Palavra do leitor
- 24 de junho de 2014
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A Cruz com um quê de Eros, de Philia e de Ágape
A Cruz com um quê de Eros, de Philia e de Ágape
‘’O evangelho aponta para uma única, clara e simples direção, ao qual se assenta no viver de uns aos outros; agora, deveríamos fazer a pergunta:
- Queremos?’’
O amor de muitos se esfriariam e de todos os dons, somente, restará o amor. Ouso me valer dessas duas narrativas de conhecimento dos cristãos, para uma reflexão sobre essa palavra, envolta e enredada por tantas posições e definições. Muitos o interpretam como uma questão metafísica ou abstrata, como um estado de carência e o reduzem a dimensão do subjetivo.
Em contrapartida, há um enfoque de o amor se voltar para atos e práticas de altruísmo, de caridade, de piedade, de filantropia e, em suma, de linha de ação humanista. Não posso deixar de pontuar, os apologistas do amor, através de uma conexão plena com o transcendente, o divino, ao qual tem seu sentido. Agora, sejamos sinceros, sem rodeios, diante de uma geração absorta por uma mentalidade consumista, por uma repulsa a qualquer normatividade suprema e absoluta, como encontrar coerência para falar sobre o amor apregoado na Cruz?
Afinal de contas, cada vez mais, prevalece o hedonismo, o prazer, o endeusamento da imagem e do viver o momento, do cada um por si e não tem sido assim? Sem sombra de dúvida, debruçar – se em questões correlacionadas ao ser, ao compromisso com a vida e o próximo perde vez, quando nos defrontamos com uma cultura, uma ética e uma ideologia ancorada as regras da lei da oferta e da procura. Então, será o amor um belo conto, algo restrito ao campo afetivo – emotivo? Acredito, piamente, a partir do texto de I Coríntios 13.13, adentramos num chamado para reconsiderarmos e redefinirmos o amor, como um fator preponderante para a dinâmica e a atualização da vida, em todas as dimensões (espirituais, estéticas, afetivas, cognitivas).
Devo dizer, durante muito tempo, com relação a minha experiência cristã, ouvia de tudo, nos denominados templos, mas, escasseadamente, sobre o amor consolidado na trajetória até a Cruz e no efeito do valor da Graça, em favor da vida. Para piorar o cenário, aprendi e quantos ainda incorrem na mesma convicção de o amor, conforme enfocado na vida cristã, diminuído a projeção de Ágape e exorcizamos as vertentes de Eros e de philia. Vou adiante, o amor personificado em Cristo representa o motivo de toda a saga do carpinteiro – rabino, alderedor de gente curiosa, com as mais variadas expectativas, fantasias, delírios, esperanças e por ai vai.
Por tal modo, não podemos limitar o amor, porque Ele não o fez, muito menos as fronteiras do afetivo – emotivo ou de uma sistema ética supremo. Então, chego a conclusão de o amor apregoado na Graça Jesus traz o compromisso e se compromete com a reconciliação de todo o estado de indiferença e nos chama para participarmos da vida e tal proposta nos coloca diante do próximo. Não podemos nos esquecer, qual o sentido da Graça se não houver a participação na vida, em a atualizar com fé, com esperança e com justiça?
Por enquanto, cabe a cada um de nós procedermos com a devida honestidade, principalmente, quando um culto ao subjetivismo permeia, plasma e se polariza, em diversos arraiais evangélicos.
Retomo ao fio da meada e assinalo não efetuarmos uma caça as bruxas ao denominado termo Eros, porque, em hipótese alguma, pode ser visto como uma matéria circunscrita a dimensão da libido, do prazer sexual, da satisfação do corpo e só. Arrisco dizer, um dos efeitos do amor acarretado, mediante o sacrifício da Cruz, perpassa, sim e sim, por Eros, ou seja, pela face do amor voltado a reconciliar os vínculos, os relacionamentos e romper com uma versão puramente hedonista.
De certo, longe de forçar a barra, a Cruz possui um toque de Eros, de uma decisão por consolidar a reconciliação, por reunir o que se encontrava separado, em dissenção, oposto e rompido. Por consequência, o amor personificado no carpinteiro – rabino trilha por philia, pelo amor fraterno, por essa irmandade solidária, por essa amizade e por esse companheirismo recíproco, pelo partilhar da vida, tanto no eu quanto como no nós. Neste ponto, a amor fraterno se estriba na vida kahal, vida em comunhão de serviço, de discipulado e de confissão, na familiaridade de pertencer ao mesmo corpo e não fazer disso nenhuma espécie de gueto legalista corporativista.
E, por fim, não poderíamos deixar ágape de lado, com renúncia e aceitação, tem sua razão de ser, no bem ao próximo; grosso modo, o amor ágape tem olhar voltado para a realidade concreta, para o trabalho e para o bem do próximo, para nos levar a vida e não como um quebra – galho. Isto implica o amor com plenitude, com profundidade e que não terá respostas para todos os nossos problemas, que não nos isentará de nossas angustias e dúvidas. Mesmo assim, não nega a vida, o bem ao próximo, o restabelecer dos vínculos e de que não somos figuras errantes.
