Palavra do leitor
- 25 de fevereiro de 2021
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A decepção de ser adolescente, não é o fim!
"Quem um dia não viveu a adolescência, vai apresentar uma imensa dificuldade de compreender que ser idealista faz parte da realidade’’.
Gênesis 32. 27
Aos quarenta e sete anos, leio a realidade não mais como um adolescente, embora não tenha deixado de ser uma pessoa, com meus dilemas e com meus receios, com a minha transitoriedade e de ser responsável, por minhas escolhas.
É bem verdade, quem um dia não viveu a adolescência, vai apresentar uma imensa dificuldade de compreender que ser idealista também faz parte da realidade. Deixo ser mais claro e direto, ser adolescente passa por carregar dentro de si, uma porção idealista, ou, grosso modo, adolescente que é adolescente tem um quê ou um jeito de idealizar, de ir para os extremos.
De certo, não vou me valer de uma régua das minhas experiências para definir os adolescentes, de hoje e do hoje. Aliás, quando falo desse hoje, não pode ser comparado ao mundo, como há trinta e há quarenta anos, atrás. Digo isso, porque estamos no cenário da informação em tempo real, do acesso as redes digitais, do imediato, da cultura para ser bem sucedido e ser notado, a todo e qualquer custo. Sem sombra de dúvida, lá no fundo, o adolescente adentra no fronte de confrontar a crença de que a chamada bondade no e do mundo, de que as pessoas deviam fazer o que é certo, de que bastaria encontrar os meios adequados para direcionar todos a bondade e integridade não ocorre como esperado.
Os adolescentes chegam a conclusão de que, mesmo diante de um mal-estar ou desconforto por encurtar atalhos, aproveitar-se de pessoas frágeis e vulneráveis, de tirar vantagem e de se valer dos meios para justificar os meios, parece não haver uma recompensa para aqueles que acreditam em valores, tais como respeito e integridade. Eis o redemoinho de encontros e comparações, até porque o adolescente faz parte da realidade concreta, a realidade não tão boa, não tão bela, não tão justa, não tão verdadeira, não tão lógica, não tão coerente, não tão solidária, não tão igualitária.
Além disso, são bombardeados por uma cultura corroedora de preceitos ou de princípios de valores, numa ênfase as ideias da lei de mercado, de lucro, da satisfação, como sinônimo de vida. Não por menos, as redes digitais inauguraram um mundo diferenciado, pelo qual cada um define seu ponto de vista, com o intuito de alcançar seu púbico, seus seguidores, seus nichos e, neste campo, tanto crianças quando adolescentes são um dos alvos mais destacados.
Vou adiante, os nominados influenciadores digitais ditam e editam uma leitura da realidade nem sempre ancorado ao fazer o que é certo, num desapego a tudo aquilo voltado a tradição, aos costumes e ao estabelecido. A partir das presentes colocações, ser adolescente passa por fazer essa travessia, superar essa tensão, essa insegurança, esse receio e ir a direção ao fazer o que é certo, ao compromisso e ao comprometer-se com o que é certo.
Parto dessas considerações e me debruço na história de Jacó, ainda um adolescente, após sair de sua parentela, da presença de seu pai, de sua mãe e, não seria o oposto, de seu irmão, Esaú (passado para trás, enganado), ao se encontrar com o anjo e no meio da luta, recebe a pergunta:
- ‘’Qual é o seu nome’’ ou ‘’Quem realmente você é’’ ou ‘’Que tipo de pessoa você quer ser’’ e tais perguntas povoam a vida de muitos adolescentes, durante as vinte e quatro horas por dia.
Faz-se anotar, ser adolescente representa olhar para os ideais e para a realidade, começar a lidar com a consciência da sua vulnerabilidade, da sua fragilidade, da sua tendência para fazer o que não deve ser feito. Isso me lança as três alternativas da formação moral de Lawrence Kohlberg, a qual se pauta em fazer o que é certo, com receio de ser punido ou castigado ou oprimido; fazer o que é certo, movido por um sentimento de solidariedade (e desdobro: de gratidão, de compaixão, de decência, de integridade) e fazer o que é certo, porque é certo.
Atentemos, a partir da teoria exposta, acima, uma pessoa não deve roubar uma revista, porque corre o risco de ser presa e é crime ou porque a revista, em questão, serve para uma pessoa sustentar sua família ou não se deve pegar nada que não lhe pertence, afinal de contas, que tipo de pessoa você é, quer ser, quem realmente é?
