Palavra do leitor
- 02 de março de 2023
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A Bíblia e a economia
O proveito da terra é para todos; até o rei se serve do campo (Eclesiastes 5:9).
O texto diz que, por mais que um monarca viva na pompa, cheio de poder, riqueza e regalias, não poderá esquecer que o seu sustento vem, indiretamente, do trabalhador do campo. A geração do terceiro milênio, desconhece isso, pois, devido ao processo de industrialização e urbanização pelo qual passamos, nos últimos três séculos, há uma dificuldade de compreender que, o processo econômico, vai desde o produtor rural, passando pelo fornecedor, que repassa ao atravessador, que, por sua vez, vende para o industrial ou fabricante, que, por questões logísticas, passa ao distribuidor, chegando até o comerciante e, através deste, ao consumidor final.
Por conseguinte, o processo econômico é um sistema complexo que vai desde o produtor rural até o consumidor final em uma cadeia produtiva interdependência e colaboração, consciente ou inconscientemente. Um cidadão que vai a padaria e compra um pão para tomar o seu café da manhã, precisará entender que, esse produto na prateleira do estabelecimento comercial, passou por vários lugares e pessoas, antes de chegar a sua mesa.
Então, antes de demonizar o setor da agricultura, como faz o governo atual, é necessário reconhecer que, quem "banca" o conforto, a riqueza, a alimentação e as mordomias de políticos, parlamentares e juízes na Esplanada da Alvorada, são os humildes camponeses e os diversos contribuintes brasileiros, muitas vezes desprezados. Em outras palavras, direta ou indiretamente, o Presidente, os Governadores e os Prefeitos comem do campo. Do mesmo modo, professores universitários (ainda que dedicados, exclusivamente, as atividades intelectuais), gestores, diretores e alunos, em geral, dependem do campo.
Assim, a consciência da cadeia produtiva, deveria nos levar ao reconhecimento da solidariedade econômica, uma vez que, a interdependência social, é imprescindível para atendimento das necessidades básicas do ser humano como comida, bebida e roupa. Logo, não somos uma ilha autossuficiente, mas um continente no qual todos trabalham para o bem comum.
Sendo assim, qualquer visão compartimentalizada da vida (separação do corpo e da alma, mente e cérebro, o econômico do social, o biológico do psicológico) não faz jus a concepção sistêmica e estrutural da realidade. O todo, é muito mais do que a união ou justaposição das partes, o todo é a correlação e atuação mútua entre as partes que convergem para um propósito, sentido ou unidade.
Por isso, ao tomar o seu café da manhã, ao comer à mesa o almoço ou o jantar, ao comemorar uma festa de casamento ou aniversário, ao comer um lanche em um trailer, ao ir ao supermercado e encontrar uma prateleira cheia de produtos alimentícios, lembre-se que, isso só foi possível, porque, na ponta originária da cadeia produtiva, tinha um humilde camponês que viabilizou isso com o suor do seu rosto
(Por Isaac Vieira de Araújo).
O texto diz que, por mais que um monarca viva na pompa, cheio de poder, riqueza e regalias, não poderá esquecer que o seu sustento vem, indiretamente, do trabalhador do campo. A geração do terceiro milênio, desconhece isso, pois, devido ao processo de industrialização e urbanização pelo qual passamos, nos últimos três séculos, há uma dificuldade de compreender que, o processo econômico, vai desde o produtor rural, passando pelo fornecedor, que repassa ao atravessador, que, por sua vez, vende para o industrial ou fabricante, que, por questões logísticas, passa ao distribuidor, chegando até o comerciante e, através deste, ao consumidor final.
Por conseguinte, o processo econômico é um sistema complexo que vai desde o produtor rural até o consumidor final em uma cadeia produtiva interdependência e colaboração, consciente ou inconscientemente. Um cidadão que vai a padaria e compra um pão para tomar o seu café da manhã, precisará entender que, esse produto na prateleira do estabelecimento comercial, passou por vários lugares e pessoas, antes de chegar a sua mesa.
Então, antes de demonizar o setor da agricultura, como faz o governo atual, é necessário reconhecer que, quem "banca" o conforto, a riqueza, a alimentação e as mordomias de políticos, parlamentares e juízes na Esplanada da Alvorada, são os humildes camponeses e os diversos contribuintes brasileiros, muitas vezes desprezados. Em outras palavras, direta ou indiretamente, o Presidente, os Governadores e os Prefeitos comem do campo. Do mesmo modo, professores universitários (ainda que dedicados, exclusivamente, as atividades intelectuais), gestores, diretores e alunos, em geral, dependem do campo.
Assim, a consciência da cadeia produtiva, deveria nos levar ao reconhecimento da solidariedade econômica, uma vez que, a interdependência social, é imprescindível para atendimento das necessidades básicas do ser humano como comida, bebida e roupa. Logo, não somos uma ilha autossuficiente, mas um continente no qual todos trabalham para o bem comum.
Sendo assim, qualquer visão compartimentalizada da vida (separação do corpo e da alma, mente e cérebro, o econômico do social, o biológico do psicológico) não faz jus a concepção sistêmica e estrutural da realidade. O todo, é muito mais do que a união ou justaposição das partes, o todo é a correlação e atuação mútua entre as partes que convergem para um propósito, sentido ou unidade.
Por isso, ao tomar o seu café da manhã, ao comer à mesa o almoço ou o jantar, ao comemorar uma festa de casamento ou aniversário, ao comer um lanche em um trailer, ao ir ao supermercado e encontrar uma prateleira cheia de produtos alimentícios, lembre-se que, isso só foi possível, porque, na ponta originária da cadeia produtiva, tinha um humilde camponês que viabilizou isso com o suor do seu rosto
(Por Isaac Vieira de Araújo).
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