‘’O evangelho aponta para uma única, clara e simples direção, ao qual se assenta no viver de uns aos outros; agora, deveríamos fazer a pergunta:
- Queremos?’’
O amor de muitos se esfriariam e de todos os dons, somente, restará o amor. Ouso me valer dessas duas narrativas de conhecimento dos cristãos, para uma reflexão sobre essa palavra, envolta e enredada por tantas posições e definições. Muitos o interpretam como uma questão metafísica ou abstrata, como um estado de carência e o reduzem a dimensão do subjetivo.
Em contrapartida, há um enfoque de o amor se voltar para atos e práticas de altruísmo, de caridade, de piedade, de filantropia e, em suma, de linha de ação humanista. Não posso deixar de pontuar, os apologistas do amor, através de uma conexão plena com o transcendente, o divino, ao qual tem seu sentido. Agora, sejamos sinceros, sem rodeios, diante de uma geração absorta por uma mentalidade consumista, por uma repulsa a qualquer normatividade suprema e absoluta, como encontrar coerência para falar sobre o amor apregoado na Cruz?
Afinal de contas, cada vez mais, prevalece o hedonismo, o prazer, o endeusamento da imagem e do viver o momento, do cada um por si e não tem sido assim? Sem sombra de dúvida, debruçar – se em questões correlacionadas ao ser, ao compromisso com a vida e o próximo perde vez, quando nos defrontamos com uma cultura, uma ética e uma ideologia ancorada as regras da lei da oferta e da procura. Então, será o amor um belo conto, algo restrito ao campo afetivo – emotivo? Acredito, piamente, a partir do texto de I Coríntios 13.13, adentramos num chamado para reconsiderarmos e redefinirmos o amor, como um fator preponderante para a dinâmica e a atualização da vida, em todas as dimensões (espirituais, estéticas, afetivas, cognitivas).
Devo dizer, durante muito tempo, com relação a minha experiência cristã, ouvia de tudo, nos denominados templos, mas, escasseadamente, sobre o amor consolidado na trajetória até a Cruz e no efeito do valor da Graça, em favor da vida. Para piorar o cenário, aprendi e quantos ainda incorrem na mesma convicção de o amor, conforme enfocado na vida cristã, diminuído a projeção de Ágape e exorcizamos as vertentes de Eros e de philia. Vou adiante, o amor personificado em Cristo representa o motivo de toda a saga do carpinteiro – rabino, alderedor de gente curiosa, com as mais variadas expectativas, fantasias, delírios, esperanças e por ai vai.
Por tal modo, não podemos limitar o amor, porque Ele não o fez, muito menos as fronteiras do afetivo – emotivo ou de uma sistema ética supremo. Então, chego a conclusão de o amor apregoado na Graça Jesus traz o compromisso e se compromete com a reconciliação de todo o estado de indiferença e nos chama para participarmos da vida e tal proposta nos coloca diante do próximo. Não podemos nos esquecer, qual o sentido da Graça se não houver a participação na vida, em a atualizar com fé, com esperança e com justiça?
Por enquanto, cabe a cada um de nós procedermos com a devida honestidade, principalmente, quando um culto ao subjetivismo permeia, plasma e se polariza, em diversos arraiais evangélicos.
Retomo ao fio da meada e assinalo não efetuarmos uma caça as bruxas ao denominado termo Eros, porque, em hipótese alguma, pode ser visto como uma matéria circunscrita a dimensão da libido, do prazer sexual, da satisfação do corpo e só. Arrisco dizer, um dos efeitos do amor acarretado, mediante o sacrifício da Cruz, perpassa, sim e sim, por Eros, ou seja, pela face do amor voltado a reconciliar os vínculos, os relacionamentos e romper com uma versão puramente hedonista.
De certo, longe de forçar a barra, a Cruz possui um toque de Eros, de uma decisão por consolidar a reconciliação, por reunir o que se encontrava separado, em dissenção, oposto e rompido. Por consequência, o amor personificado no carpinteiro – rabino trilha por philia, pelo amor fraterno, por essa irmandade solidária, por essa amizade e por esse companheirismo recíproco, pelo partilhar da vida, tanto no eu quanto como no nós. Neste ponto, a amor fraterno se estriba na vida kahal, vida em comunhão de serviço, de discipulado e de confissão, na familiaridade de pertencer ao mesmo corpo e não fazer disso nenhuma espécie de gueto legalista corporativista.
E, por fim, não poderíamos deixar ágape de lado, com renúncia e aceitação, tem sua razão de ser, no bem ao próximo; grosso modo, o amor ágape tem olhar voltado para a realidade concreta, para o trabalho e para o bem do próximo, para nos levar a vida e não como um quebra – galho. Isto implica o amor com plenitude, com profundidade e que não terá respostas para todos os nossos problemas, que não nos isentará de nossas angustias e dúvidas. Mesmo assim, não nega a vida, o bem ao próximo, o restabelecer dos vínculos e de que não somos figuras errantes.
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