Palavra do leitor
- 19 de maio de 2008
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A depravação da figura paterna
A total depravação da figura paterna e a ação da Igreja em defesa da criança.
Nos últimos tempos, estamos sendo assolados com uma série de atrocidades que pais têm cometido contra os filhos. Primeiro, o caso da menina Isabella em São Paulo. Segundo, o caso do pai na Aústria que manteve a própria filha em cativeiro e cometeu atrocidades contra ela (das quais não entrarei em detalhes, pois sei que já é de conhecimento de todos).
Esses são fatos que nos chocam, e não só o melhor dos cristãos, mas também o pior entre os pecadores. São atrocidades que subvertem tudo que é de mais sagrado para o ser humano.
E a Igreja? O que faz?
No Natal do último ano, por inspiração divina ou como pedra que clama (não cabe a mim julgar), o Papa Bento XVI em sua homilia na Missa do Galo deu ênfase ao cuidado com a criança nesse ano que iria entrar (2008). E nem estamos no meio do ano ainda, e suas palavras já estão se confirmando.
Compartilho com ele a mesma preocupação, ao refletir sobre o que havia acontecido durante o ano de 2007 e o que esperar de 2008, essa também foi minha sensação, devido a presença de alguns fatos denunciados pela mídia, até então praticados por pessoas sem laços sanguíneos com as vítimas, mas enfatizo mais uma vez, mal estamos na metade de 2008 e essa atrocidade já adentrou no seio da família.
Mas qual a explicação para tanta maldade?
Sinceramente? Certos fatos nos chocam de tal maneira que tentar entendê-los ou explicá-los não é suficiente, nem relevante, a pergunta que realmente deve surgir no coração de cada cristão é: "O que podemos fazer para mudar isso?".
O grande pregador e ativista dos direitos civis, Martin Luther King Jr, disse certa vez: "A maior tragédia não é a opressão e crueldade das pessoas más, mas o silêncio das pessoas boas". O que faz a diferença no mundo, não é a presença do mal, pois esta está desde o princípio, a grande diferença acontece na ação dos salvos em prol dos oprimidos e das vítimas das maldades dos ímpios.
Porém, a igreja tem se tornado intelectualmente fria e calculista, se dá por satisfeita quando consegue entender "'teo'-logicamente" certos fatos. Digo, "'teo'-logicamente", no sentido de tentar entender racionalmente a lógica de Deus e alinhá-los de maneira equivocada à Palavra de Deus.
A igreja preza de maneira exacerbada pela ortodoxia e se esquece da ortopraxia. Crê, teoricamente, nas coisas corretas, mas a sua prática está longe de ser correta, isso porque, nem sempre a ortodoxia vai gerar uma ortopraxia. Muito pelo contrário, se a ortodoxia for seguida ao pé da letra, deixaremos de lado à ortopraxia que foi praticada e ensinada por Jesus.
Não devemos ignorar a ortodoxia, mas há momentos, e arrisco dizer que esses momentos são a maior parte do tempo, em que uma ortopraxia é muito mais relevante, significativa e transformadora do que a ortodoxia.
No caso que estamos tratando, não adianta querer entender o que aconteceu(teologicamente falando), mas o que vai realmente fazer diferença é a atitude que tomamos diante do acontecido. Dentro das atitudes que estamos acostumados a tomar ao longo da história da Igreja, está a oração, é sempre nossa primeira ferramenta, não digo que esteja errada, e de maneira alguma está, mas se está ao nosso alcance fazer algo a mais, não podemos ser omissos, temos que usar de todas as ferramentas que nos estão disponíveis. Orar é bom, e como primeiro passo é sempre o ideal, mas não é o suficiente e também não nos tira da nossa zona de conforto.
Podemos e devemos orar, mas também devemos ser vigilantes quanto ao que ocorre em nossa volta, nas nossas famílias, vizinhos e também igrejas, qualquer atitude que notamos que possa estar colocando em risco a integridade de uma criança. Essa é uma posição séria, definitiva e verdadeiramente em prol das crianças.
Quando passamos a refletir o que o mundo, que consideramos caído, faz em prol da criança, isso, num primeiro momento, deveria nos envergonhar e num segundo momento, deveria nos motivar a ir muito mais além, muito mais além do que defenda a UNICEF (ONU), no que se refere aos direitos básicos da criança e nas atitudes em prol dessa causa.
Deveríamos defender com muito mais afinco, pois tenho certeza que a mensagem do Evangelho nos leva a ter atitudes que vão muito mais além desses direitos, que não devem ser ignorados, muito pelo contrário, mas através da práxis cristã eles podem e devem ser aprimorados.
