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Palavra do leitor

A crítica é bem-vinda

É incrível como fazemos uma confusão tremenda com a palavra "crítica" na hora de julgar as coisas para reter o que é bom (Ts 5:21). A Palavra ensina e requer a vigilância constante e o julgamento dos espíritos para ver se procedem de Deus (1 Jo 4:1). O problema começa quando a própria igreja reprime essa avaliação.

Ter o dom de discernimento espiritual (I Co 12:10) pode ser bastante incômodo em determinados guetos evangélicos hoje em dia, onde o sonho da liderança é que o rebanho esteja sempre concordando e apoiado suas diretrizes, de preferência sem muito questionamento. Não se paga imposto por sonhar... mas, a tentativa de intimidação dos contrários já foi chamada tempos atrás de Inquisição. A bandeira da “fogueira santa” ainda é defendida com ameaças também “santas”: “Ai daquele que tocar no ungido do Senhor”, que desconfiar da ética do balancete contábil da igreja. Coitado do que desconfiar da unção do sermão, da cura milagreira, da visão falsa da prosperidade, da profetada, do método mágico e imediatista vendido no balcão, ou da bobagem teológica cantada no louvorzão.

Haja coragem para confrontar práticas e conceitos equivocados no seio da igreja. Os críticos mais proeminentes pagam um alto preço por suas aventuras. As técnicas de intimidação, eliminação e tortura são variadas: mordaça, cabresto, sabatina do conselho, excomunhão tácita ou explícita, fuzilamento no sermão de domingo, maldição, praga, sessões de “exorcismo”, ou de “cura interior”, terrorismo, sentença de culpa, aleijamento, escravidão... e muitas vezes culmina com a pena de morte dos profetas (Mt.23:34).

A fragilidade teológica da igreja evangélica brasileira tem sido um campo fértil para tais falsos profetas e lobos roubadores disfarçados de ovelhas. "Ai dos guias cegos de Israel! Nada sabem". (Is 56:10). Veja-se que a maioria de nós ainda não sabe a diferença entre discernimento espiritual, juízo temerário e preconceito. A maioria dos líderes que conheço confunde qualquer crítica com maledicência, blasfêmia, rebeldia ou pecado. Para outros, a palavra transparência é uma palavra torpe, um palavrão ofensivo. São “Os Intocáveis”, superungidos e inquestionáveis... Seres acima da crítica. “Nunca se fartam. São pastores que nada compreendem” (Is 56:11). E tome escândalo! E aí, a igreja toda sofre.

A igreja evangélica brasileira está em crise, irmãos, só não vê quem não quer. Portanto, não nos deixemos levar por todo vento de doutrina. Para provar todas as coisas e reter o que é bom precisamos manejar bem a Palavra da Verdade. Esta é a nossa arma: a espada do Espírito. Sejamos nobres como os bereanos “examinando as escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At 17:11). Por que nossa igreja local ou denominação estaria imune a esses ataques se nem a igreja primitiva esteve? Foi lá que os apóstolos desmascararam Ananias e Safira (At. 5:1-10), Elimas, o encantador (At. 13: 9-11), Simão o mágico (At. 8: 9-25), Diótrefes, o ambicioso (3 Jo 9, 10).

Devemos amar, apoiar e interceder por nossos líderes ininterruptamente, pois a igreja somos todos nós. Mas só isso não basta. Sejamos sóbrios, vigilantes e prudentes. O questionamento, o debate, a investigação, o diálogo honesto, a transparência, a crítica e a avaliação constantes são também formas de ajudar a edificar a igreja. O pensamento crítico é terapêutico e útil para o verdadeiro amadurecimento e crescimento da igreja evangélica brasileira, pois só quando nos humilharmos é que seremos levados ao arrependimento e ao retorno às boas obras.

Por fim, “Examine-se o homem a si mesmo”. Uma igreja cuja liderança não sabe lidar com críticas não é uma igreja madura. “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (1 Co 11: 28 – 32). Não é proibido pensar.
Brasília - DF
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