com a ética(mencionada na 1ª característica que elenquei dois parágrafos acima), mas é mais que isso. O homem de bem, definitivamente, não se mistura com os agentes perversos do mundo. Não só abomina a corrupção, o assassinato e o palavrão: não anda com gente que pratica essas coisas e ensina seus herdeiros a fazerem o mesmo. "Não pratique essas coisas nem ande com essa gente" dirá o homem de bem.

Aqui vale fazer algumas observações: não conheço alguém que goste de assassinatos, estupros, roubos, corrupção, etc - a não ser quem pratica essas coisas, obviamente, e mesmo assim ainda há exceções. Eu também não gosto. Gostaria muito de que o código penal fosse retirado do nosso ordenamento jurídico por ninguém mais cometer essas coisas. Gostaria imensamente de saber que o dinheiro público está sendo investido majoritariamente em educação, saúde, transporte. Isso seria bom pra sociedade? As pessoas viveriam melhor com isso? Ninguém duvida de que sim.

Mas então entra em cena o discípulo de Jesus e nos leva a relativizar todos esses aparentes ganhos que a sociedade obteria. Porque, como observarão as pessoas que lerem os evangelhos, o discípulo de Jesus, além de abominar completamente assassinatos, estupros e roubos, não deve ser capaz de se julgar melhor, "mais santo", que os praticantes desses atos. Pelo contrário: anda com eles. E se esses caras roubam-lhe a túnica, o discípulo de Jesus dá também a capa; se batem nele, ele oferece a outra face; se o chamam pra caminhar alguns metros, ele caminha quilômetros, não se importando se, ao final, será saqueado, injuriado, sacaneado ou morto.

Incrível saber que Jesus não gastou saliva contra o império romano de sua época - e você acredita que eles não eram corruptos? Em suas profecias, bem que Jesus poderia ter falado diretamente contra o capitalismo(porque falou indiretamente, quando falava sobre acumular tesouros na terra, criar celeiros pra aguentar o dinheiro que ainda está para se ganhar e também sobre o tesouro de alguém e seu coração estarem no mesmo lugar). Também poderia ter ensinado a sermos elevados de espírito, nunca tristes ou chorando, e a não andarmos com quem só faz o mal.

Mas não.

O que o cara mais fantástico de todos os tempos ensinou foi que o pecado não é geográfico nem contagioso, ou seja, não depende de onde se está ou com quem se está. Ensinou também que, se amarmos quem nos ama, estaremos fazendo nada de mais; que o pobre de espírito é quem herda o reino dos céus. E, em seu ensino mais imoral, falou que quem precisa de nossa companhia são os mais sujos e perversos do mundo. Inclua em sua lista prostituas, mendigos, políticos corruptos, estupradores, assassinos e blogueiros.

A vida de Jesus, então, resume-se em não saber o que acontecerá no dia seguinte - onde você estará, se estará desempregado, se sua família te apoiará, se estará vivo - e, ao mesmo tempo, confiar que comida e roupa não vão faltar. Consiste em ter alegria completa em Jesus - como ele mesmo disse no evangelho que João escreveu.

Consiste em ir na contramão dos homens de bem.

Não preciso dizer que quem arquitetou a morte de Jesus foram homens de bem nem que Jesus andava também com esses caras. Uma imoralidade total: andar tanto com a escória do mundo quanto com os que agem diretamente contra seu ensino e planejam sua morte.

Só podia ser Deus.
Rio De Janeiro - RJ
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