Palavra do leitor
- 26 de fevereiro de 2009
- Visualizações: 4983
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
A despeito de nós
Em qualquer circunstância, em todos os momentos das nossas vidas, Deus está no controle; falo aos crentes em Jesus. Independente do que vemos ou sentimos, as coisas só acontecem pela permissão ou autorização da soberana vontade de Deus. Mesmo quando não entendemos, o comando é dos céus.
Deus não precisa do nosso consentimento para nos por à prova; somos d’Ele e este fato faz toda a diferença, Ele, não eu escolhe a prova, e seus motivos, e seus fins. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos (Lm 3: 22); pela graça somos salvos (Ef 2:8).
As Escrituras, em toda sua extensão afirmam a misericórdia de Deus, a isso podemos somar a graça sem igual e teremos nossas vidas o tempo todo, todo o tempo sob o olhar do Senhor, atento e afetuoso olhar. Jó, mesmo desconhecendo os acontecimentos no mundo espiritual, recebeu as trágicas notícias e confirmou o que dissera Deus a seu respeito, íntegro, reto, temente.
Quando diz: - O Senhor deu o Senhor tomou bendito seja o nome do Senhor - me traz à memória Hb 10: 34 - Quando tudo o que vocês tinham foi tirado, vocês suportaram isso (.) porque sabiam que possuíam coisa muito melhor, que dura para sempre - NTLH.
Por mais difícil que a situação se nos apresente é vital permanecer no que cremos e não no que estamos vendo. Deus sempre usará de misericórdia, é atributo divino usar de misericórdia, agrada ao Senhor esperar mais um pouco para usar de misericórdia; Isaías 30: 18 e 21 nos revelam a longanimidade de Deus. ( leia o texto )
Nunca o objetivo de Deus é punir somente; como eu demorei a aprender isto! Sempre fui lento quando o assunto é sentimento bom, quem usa de má-fé, má-fé imputa aos outros, então sempre que as coisas ficavam muito ruins; estar ruim já era meu estado normal de coisas, quando ficavam muito ruins eu pensava: “ Ele é Deus, o que quiser fazer, faz, o jeito é agüentar em silêncio e torcer pra acabar logo.” Sofri horrivelmente, pois via na igreja uma cadeia, no pastor, um carcereiro.
Gastei precioso tempo na inglória tarefa de mostrar a Deus como eu era esforçado, em quase tudo já me parecia com os crentes, falava, me vestia, orava na igreja, ia ao evangelismo, lecionava na escola dominical; deveria ter algum valor.
Até mudar os meus pensamentos o Senhor foi afrontado pela minha ignorância acerca da sua maneira de tratar aqueles a quem recebe por filhos: “ Porque no meu furor te castiguei, mas na minha graça tive misericórdia de ti.” Is 60: 10; e posso ir adiante, a Bíblia está repleta de afirmações sobre a graça e o amor divinos, mas muito mais fácil é penitenciar-me, olhar para o meu pastor como quem olha para a mão de Deus que segura o chicote.
Injusto tantas vezes, maledicente tantas outras, e mentiroso, fazemos qualquer coisa para termos ao nosso lado a razão. Passei ao largo da declaração em João 1: 16: “ Porque todos temos recebido da sua plenitude, e graça sobre graça.” Meus instintos mesquinhos e humanos, sinônimos, me fizeram ouvir a acusação, a “fila andou” e não ouvir Rm 3: 24: “ sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.”
Naquele retiro no centro de recuperação de mendigos da Missão Vida percebi claramente o Espírito Santo usando o pr. Arnaldo e me avisando que mais aquela vez as misericórdias do Senhor estavam disponíveis, mais uma vez a graça divina traduzia-se, simples, um versículo.
Quando acabou aquele culto eu fui para o quarto, atordoado com as palavras latejando na minha cabeça: “ Eu é que sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jeremias 29: 11. A palavra lida libertara-me. Quanto amor!
Mas insisti, sem saber o que fazer, raramente sabemos o que fazer quando o Senhor trata diretamente conosco, falta de prática. “ Deus e o que eu faço com tudo de ruim que fiz? É um peso muito grande, tem coisa que não dá nem pra citar! Como ficam os cultos nos quais preguei alcoolizado, e as ofertas que gastei como recompensa por um “trabalho prestado ao Reino”, os abortos, a produção de vídeos pornográficos?”. Desabei.
Ao orar eu apenas expressava minha agonia com a lembrança das inúmeras pessoas que ofendi. As falcatruas, as mentiras, as traições, os vínculos malignos; meu rosário de acusações duraria uma noite inteira, todo o lodo e os picumãs dos quartos escuros da minha alma saltavam aos olhos, era sujeira demais para Deus, tão severo, justo, bíblico, tão Deus!
A pergunta era uma só, como é que o Senhor conseguiria liberar misericórdia se eu não merecia misericórdia? Pensar na justiça divina no momento de confissão pode enlouquecer qualquer um. Hoje, após ouvir o pr. Renato ( Igreja da Graça Maior – Belo Horizonte ) pregar, eu entendo melhor essas coisas. Se merecesse a misericórdia de Deus, então seria justiça, não seria misericórdia. Pare tudo e ore. Graça, Paz e Bem!
(ex-interno do centro de recuperação de mendigos – Missão Vida )
www.mvida.org.br conheça-nos ainda hoje.
