Palavra do leitor
- 16 de julho de 2014
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A Bíblia não é um manual do fabricante
Alguém já disse que a Bíblia fala mais sobre o autor, sobre Deus, do que sobre o homem. Então sem ler a Bíblia, como conhecer o caráter de Deus? ou- como você saberá que está ouvindo Deus?
Lendo a própria Bíblia, veremos que todos ali conheceram o caráter de Deus e discerniram sua voz sem terem a Bíblia que temos.
Cada tempo possui suas metáforas. Gerações passadas se acostumaram a encarar a vida como um sistema mecânico e mercadológico. E nada como buscar na mecânica e no mercado figuras que explicassem o cotidiano. Disso surgiu a idéia de Deus como o fabricante do homem. Como figura, situada em determinado contexto, pode até ter alguma validade. Mas não podemos aceitá-la hoje em dia.
A leitura bíblica, que deve permanecer no patamar literário e espiritual começou a assumir um caráter mecanicista. Aperte esse botão e atingirá esse resultado. Siga essa instrução, obedeça esse mandamento e alcançarás a promessa atrelada a ele. Semeie tal semente, e colherá o fruto correspondente. “É a lei da semeadura!”
Tudo isso estaria muito bom e bonitinho, se não fosse o risco do exagero. E é neste risco que muitos caem. E a própria Bíblia irá alertar um sem número de vezes sobre esse perigo.
Francis Schaeffer foi um homem (provavelmente com feitos notáveis) que infelizmente tratou de reforçar e fundamentar a crença evangelical de que a Bíblia, e só a Bíblia, falaria por si só. Toda a base epistemológica, seja lá qual for a área científica que se estivesse tratando, estaria ali na Bíblia ancorada. Todo o conhecimento, toda a ciência deveria partir de princípios Bíblicos - e não estamos aqui falando somente da teologia. Por isso Schaeffer se escandalizou com homens como São Tomás de Aquino, que buscava pontes com o mundo Mulçumano e tratou de se aventurar em Aristóteles; ou com Kierkegaard, que repudiou o espiritualismo e a moral Hegeliana, propondo que a história não seguia dialeticamente seu curso mecânico, mas era rompida pela existência do indivíduo e suas crises, sues Saltos de fé e sua experiência religiosa.
A vida religiosa, a fé, implicaria necessariamente no rompimento de padrões preestabelecidos, seja pela estética, seja pela ética.
A ideia da Bíblia como manual do fabricante, em última análise, colocaria o ser humano como uma máquina, funcional. Para resolver seus problemas, bastaria consultar o capítulo que tratasse do assunto e seguir as instruções. Estava tudo ali!
Ledo engano…
Lendo a própria Bíblia, veremos que todos ali conheceram o caráter de Deus e discerniram sua voz sem terem a Bíblia que temos.
Cada tempo possui suas metáforas. Gerações passadas se acostumaram a encarar a vida como um sistema mecânico e mercadológico. E nada como buscar na mecânica e no mercado figuras que explicassem o cotidiano. Disso surgiu a idéia de Deus como o fabricante do homem. Como figura, situada em determinado contexto, pode até ter alguma validade. Mas não podemos aceitá-la hoje em dia.
A leitura bíblica, que deve permanecer no patamar literário e espiritual começou a assumir um caráter mecanicista. Aperte esse botão e atingirá esse resultado. Siga essa instrução, obedeça esse mandamento e alcançarás a promessa atrelada a ele. Semeie tal semente, e colherá o fruto correspondente. “É a lei da semeadura!”
Tudo isso estaria muito bom e bonitinho, se não fosse o risco do exagero. E é neste risco que muitos caem. E a própria Bíblia irá alertar um sem número de vezes sobre esse perigo.
Francis Schaeffer foi um homem (provavelmente com feitos notáveis) que infelizmente tratou de reforçar e fundamentar a crença evangelical de que a Bíblia, e só a Bíblia, falaria por si só. Toda a base epistemológica, seja lá qual for a área científica que se estivesse tratando, estaria ali na Bíblia ancorada. Todo o conhecimento, toda a ciência deveria partir de princípios Bíblicos - e não estamos aqui falando somente da teologia. Por isso Schaeffer se escandalizou com homens como São Tomás de Aquino, que buscava pontes com o mundo Mulçumano e tratou de se aventurar em Aristóteles; ou com Kierkegaard, que repudiou o espiritualismo e a moral Hegeliana, propondo que a história não seguia dialeticamente seu curso mecânico, mas era rompida pela existência do indivíduo e suas crises, sues Saltos de fé e sua experiência religiosa.
A vida religiosa, a fé, implicaria necessariamente no rompimento de padrões preestabelecidos, seja pela estética, seja pela ética.
A ideia da Bíblia como manual do fabricante, em última análise, colocaria o ser humano como uma máquina, funcional. Para resolver seus problemas, bastaria consultar o capítulo que tratasse do assunto e seguir as instruções. Estava tudo ali!
Ledo engano…
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