Ouso arriscar, de que a terceira resposta se enquadra na discussão de para ser real, há o caminho do ser idealista, reconhecer que o mundo não pode ser visto como um mar de rosas, apesar de tais constatações, temos a condição de participar e partilhar de um mundo melhor e, para isso, devemos saber quem realmente somos, cientes de que não somos perfeitos, mas humanos, sujeitos a erros, a equívocos, a falhas, a vacilos e com a possibilidade de se refazer.
Gênesis 32. 27
Aos quarenta e sete anos, leio a realidade não mais como um adolescente, embora não tenha deixado de ser uma pessoa, com meus dilemas e com meus receios, com a minha transitoriedade e de ser responsável, por minhas escolhas.
É bem verdade, quem um dia não viveu a adolescência, vai apresentar uma imensa dificuldade de compreender que ser idealista também faz parte da realidade. Deixo ser mais claro e direto, ser adolescente passa por carregar dentro de si, uma porção idealista, ou, grosso modo, adolescente que é adolescente tem um quê ou um jeito de idealizar, de ir para os extremos.
De certo, não vou me valer de uma régua das minhas experiências para definir os adolescentes, de hoje e do hoje. Aliás, quando falo desse hoje, não pode ser comparado ao mundo, como há trinta e há quarenta anos, atrás. Digo isso, porque estamos no cenário da informação em tempo real, do acesso as redes digitais, do imediato, da cultura para ser bem sucedido e ser notado, a todo e qualquer custo. Sem sombra de dúvida, lá no fundo, o adolescente adentra no fronte de confrontar a crença de que a chamada bondade no e do mundo, de que as pessoas deviam fazer o que é certo, de que bastaria encontrar os meios adequados para direcionar todos a bondade e integridade não ocorre como esperado.
Os adolescentes chegam a conclusão de que, mesmo diante de um mal-estar ou desconforto por encurtar atalhos, aproveitar-se de pessoas frágeis e vulneráveis, de tirar vantagem e de se valer dos meios para justificar os meios, parece não haver uma recompensa para aqueles que acreditam em valores, tais como respeito e integridade. Eis o redemoinho de encontros e comparações, até porque o adolescente faz parte da realidade concreta, a realidade não tão boa, não tão bela, não tão justa, não tão verdadeira, não tão lógica, não tão coerente, não tão solidária, não tão igualitária.
Além disso, são bombardeados por uma cultura corroedora de preceitos ou de princípios de valores, numa ênfase as ideias da lei de mercado, de lucro, da satisfação, como sinônimo de vida. Não por menos, as redes digitais inauguraram um mundo diferenciado, pelo qual cada um define seu ponto de vista, com o intuito de alcançar seu púbico, seus seguidores, seus nichos e, neste campo, tanto crianças quando adolescentes são um dos alvos mais destacados.
Vou adiante, os nominados influenciadores digitais ditam e editam uma leitura da realidade nem sempre ancorado ao fazer o que é certo, num desapego a tudo aquilo voltado a tradição, aos costumes e ao estabelecido. A partir das presentes colocações, ser adolescente passa por fazer essa travessia, superar essa tensão, essa insegurança, esse receio e ir a direção ao fazer o que é certo, ao compromisso e ao comprometer-se com o que é certo.
Parto dessas considerações e me debruço na história de Jacó, ainda um adolescente, após sair de sua parentela, da presença de seu pai, de sua mãe e, não seria o oposto, de seu irmão, Esaú (passado para trás, enganado), ao se encontrar com o anjo e no meio da luta, recebe a pergunta:
- ‘’Qual é o seu nome’’ ou ‘’Quem realmente você é’’ ou ‘’Que tipo de pessoa você quer ser’’ e tais perguntas povoam a vida de muitos adolescentes, durante as vinte e quatro horas por dia.
Faz-se anotar, ser adolescente representa olhar para os ideais e para a realidade, começar a lidar com a consciência da sua vulnerabilidade, da sua fragilidade, da sua tendência para fazer o que não deve ser feito. Isso me lança as três alternativas da formação moral de Lawrence Kohlberg, a qual se pauta em fazer o que é certo, com receio de ser punido ou castigado ou oprimido; fazer o que é certo, movido por um sentimento de solidariedade (e desdobro: de gratidão, de compaixão, de decência, de integridade) e fazer o que é certo, porque é certo.
Atentemos, a partir da teoria exposta, acima, uma pessoa não deve roubar uma revista, porque corre o risco de ser presa e é crime ou porque a revista, em questão, serve para uma pessoa sustentar sua família ou não se deve pegar nada que não lhe pertence, afinal de contas, que tipo de pessoa você é, quer ser, quem realmente é?
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