Palavra do leitor
- 08 de novembro de 2023
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A crença falsa
"Se sigo ao evangelho de Jesus, o Cristo, aprendo a exigir menos, sem ser displicente, sem ser presunçoso e sem ser hostil. Se sigo ao evangelho de Jesus, o Cristo, aprendo a ser mais humilde e mais a par das minhas limitações. Se sigo ao evangelho de Jesus, o Cristo, torno-me num acervo de esperança, de fé e de gratidão que define todo o meu ser’’.
A parábola do bom samaritano demonstra a conjugação entre o escutar e o fazer ou ouvir e o cumprir ou o considerar e efetuar. Anota-se, o quanto isto me chama para o fazer o que é certo, para perpetração do comprometimento, por viver uma transcendência do coração para práticas concretas, na realidade da qual estamos, participamos e convivemos. De nada adianta e pouca serventia há, para não dizer nenhuma, externar momentos de êxtases espirituais, de arroubos místicos, de discursos eloquentes, sem haver nenhuma evidência de que tudo isso resulta em mudanças e transformações em nosso ser, em nosso encontro com quem está ao nosso lado e até quem está distante. Ora, se assim não for, cultivamos uma fé atrelada a nossa imaginação, sem uma correlação com a nossa vida diária, com suas vicissitudes ou alternâncias, com seus dissabores e com suas perdas e com seus vazios. Além do mais, segundo a forma como nós interpretamos e nos portamos diante da realidade ao nosso redor, como nos importamos com as pessoas, sem sermos subjugados por nossos desejos, sem sermos guiados por ações as quais desembocam na maldade, na hostilidade, no ato de diminuir e rebaixar o ser humano. Valho-me da frase do teólogo e filosofo dinamarquês Soren Kierkegaard, quando declara se uma crença que não despertar obrigações ou modificações, é uma crença falsa e estendo: uma crença que não estabelece mudanças e transformações, em nossa vida cotidiana, em nossos pensamentos, em nossos comportamentos e em nossos sentimentos não passa de um desperdício, de um engano e de uma farsa. Sem sombra de dúvida, o evento da parábola do bom samaritano discorre um Jesus intensamente provocativo, quando pergunta ao doutor e jurista da lei de onde estava o seu próximo e não quem era, remove a discussão do campo da subjetividade e coloca dentro da dimensão de efeitos práticos, concretos e possíveis. Nessa linha de raciocínio, leva aquele homem, com todas suas armaduras de argumentações para questionar suas próprias verdades e, assim sendo, encontrar as repostas que tanto buscava e, assim sendo, pudesse atuar sobre as situações e não as situações atuarem sobre ele. Vou adiante, a crença proferida por Jesus ia direto ao ponto, sem evasivas, sem rodeios, sem maquinações e pautado na verdade. Destarte, a crença validada e endossada por Jesus nos ajuda a conhecer a verdade, sem acusações. Em contrapartida, a crença falsa sempre exige mais e mais, leva-nos a arrogância de estarmos acima dos outros e nos ilude com péssimos traços de personalidade (falamos de paz, mas aceitamos a violência doméstica; falamos de justiça, mas aceitamos miseráveis e excluídos; falamos de uma oração que não aproxima, porque está embriagada de ressentimento e remorso; falamos de uma libertação, sem respeito e responsabilidade pelo outro; falamos de possessão demoníaca, mas nossas consciências são um reduto de dissoluções, como depreciar o outro, seja por sua cor, seja por sua etnia, seja por sua sexualidade, seja por sua cultura, seja por sua etnia, seja por sua melanina e etc). Diametralmente oposto, Jesus rompe e irrompe com essas crenças, com essas réguas de bons e maus, com essas máscaras e apresenta a crença que nos faz exigir menos, que nos faz sermos humildes (cientes de que não somos Deus, de que não somos o destino de ninguém, de que não estamos acima nem do bem e muito menos do mal) e nos direciona para sermos um acerco de vida, de uma fé desavergonhadamente simples e aberta para ser inundada pelo tempo de direção e não de alienação. Decerto, a parábola do bom samaritano, a escolha diária, cotidiana e contínua por compreender de que não basta, tão somente, ser um portador de ideias, de crenças e valores sobre espiritualidade, mas sim atuar nos palcos da vida, praticar a verdadeira religião, a religião que se importa com pessoas, com aquilo que nos torna num desdobrar ou prolongar da Cruz do Ressurrecto. Digo isso, por estarmos empanturrados de informações e percebo uma escassez por escutar e perpetrar ou por ouvir e cumprir, por aceitar o chamado do Mestre e viver os impactos da crença verdadeira e não falsa.
