Palavra do leitor
- 18 de setembro de 2007
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A Bíblia e a auto-ajuda
"De onde me virá o socorro?" O mercado editorial brasileiro comemora a cada ano os lucros no segmento de auto-ajuda. A todo o momento um novo livro é lançado. Receitas prontas prometendo caminhos mais fáceis para se chegar ao sucesso e ao desenvolvimento pessoal. Samuel Smiles (1812-1904) foi quem escreveu o primeiro livro de "auto-ajuda" intitulado "Auto-Ajuda". Foi publicado em 1859 e sua frase de abertura dizia que "o Céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma variação de "Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma máxima de Benjamin Franklin. Esse tipo de literatura geralmente defende a tese de que o homem deve seguir seus instintos. Cada um deve buscar dentro de si respostas para sua vida e planejar, ou, programar seu futuro através das respostas encontradas em seu coração. Normalmente a auto-ajuda orienta as pessoas na direção do "ter", e não mais do "ser" ou "viver". Geralmente os consumidores de livros de auto-ajuda buscam "respostas fáceis". São pessoas que tentam resolver sozinhos os seus problemas. Encoraja as pessoas a focarem somente o desenvolvimento pessoal, em vez de buscar unir-se a outros seres humanos ou a movimentos sociais, para resolverem seus problemas em conjunto em solidariedade. Ignora-se que os problemas não são apenas pessoais e individualizados. Afinal, a humanidade é uma grande interdependência.
Mas, e quanto à Bíblia? Seria ela também somente um livro que mostra às pessoas como viver melhor? O Reformador Martin Lutero disse certa vez: "Minha consciência é cativa da Palavra de Deus". Com isso ele estava dizendo que a Bíblia estava acima dos seus sentimentos e razões próprias. Compreendemos melhor a diferença entre o princípio bíblico e a tese da auto-ajuda ao lermos o profeta Jeremias: "O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?" Ou seja, enquanto a maioria dos livros comuns enfatiza que o ser humano é todo poderoso e capaz de sozinho ajudar a si mesmo, a Bíblia é realista. Focando somente nosso próprio interior, a conclusão a que chegaremos não será muito diferente daquilo que o apóstolo Paulo descobriu: "Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?" (Rm 7.24). Se você ler adiante verá que o Apóstolo encontrou reposta para esse dilema.
Sim, as pessoas podem e devem buscar na Bíblia palavras de ânimo, conforto, sabedoria, consolo e encorajamento. Pois, certamente encontrarão. Mas, isso acontece porque as Escrituras nos levam para além de nós mesmos. Revela-nos um Deus de amor, Graça e misericórdia. Um Deus que nunca nos deixará sozinhos pelos vales da sombra da morte.
http://rodomar.blogspot.com
Mas, e quanto à Bíblia? Seria ela também somente um livro que mostra às pessoas como viver melhor? O Reformador Martin Lutero disse certa vez: "Minha consciência é cativa da Palavra de Deus". Com isso ele estava dizendo que a Bíblia estava acima dos seus sentimentos e razões próprias. Compreendemos melhor a diferença entre o princípio bíblico e a tese da auto-ajuda ao lermos o profeta Jeremias: "O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?" Ou seja, enquanto a maioria dos livros comuns enfatiza que o ser humano é todo poderoso e capaz de sozinho ajudar a si mesmo, a Bíblia é realista. Focando somente nosso próprio interior, a conclusão a que chegaremos não será muito diferente daquilo que o apóstolo Paulo descobriu: "Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?" (Rm 7.24). Se você ler adiante verá que o Apóstolo encontrou reposta para esse dilema.
Sim, as pessoas podem e devem buscar na Bíblia palavras de ânimo, conforto, sabedoria, consolo e encorajamento. Pois, certamente encontrarão. Mas, isso acontece porque as Escrituras nos levam para além de nós mesmos. Revela-nos um Deus de amor, Graça e misericórdia. Um Deus que nunca nos deixará sozinhos pelos vales da sombra da morte.
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