Deus não precisa do nosso consentimento para nos por à prova; somos d’Ele e este fato faz toda a diferença, Ele, não eu escolhe a prova, e seus motivos, e seus fins. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos (Lm 3: 22); pela graça somos salvos (Ef 2:8).
As Escrituras, em toda sua extensão afirmam a misericórdia de Deus, a isso podemos somar a graça sem igual e teremos nossas vidas o tempo todo, todo o tempo sob o olhar do Senhor, atento e afetuoso olhar. Jó, mesmo desconhecendo os acontecimentos no mundo espiritual, recebeu as trágicas notícias e confirmou o que dissera Deus a seu respeito, íntegro, reto, temente.
Quando diz: - O Senhor deu o Senhor tomou bendito seja o nome do Senhor - me traz à memória Hb 10: 34 - Quando tudo o que vocês tinham foi tirado, vocês suportaram isso (.) porque sabiam que possuíam coisa muito melhor, que dura para sempre - NTLH.
Por mais difícil que a situação se nos apresente é vital permanecer no que cremos e não no que estamos vendo. Deus sempre usará de misericórdia, é atributo divino usar de misericórdia, agrada ao Senhor esperar mais um pouco para usar de misericórdia; Isaías 30: 18 e 21 nos revelam a longanimidade de Deus. ( leia o texto )
Nunca o objetivo de Deus é punir somente; como eu demorei a aprender isto! Sempre fui lento quando o assunto é sentimento bom, quem usa de má-fé, má-fé imputa aos outros, então sempre que as coisas ficavam muito ruins; estar ruim já era meu estado normal de coisas, quando ficavam muito ruins eu pensava: “ Ele é Deus, o que quiser fazer, faz, o jeito é agüentar em silêncio e torcer pra acabar logo.” Sofri horrivelmente, pois via na igreja uma cadeia, no pastor, um carcereiro.
Gastei precioso tempo na inglória tarefa de mostrar a Deus como eu era esforçado, em quase tudo já me parecia com os crentes, falava, me vestia, orava na igreja, ia ao evangelismo, lecionava na escola dominical; deveria ter algum valor.
Até mudar os meus pensamentos o Senhor foi afrontado pela minha ignorância acerca da sua maneira de tratar aqueles a quem recebe por filhos: “ Porque no meu furor te castiguei, mas na minha graça tive misericórdia de ti.” Is 60: 10; e posso ir adiante, a Bíblia está repleta de afirmações sobre a graça e o amor divinos, mas muito mais fácil é penitenciar-me, olhar para o meu pastor como quem olha para a mão de Deus que segura o chicote.
Injusto tantas vezes, maledicente tantas outras, e mentiroso, fazemos qualquer coisa para termos ao nosso lado a razão. Passei ao largo da declaração em João 1: 16: “ Porque todos temos recebido da sua plenitude, e graça sobre graça.” Meus instintos mesquinhos e humanos, sinônimos, me fizeram ouvir a acusação, a “fila andou” e não ouvir Rm 3: 24: “ sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.”
Naquele retiro no centro de recuperação de mendigos da Missão Vida percebi claramente o Espírito Santo usando o pr. Arnaldo e me avisando que mais aquela vez as misericórdias do Senhor estavam disponíveis, mais uma vez a graça divina traduzia-se, simples, um versículo.
Quando acabou aquele culto eu fui para o quarto, atordoado com as palavras latejando na minha cabeça: “ Eu é que sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jeremias 29: 11. A palavra lida libertara-me. Quanto amor!
Mas insisti, sem saber o que fazer, raramente sabemos o que fazer quando o Senhor trata diretamente conosco, falta de prática. “ Deus e o que eu faço com tudo de ruim que fiz? É um peso muito grande, tem coisa que não dá nem pra citar! Como ficam os cultos nos quais preguei alcoolizado, e as ofertas que gastei como recompensa por um “trabalho prestado ao Reino”, os abortos, a produção de vídeos pornográficos?”. Desabei.
Ao orar eu apenas expressava minha agonia com a lembrança das inúmeras pessoas que ofendi. As falcatruas, as mentiras, as traições, os vínculos malignos; meu rosário de acusações duraria uma noite inteira, todo o lodo e os picumãs dos quartos escuros da minha alma saltavam aos olhos, era sujeira demais para Deus, tão severo, justo, bíblico, tão Deus!
A pergunta era uma só, como é que o Senhor conseguiria liberar misericórdia se eu não merecia misericórdia? Pensar na justiça divina no momento de confissão pode enlouquecer qualquer um. Hoje, após ouvir o pr. Renato ( Igreja da Graça Maior – Belo Horizonte ) pregar, eu entendo melhor essas coisas. Se merecesse a misericórdia de Deus, então seria justiça, não seria misericórdia. Pare tudo e ore. Graça, Paz e Bem!
(ex-interno do centro de recuperação de mendigos – Missão Vida )
www.mvida.org.br conheça-nos ainda hoje.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 26 de fevereiro de 2009
- Visualizações: 4983
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- Por quê?
- O salário do pecado é a morte, em várias versões!
- É possível ser cristão e de "esquerda"?
- Não andeis na roda dos escarnecedores: quais escarnecedores?
- A democracia [geográfica] da dor!
- Os 24 anciãos e a batalha do Armagedom
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- A religião verdadeira é única, e se tornou uma pessoa a ser seguida
- Não nos iludamos, animal é animal!
- Até aqui ele não me deixou