A parábola do bom samaritano demonstra a conjugação entre o escutar e o fazer ou ouvir e o cumprir ou o considerar e efetuar. Anota-se, o quanto isto me chama para o fazer o que é certo, para perpetração do comprometimento, por viver uma transcendência do coração para práticas concretas, na realidade da qual estamos, participamos e convivemos. De nada adianta e pouca serventia há, para não dizer nenhuma, externar momentos de êxtases espirituais, de arroubos místicos, de discursos eloquentes, sem haver nenhuma evidência de que tudo isso resulta em mudanças e transformações em nosso ser, em nosso encontro com quem está ao nosso lado e até quem está distante. Ora, se assim não for, cultivamos uma fé atrelada a nossa imaginação, sem uma correlação com a nossa vida diária, com suas vicissitudes ou alternâncias, com seus dissabores e com suas perdas e com seus vazios. Além do mais, segundo a forma como nós interpretamos e nos portamos diante da realidade ao nosso redor, como nos importamos com as pessoas, sem sermos subjugados por nossos desejos, sem sermos guiados por ações as quais desembocam na maldade, na hostilidade, no ato de diminuir e rebaixar o ser humano. Valho-me da frase do teólogo e filosofo dinamarquês Soren Kierkegaard, quando declara se uma crença que não despertar obrigações ou modificações, é uma crença falsa e estendo: uma crença que não estabelece mudanças e transformações, em nossa vida cotidiana, em nossos pensamentos, em nossos comportamentos e em nossos sentimentos não passa de um desperdício, de um engano e de uma farsa. Sem sombra de dúvida, o evento da parábola do bom samaritano discorre um Jesus intensamente provocativo, quando pergunta ao doutor e jurista da lei de onde estava o seu próximo e não quem era, remove a discussão do campo da subjetividade e coloca dentro da dimensão de efeitos práticos, concretos e possíveis. Nessa linha de raciocínio, leva aquele homem, com todas suas armaduras de argumentações para questionar suas próprias verdades e, assim sendo, encontrar as repostas que tanto buscava e, assim sendo, pudesse atuar sobre as situações e não as situações atuarem sobre ele. Vou adiante, a crença proferida por Jesus ia direto ao ponto, sem evasivas, sem rodeios, sem maquinações e pautado na verdade. Destarte, a crença validada e endossada por Jesus nos ajuda a conhecer a verdade, sem acusações. Em contrapartida, a crença falsa sempre exige mais e mais, leva-nos a arrogância de estarmos acima dos outros e nos ilude com péssimos traços de personalidade (falamos de paz, mas aceitamos a violência doméstica; falamos de justiça, mas aceitamos miseráveis e excluídos; falamos de uma oração que não aproxima, porque está embriagada de ressentimento e remorso; falamos de uma libertação, sem respeito e responsabilidade pelo outro; falamos de possessão demoníaca, mas nossas consciências são um reduto de dissoluções, como depreciar o outro, seja por sua cor, seja por sua etnia, seja por sua sexualidade, seja por sua cultura, seja por sua etnia, seja por sua melanina e etc). Diametralmente oposto, Jesus rompe e irrompe com essas crenças, com essas réguas de bons e maus, com essas máscaras e apresenta a crença que nos faz exigir menos, que nos faz sermos humildes (cientes de que não somos Deus, de que não somos o destino de ninguém, de que não estamos acima nem do bem e muito menos do mal) e nos direciona para sermos um acerco de vida, de uma fé desavergonhadamente simples e aberta para ser inundada pelo tempo de direção e não de alienação. Decerto, a parábola do bom samaritano, a escolha diária, cotidiana e contínua por compreender de que não basta, tão somente, ser um portador de ideias, de crenças e valores sobre espiritualidade, mas sim atuar nos palcos da vida, praticar a verdadeira religião, a religião que se importa com pessoas, com aquilo que nos torna num desdobrar ou prolongar da Cruz do Ressurrecto. Digo isso, por estarmos empanturrados de informações e percebo uma escassez por escutar e perpetrar ou por ouvir e cumprir, por aceitar o chamado do Mestre e viver os impactos da crença verdadeira e não falsa.
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