Palavra do leitor
- 23 de setembro de 2018
- Visualizações: 3816
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
A ausência de Deus!
A ausência de Deus!
‘’Que a minha busca pela fé não se transforme em conceitos, mas numa ousadia para compreender que nem sempre a incredulidade representa um distanciamento, mas uma abertura e renovo’’.
O encontro com a fé, em seu momento inicial, nos leva a experiências marcantes, sentimos participar de momentos luminosos, como se estivéssemos mergulhados num encontro de sentido e significado. O fascínio parece nos elevar, há uma inclinação a propagar as boas novas, conceber ser o único caminho e sem haver nenhum outro. Agora, muitos, diante da caminhada pelos acontecimentos concretos da vida e não abstratos, adentram num estagio de esvaecer – se, de uma percepção de que Deus se foi, de sua ausência, de tudo parece ter sido mera ilusão, miragem, fantasia, engano. Tudo se resume a uma relação pesada, incerta, sem nenhum sabor de transformação e renovo.
A situação piora, ainda mais, quando nos lançamos a procura de antídotos, de realinhar todas as direções e, mesmo assim, não nos escuta, não se apresenta, não se interessa, não se importa. Não sei quanto a você, mas sabe aqueles episódios de esforços, por meio da oração, da ida a leitura, da meditação, dos conselhos e, simplesmente, recebe – se o nada, a obscuridade, como se Deus tivesse subtraído da nossa esfera de vida e se foi. Em tais cenários, podemos começar a arrazoar com outros enredos, como uma leitura da vida de caso haja, tudo bem, decidiu seguir seu caminho, ou retornamos a viver por viver e mais nada. Talvez, aqui, podemos atentar sobre um processo de transição de uma fé informe e com o chamado para a maturidade e tal nos lança a oportunidade reconhecer o rosto de Jesus, em cada ser humano, de se relacionar com as pessoas movido por misericórdia, compaixão, solidariedade, amor, justiça e esperança.
Sem sombra de dúvida, essa ausência pode nos ajudar a romper e irromper com um Messias barateado, com um Messias que não mostra o quanto a Graça se volta para as noites silenciosas de quem perdeu, de quem se encontra submerso na agonia do amanhã, de quem especula com uma interrupção abrupta de sua história, de se livrar do jugo de um Messias da oferta e procura. Valho – me dessas colocações e traço a narrativa do ateu confesso André Comte – Sponville, ao qual considerava os seres humanos, embora finitos, abertos ao infinito. De certo, trago o texto de Marcos 09. 24, com a mais honesta e sincerta abordagem de sair de uma fé, pela qual se coloca Deus em gavetas, em molduruas e imagens. Eis a pergunta direta e sem rodeios desse homem, porque expunha diante de Jesus uma espiritiualidade sem sentido, sem nenhuma resposta, sem nenhum alento, sem nenhuma condição de ainda acreditar em mais uma oportunidade.
Vou adiante, Deus se foi, posso dizer a interpretação de uma espiritualidade que foge da incredulidade, das incertezas, de estarmos numa trajetória e, em direção oposta, abrir–se aos horizontes e cessar de ficar com essa luta, infrutífera e infecunda, com os momentos de descrença e, numa decisão ousada, saltar e ser invadido por esse refazer, como notar que essa descrença nos aponta para uma sensibilidade e humildade de permitirmos a essa Graça nos ajudar a confiar, não absolutamente, mas sim a cada dia.
‘’Que a minha busca pela fé não se transforme em conceitos, mas numa ousadia para compreender que nem sempre a incredulidade representa um distanciamento, mas uma abertura e renovo’’.
O encontro com a fé, em seu momento inicial, nos leva a experiências marcantes, sentimos participar de momentos luminosos, como se estivéssemos mergulhados num encontro de sentido e significado. O fascínio parece nos elevar, há uma inclinação a propagar as boas novas, conceber ser o único caminho e sem haver nenhum outro. Agora, muitos, diante da caminhada pelos acontecimentos concretos da vida e não abstratos, adentram num estagio de esvaecer – se, de uma percepção de que Deus se foi, de sua ausência, de tudo parece ter sido mera ilusão, miragem, fantasia, engano. Tudo se resume a uma relação pesada, incerta, sem nenhum sabor de transformação e renovo.
A situação piora, ainda mais, quando nos lançamos a procura de antídotos, de realinhar todas as direções e, mesmo assim, não nos escuta, não se apresenta, não se interessa, não se importa. Não sei quanto a você, mas sabe aqueles episódios de esforços, por meio da oração, da ida a leitura, da meditação, dos conselhos e, simplesmente, recebe – se o nada, a obscuridade, como se Deus tivesse subtraído da nossa esfera de vida e se foi. Em tais cenários, podemos começar a arrazoar com outros enredos, como uma leitura da vida de caso haja, tudo bem, decidiu seguir seu caminho, ou retornamos a viver por viver e mais nada. Talvez, aqui, podemos atentar sobre um processo de transição de uma fé informe e com o chamado para a maturidade e tal nos lança a oportunidade reconhecer o rosto de Jesus, em cada ser humano, de se relacionar com as pessoas movido por misericórdia, compaixão, solidariedade, amor, justiça e esperança.
Sem sombra de dúvida, essa ausência pode nos ajudar a romper e irromper com um Messias barateado, com um Messias que não mostra o quanto a Graça se volta para as noites silenciosas de quem perdeu, de quem se encontra submerso na agonia do amanhã, de quem especula com uma interrupção abrupta de sua história, de se livrar do jugo de um Messias da oferta e procura. Valho – me dessas colocações e traço a narrativa do ateu confesso André Comte – Sponville, ao qual considerava os seres humanos, embora finitos, abertos ao infinito. De certo, trago o texto de Marcos 09. 24, com a mais honesta e sincerta abordagem de sair de uma fé, pela qual se coloca Deus em gavetas, em molduruas e imagens. Eis a pergunta direta e sem rodeios desse homem, porque expunha diante de Jesus uma espiritiualidade sem sentido, sem nenhuma resposta, sem nenhum alento, sem nenhuma condição de ainda acreditar em mais uma oportunidade.
Vou adiante, Deus se foi, posso dizer a interpretação de uma espiritualidade que foge da incredulidade, das incertezas, de estarmos numa trajetória e, em direção oposta, abrir–se aos horizontes e cessar de ficar com essa luta, infrutífera e infecunda, com os momentos de descrença e, numa decisão ousada, saltar e ser invadido por esse refazer, como notar que essa descrença nos aponta para uma sensibilidade e humildade de permitirmos a essa Graça nos ajudar a confiar, não absolutamente, mas sim a cada dia.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 23 de setembro de 2018
- Visualizações: 3816
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- Os Irmãos Karamázov
- Não exclusão!
- Deus existiu, ainda existe e sempre existirá
- Larga as tranqueiras!
- Findam-se os dias!
- Quem foi Gaio na Bíblia descrito em 3 João?
- O que digo para um irmão sem fé? E se for eu?
- O super-homem se encontra com Deus, por causa de suas limitações
- Restauração da terra ou resgate do homem?
- Da Verdade à Mercadoria: A Ciência Sob o Domínio do Capitalismo