Palavra do leitor
- 04 de abril de 2007
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A bela comunidade da cruz
"Jesus morreu pelos seus pecados", falei àquele amigo argentino. "Mas só pelos 'meus'?" Respondeu-me ele prontamente, me deixando sem resposta. Talvez meu amigo de alguma forma se sentiu culpado ou responsável pela morte de nosso Senhor. Naturalmente ele quis logo tirar de si este peso. Ou pelo menos dividí-lo com toda humanidade. Mas, seria alguém culpado pela morte de Jesus?Como o Evangelho mostra, Jesus entregou-se voluntariamente. Isso também pode ser lido no artigo da Revista, "O Jesus imatável". Jesus me amou e se entregou por mim. Isso não me faz culpado, pelo contrário tira toda culpa dos meus ombros, me liberta.
E assim como o argentino não queria uma culpa exclusiva, também não existe uma graça exclusiva. Jesus não morreu só pelos meus pecados. Isso me faz lembrar de um professor de crisma, nos meus tempos de católico. Ele disse: quando você pensar que Jesus morreu por seus pecados, lembre-se que ele morreu pelos pecados de seu próximo também. O justo morreu pelos injustos. Todos têm a mesma e igual chance. Isso é que é justiça!Como são injustos os critérios de seleção para entrada em diversos clubes, sociedades ou mesmo empresas. Depende da grana, do QI, da inteligência e da indicação e na maioria das vezes de tudo isso junto. Depende daquilo que o sócio tem para oferecer, aí sim pode-se desfrutar de uma série de privilégios e status. Nada você tinha para oferecer quando Jesus te resgatou. Perdidos sob o domínio do malígno e escravizados por nossa natureza depravada, todos nós só fizemos dar um grito de socorro e depositar nossa fé no nome do Senhor Ressurreto. O mestre poderia ter escolhido diversos caminhos, mas escolheu um só que o levou à cruz.
Naquela sombria sexta-feira, o seu coração apaixonado silenciou-se, o seus lábios que destilavam fontes de vida secaram-se e seus olhos que resplandeciam amor escureceram-se.O nazareno não se entregou por um amor platônico, imaginário. Sua noiva não é, nem era uma imagem fictícia e nem um ideal de beleza que um dia iria se concretizar. Não, ele se apaixonou por uma igreja imperfeita, de homens e mulheres imperfeitos como Pedro e Paulo, Maria e Joana, você e eu. A nossa perfeição, por outro lado, foi garantida na cruz. Nossa beleza está no olhar com que ele nos olha. E ele nos contempla hoje, agora. Não nos enganemos achando que a igreja primitiva era melhor ou mais bonita que a de hoje. Somos um só organismo. Assim como uma menininha se torna uma bela moça e depois uma bela senhora de cabelos grisalhos, mas continua a mesma pessoa. Quem pode nos garantir que Paulo não estaria orgulhoso e maravilhado com os discípulos fiéis de hoje, e com o mesmo ímpeto desejoso de ir mais além? E quantos Pedros não encontramos hoje, líderes natos com virtudes mas também com vícios semelhantes à do velho pescador?
A bela comunidade da cruz somos nós. Nós que a cada dia responsavelmente negamos a nós mesmos e tomamos nossa própria cruz e seguimos ao messias; nós que bebemos do mesmo cálice e comemos do mesmo pão. Temos em comum a cruz de Cristo, para participarmos de sua ressurreição e reino. Essa Comunidade não é uma sociedade secreta e fechada, mas está a mando do Senhor à procura diligente de novos associados.
Ah... como eu gostaria de encotrar novamente aquele amigo argentino e dizer-lhe:
- Jesus não morreu só pelos seus pecados. Mas, se só você estivesse perdido, ele viria assim mesmo e morreria só por você. Porque ele te ama!
E assim como o argentino não queria uma culpa exclusiva, também não existe uma graça exclusiva. Jesus não morreu só pelos meus pecados. Isso me faz lembrar de um professor de crisma, nos meus tempos de católico. Ele disse: quando você pensar que Jesus morreu por seus pecados, lembre-se que ele morreu pelos pecados de seu próximo também. O justo morreu pelos injustos. Todos têm a mesma e igual chance. Isso é que é justiça!Como são injustos os critérios de seleção para entrada em diversos clubes, sociedades ou mesmo empresas. Depende da grana, do QI, da inteligência e da indicação e na maioria das vezes de tudo isso junto. Depende daquilo que o sócio tem para oferecer, aí sim pode-se desfrutar de uma série de privilégios e status. Nada você tinha para oferecer quando Jesus te resgatou. Perdidos sob o domínio do malígno e escravizados por nossa natureza depravada, todos nós só fizemos dar um grito de socorro e depositar nossa fé no nome do Senhor Ressurreto. O mestre poderia ter escolhido diversos caminhos, mas escolheu um só que o levou à cruz.
Naquela sombria sexta-feira, o seu coração apaixonado silenciou-se, o seus lábios que destilavam fontes de vida secaram-se e seus olhos que resplandeciam amor escureceram-se.O nazareno não se entregou por um amor platônico, imaginário. Sua noiva não é, nem era uma imagem fictícia e nem um ideal de beleza que um dia iria se concretizar. Não, ele se apaixonou por uma igreja imperfeita, de homens e mulheres imperfeitos como Pedro e Paulo, Maria e Joana, você e eu. A nossa perfeição, por outro lado, foi garantida na cruz. Nossa beleza está no olhar com que ele nos olha. E ele nos contempla hoje, agora. Não nos enganemos achando que a igreja primitiva era melhor ou mais bonita que a de hoje. Somos um só organismo. Assim como uma menininha se torna uma bela moça e depois uma bela senhora de cabelos grisalhos, mas continua a mesma pessoa. Quem pode nos garantir que Paulo não estaria orgulhoso e maravilhado com os discípulos fiéis de hoje, e com o mesmo ímpeto desejoso de ir mais além? E quantos Pedros não encontramos hoje, líderes natos com virtudes mas também com vícios semelhantes à do velho pescador?
A bela comunidade da cruz somos nós. Nós que a cada dia responsavelmente negamos a nós mesmos e tomamos nossa própria cruz e seguimos ao messias; nós que bebemos do mesmo cálice e comemos do mesmo pão. Temos em comum a cruz de Cristo, para participarmos de sua ressurreição e reino. Essa Comunidade não é uma sociedade secreta e fechada, mas está a mando do Senhor à procura diligente de novos associados.
Ah... como eu gostaria de encotrar novamente aquele amigo argentino e dizer-lhe:
- Jesus não morreu só pelos seus pecados. Mas, se só você estivesse perdido, ele viria assim mesmo e morreria só por você. Porque ele te ama!
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