Palavra do leitor
- 27 de junho de 2024
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A Bíblia de Jesus ou o Jesus da Bíblia?
Aprendei de mim (Mateus 11:29)
Existe uma narrativa forte e arraigada no evangelicalismo global, na qual Jesus só pode ser conhecido através das palavras escritas na Bíblia.
Paralelo a essa narrativa existe uma outra, talvez não tão forte assim, não tão bem articulada como a anterior, mas que diz que Jesus só pode ser conhecido de forma mística e não necessariamente atrelado às páginas da Bíblia.
A primeira narrativa coloca a Bíblia em evidência. É ela que daria autoridade a Jesus. Tudo que você conhece de Jesus só é verdadeiro se tiver respaldo bíblico. Jesus estaria limitado às páginas da Bíblia. A Bíblia teria primazia sobre a pessoa de Jesus.
A segunda narrativa coloca Jesus em evidência e esse Jesus dá respaldo às Escrituras e reconhece sua autoridade. Ou seja, Jesus é quem autoriza a Bíblia. Assim, Jesus nasce debaixo da lei (parte da Bíblia de seu tempo) se submete a ela, ele a cumpre. Mas Ele estaria livre para se manifestar para quem ele quiser e como ele quiser - fora das páginas da Bíblia.
Mas afinal qual das duas narrativas estaria correta? Em qual dos dois paradigmas devo me orientar? Na Bíblia de Jesus ou no Jesus da Bíblia?
A única resposta objetiva e plausível para esta pergunta não é em um ou outro, mas tanto um como outro. Nos orientamos tanto na Bíblia de Jesus como no Jesus da Bíblia.
Esta resposta aponta para a Bíblia como objeto imutável – "a Escritura não pode falhar" - revelador do Reino de Deus como sistema objetivo passível de ser compreendido e aprendido. Ela é fonte de inspiração. Ela é viva e eficaz e revela quem Deus é, quem nós somos, e como se dá esse relacionamento cujo ponto central é o Filho, Jesus.
A Bíblia aponta para o Rei Jesus como um sujeito e não como um objeto. Por isso Jesus se revela de forma subjetiva, além das amarras objetivas da Bíblia.
Abraão que não possuía nem o Pentateuco, mas que certamente ouvira de seus ancestrais a narrativa dos primeiros capítulos de Gênesis, pode confiar em um Deus que misticamente o chamou. Jesus se revela pessoalmente também a Saulo, que conhecia de cor boa parte do Velho Testamento, mas que sozinho estaria cego para decifrar os mistérios das letras sagradas.
Jesus questionou os Judeus de seu tempo: se não creem nos ensinos de Moisés como crerão em mim?
Para poder confiar no Filho é necessário primeiramente ser introduzido à pessoa do Pai, Deus Criador. O Deus de Israel que escolhe um povo e o liberta e lhe dá os dez mandamentos. O Deus que julga e perdoa, que fala, que tudo pode, que ama, que deu início à história e lhe dará um fim. "E ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar".
Sendo assim Jesus diz, vinde a mim. Aprendei de mim! Não diz aprendei das Escrituras. Por mais autodidata que alguém possa ser, ela não entenderá a Bíblia se o Espírito de Cristo não a iluminar. E o Espírito pode ensinar usando as páginas da natureza, do universo, da sociedade, do cotidiano, da vida.
Assim também as Escrituras testificam "a sua unção vos ensina todas as coisas." É a unção que ensina.
Então concluímos que tudo se inicia com o Cristo, até a revelação. Ele é a luz que alumia a todo homem. Mas a revelação de Cristo prossegue nos fornecendo material escrito sagrado. Uma revelação anda de mãos dadas com a outra. Junte-se a elas no seu caminhar!
Existe uma narrativa forte e arraigada no evangelicalismo global, na qual Jesus só pode ser conhecido através das palavras escritas na Bíblia.
Paralelo a essa narrativa existe uma outra, talvez não tão forte assim, não tão bem articulada como a anterior, mas que diz que Jesus só pode ser conhecido de forma mística e não necessariamente atrelado às páginas da Bíblia.
A primeira narrativa coloca a Bíblia em evidência. É ela que daria autoridade a Jesus. Tudo que você conhece de Jesus só é verdadeiro se tiver respaldo bíblico. Jesus estaria limitado às páginas da Bíblia. A Bíblia teria primazia sobre a pessoa de Jesus.
A segunda narrativa coloca Jesus em evidência e esse Jesus dá respaldo às Escrituras e reconhece sua autoridade. Ou seja, Jesus é quem autoriza a Bíblia. Assim, Jesus nasce debaixo da lei (parte da Bíblia de seu tempo) se submete a ela, ele a cumpre. Mas Ele estaria livre para se manifestar para quem ele quiser e como ele quiser - fora das páginas da Bíblia.
Mas afinal qual das duas narrativas estaria correta? Em qual dos dois paradigmas devo me orientar? Na Bíblia de Jesus ou no Jesus da Bíblia?
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Esta resposta aponta para a Bíblia como objeto imutável – "a Escritura não pode falhar" - revelador do Reino de Deus como sistema objetivo passível de ser compreendido e aprendido. Ela é fonte de inspiração. Ela é viva e eficaz e revela quem Deus é, quem nós somos, e como se dá esse relacionamento cujo ponto central é o Filho, Jesus.
A Bíblia aponta para o Rei Jesus como um sujeito e não como um objeto. Por isso Jesus se revela de forma subjetiva, além das amarras objetivas da Bíblia.
Abraão que não possuía nem o Pentateuco, mas que certamente ouvira de seus ancestrais a narrativa dos primeiros capítulos de Gênesis, pode confiar em um Deus que misticamente o chamou. Jesus se revela pessoalmente também a Saulo, que conhecia de cor boa parte do Velho Testamento, mas que sozinho estaria cego para decifrar os mistérios das letras sagradas.
Jesus questionou os Judeus de seu tempo: se não creem nos ensinos de Moisés como crerão em mim?
Para poder confiar no Filho é necessário primeiramente ser introduzido à pessoa do Pai, Deus Criador. O Deus de Israel que escolhe um povo e o liberta e lhe dá os dez mandamentos. O Deus que julga e perdoa, que fala, que tudo pode, que ama, que deu início à história e lhe dará um fim. "E ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar".
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Assim também as Escrituras testificam "a sua unção vos ensina todas as coisas." É a unção que ensina.
Então concluímos que tudo se inicia com o Cristo, até a revelação. Ele é a luz que alumia a todo homem. Mas a revelação de Cristo prossegue nos fornecendo material escrito sagrado. Uma revelação anda de mãos dadas com a outra. Junte-se a elas no seu caminhar!
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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