A Bíblia que eu ganhei

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Foi no ano de 1964, mais precisamente no dia 27 de setembro quando eu tinha 9 anos, que eu ganhei a minha primeira Bíblia a qual eu tenho até hoje. Até então eu usava um Novo Testamento nas minhas pregações onde eu morava e em algumas cidades no interior de Minas quando eu ia com o meu pai, ou ia com alguma caravana e era apresentado como um pregador mirim e era admirado por todos pela minha sabedoria e eloquência. Participei de vários programas de rádio na Rádio Sociedade de Manhuaçu juntamente com um pastor que já é falecido. Eu era um menino precoce, um adolescente como tantos outros que, entretanto, tinha um amor pela Bíblia e um dom de falar em público, apesar da minha pouca idade. Na verdade, eu comecei esse ministério com menos de 7 anos. A Bíblia que eu ganhei em 1964 eu a tenho até hoje. Eu ganhei esta Bíblia na cidade de Santana do Manhuaçu, MG, no ano de 1964. Foi uma surpresa pra mim quando alguém me chamou e me falou: "Vem ver o presente que o meu pai te deu!". Eu poderia pensar qualquer coisa, menos uma Bíblia. Eu a tenho até hoje, é pequena, letras pequenas, de tanto carrega-la ela e usa-la ela foi se deteriorando, mas o meu pai sempre cuidava dela, a limpava, colava algumas folhas e hoje ela está inteira e praticamente perfeita, apesar de já ter passado quase 58 anos. Minha Bíblia é uma relíquia, é um tesouro que guarda lembranças, idas e vindas e muitos momentos de fé e de alegria. Eu sei que isto é raro, mas, sobretudo, é compensador, é rico e até divino, afinal se trata do livro de Deus, que apesar de tanta descrença, continua sendo a Palavra de Deus.

A letra do hino 499 da Harpa Cristã, na sua primeira estrofe, diz: "Santa Bíblia para mim és o meu tesouro, sim. Tu conténs a lei de Deus e me mostras lindos céu. Tu me dizes quem eu sou, donde vim, pra onde vou". (Autor Paulo Leivas Macalão). O homem natural nunca entendeu e jamais vai entender a Bíblia. Há tantos livros no mundo, muita gente tem a sua biblioteca, embora hoje a maioria das pessoas não lê quase nada. Eu sou do tempo que se lia até bula de remédio, eu morava na beira da estrada e lia as placas dos carros e tudo que eu conseguia ler enquanto os carros e os ônibus passavam, muitas vezes vindo ou indo para o Nordeste. Eu lia tudo, inclusive a Bíblia. E u lia o Velho Testamento, as histórias de Davi e depois de José, dos profetas, os Salmos, a poesia de Provérbios com seus conselhos e admoestações. os profetas maiores e os menores até Malaquias, o último livro do Velho Testamento que tem 39 livros. passava para o Novo Testamento que tem 27 livros e, obviamente, começava no Evangelhos, depois Atos e a seguir eu lia as cartas de Paulo e outras e por fim mergulhava no Apocalipse. Era um autêntico "banho de Bíblia". Sempre gostei de ler e depois comecei a escrever e não parei mais. Escrever é um aprendizado diário, é uma escola, uma atividade nobre e hoje muito rara. Costumo dizer: se as pessoas, em geral, tem preguiça de ler, imagina então se tiver que escrever! Ainda bem que tudo é opcional! Não somos obrigados a ler, nem a escrever. Nem nas faculdades a pessoa é obrigada a ler. Pode-se estudar sem ler e até sem escrever e depois receber o seu "canudo", muitas vezes sendo um semianalfabeto. É o famoso: pagou, passou. Infelizmente hoje isto é um fato. mas eu sempre li, especialmente a Bíblia, a gloriosa Palavra de Deus.

Deus é louvado e adorado quando lemos a sua Santa Palavra. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminho" (Salmos 119.105)

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Opinião do leitor