Nos últimos tempos, estamos sendo assolados com uma série de atrocidades que pais têm cometido contra os filhos. Primeiro, o caso da menina Isabella em São Paulo. Segundo, o caso do pai na Aústria que manteve a própria filha em cativeiro e cometeu atrocidades contra ela (das quais não entrarei em detalhes, pois sei que já é de conhecimento de todos).
Esses são fatos que nos chocam, e não só o melhor dos cristãos, mas também o pior entre os pecadores. São atrocidades que subvertem tudo que é de mais sagrado para o ser humano.
E a Igreja? O que faz?
No Natal do último ano, por inspiração divina ou como pedra que clama (não cabe a mim julgar), o Papa Bento XVI em sua homilia na Missa do Galo deu ênfase ao cuidado com a criança nesse ano que iria entrar (2008). E nem estamos no meio do ano ainda, e suas palavras já estão se confirmando.
Compartilho com ele a mesma preocupação, ao refletir sobre o que havia acontecido durante o ano de 2007 e o que esperar de 2008, essa também foi minha sensação, devido a presença de alguns fatos denunciados pela mídia, até então praticados por pessoas sem laços sanguíneos com as vítimas, mas enfatizo mais uma vez, mal estamos na metade de 2008 e essa atrocidade já adentrou no seio da família.
Mas qual a explicação para tanta maldade?
Sinceramente? Certos fatos nos chocam de tal maneira que tentar entendê-los ou explicá-los não é suficiente, nem relevante, a pergunta que realmente deve surgir no coração de cada cristão é: "O que podemos fazer para mudar isso?".
O grande pregador e ativista dos direitos civis, Martin Luther King Jr, disse certa vez: "A maior tragédia não é a opressão e crueldade das pessoas más, mas o silêncio das pessoas boas". O que faz a diferença no mundo, não é a presença do mal, pois esta está desde o princípio, a grande diferença acontece na ação dos salvos em prol dos oprimidos e das vítimas das maldades dos ímpios.
Porém, a igreja tem se tornado intelectualmente fria e calculista, se dá por satisfeita quando consegue entender "'teo'-logicamente" certos fatos. Digo, "'teo'-logicamente", no sentido de tentar entender racionalmente a lógica de Deus e alinhá-los de maneira equivocada à Palavra de Deus.
A igreja preza de maneira exacerbada pela ortodoxia e se esquece da ortopraxia. Crê, teoricamente, nas coisas corretas, mas a sua prática está longe de ser correta, isso porque, nem sempre a ortodoxia vai gerar uma ortopraxia. Muito pelo contrário, se a ortodoxia for seguida ao pé da letra, deixaremos de lado à ortopraxia que foi praticada e ensinada por Jesus.
Não devemos ignorar a ortodoxia, mas há momentos, e arrisco dizer que esses momentos são a maior parte do tempo, em que uma ortopraxia é muito mais relevante, significativa e transformadora do que a ortodoxia.
No caso que estamos tratando, não adianta querer entender o que aconteceu(teologicamente falando), mas o que vai realmente fazer diferença é a atitude que tomamos diante do acontecido. Dentro das atitudes que estamos acostumados a tomar ao longo da história da Igreja, está a oração, é sempre nossa primeira ferramenta, não digo que esteja errada, e de maneira alguma está, mas se está ao nosso alcance fazer algo a mais, não podemos ser omissos, temos que usar de todas as ferramentas que nos estão disponíveis. Orar é bom, e como primeiro passo é sempre o ideal, mas não é o suficiente e também não nos tira da nossa zona de conforto.
Podemos e devemos orar, mas também devemos ser vigilantes quanto ao que ocorre em nossa volta, nas nossas famílias, vizinhos e também igrejas, qualquer atitude que notamos que possa estar colocando em risco a integridade de uma criança. Essa é uma posição séria, definitiva e verdadeiramente em prol das crianças.
Quando passamos a refletir o que o mundo, que consideramos caído, faz em prol da criança, isso, num primeiro momento, deveria nos envergonhar e num segundo momento, deveria nos motivar a ir muito mais além, muito mais além do que defenda a UNICEF (ONU), no que se refere aos direitos básicos da criança e nas atitudes em prol dessa causa.
Deveríamos defender com muito mais afinco, pois tenho certeza que a mensagem do Evangelho nos leva a ter atitudes que vão muito mais além desses direitos, que não devem ser ignorados, muito pelo contrário, mas através da práxis cristã eles podem e devem ser aprimorados.
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