Palavra do leitor
- 31 de dezembro de 2012
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A águia cega
O Criador estava fazendo um tour pela Sua obra, em lugares que a mão do homem ainda não fez estragos, e no alto de um penhasco, encontrou uma águia imperial jururu, triste, e decidiu saber o motivo. Ele não é nenhum Dr. Do litlle, mas fala o aquilanês, muito bem.
Olá amiga, o que lhe pesa tanto, para estares abatida assim?
– Sempre vivi sozinha, não uso falar com estranhos.
– Nem comigo?
- Quem é você?
- Você conhece outro ser, além da sua espécie que entenda seu idioma?
– Não.
– Pois é; Eu sou o Criador, que fez tudo o que há.
- Você?… É … faz sentido, além de outra águia, ninguém entenderia, exceto Ele. Oportuna sua visita, pois; afinal estarei fazendo minha queixa no lugar certo, à pessoa certa, digo.
– Você tem queixas contra mim?
– Sim, não gosto de ser como sou. As outras aves voam em bandos, muitas têm um cantar melodioso que as faz desejadas, belas; Tem até aquela que vive sempre entre flores. Muitas possuem penas de cores vivazes, são admiradas por sua beleza. E eu, o que sou? Moro em lugar solitário; não sei cantar; minhas vestes não chamam atenção nenhuma nessas cores terrosas; o único sentimento que gero é medo, pois, minha sina de predador, faz todos os bichos fugirem de mim; Desculpe minha ousadia, Senhor, mas, não poderias ter me feito canora, como um pintassilgo, bela como um faisão, ou privilegiada como um beija-flor?
- Poderia, mas isso seria sua anulação. Beija-flores, faisãos, e os canoros eu já fiz, se você fosse como um deles, apenas não existiria, suas qualidades não seriam conhecidas.
– Qualidades, eu?
– Sim, você conhece outra ave que pode voar até os cem km por hora, e elevar-se sobre uma tempestade? Ou uma que possa enxergar seu alimento à distância que você consegue? Outra com garras tais, que presa alguma se pode evadir, uma vez retida? Você é muito mais admirada do que pensa.
– Eu admirada, por quem?
- Você sabia que as legiões persas e depois as Romanas usavam você como símbolo em seus estandartes? Que mesmo Zeus, como os gregos me Chamam, era simbolizado por uma águia? Que você é ainda o símbolo dos Estados Unidos, da Alemanha, de muitas equipes de futebol, basquete, e até de escolas de samba? Não há sobre a terra, animal mais admirado que você, e vens reclamar de tua sorte?
- Desculpe Senhor, parte eu não sabia, e outra, não tinha dado atenção.
- Você me fez lembrar os humanos, sempre descontentes, tenham o que tiverem; às vezes eu olho para eles, e vejo um catador vibrando por ter achado uma lixeira com várias latas de cerveja vazias; e outro dando soco na mesa, furioso porque terá que esperar um mês ainda pela entrega do helicóptero que ele comprou; você acha isso razoável?
A grande maioria das pessoas infelizes produz sua própria infelicidade a partir da visão, e dos anseios que acalenta. Nessa época, sobretudo, ele se congratulam e desejam felicidades mútuas; a maioria já possui os meios, mas falta percepção, como você.
Eu coloquei a felicidade na prateleira do dar, e eles procuram na do receber; coloquei alegria na simplicidade, e eles buscam na sofisticação; coloquei a paz na confiança em mim, eles buscam, na sombra do dinheiro. Há pessoas bem pobres e felizes, e muitos milionários depressivos e frustrados, pois esses, assim como você, ignoram o que possuem, e sofrem pelas posses alheias.
Ou você acha que muitos animais desses que você inveja, não gostariam de ser como você? A beleza de minha obra não reside em algo pontual, mas, na harmonia do todo; cada ser sendo o que é; cada humano valorizando o que tem, e buscando apenas o que é lícito e sábio buscar; nem todos foram criados para bandos.
As grandes obras artísticas, literárias, grandes heróis espirituais, nunca vieram de “animais de bando”. Quantos apóstolos Paulo você conhece? Quantos Johns Bunyans, quantos Mozarts, Quantos Jós existiram? Você conhece a história de meu Filho, quantos O ajudaram em sua vitória?
A solidão tem sido companhia fiel, de grandes feitos, pois nela, e só nela, os olhos da alma, têm um alcance de águia… Quando dou esse presente a alguns, eles recusam-se a abrir, pois sempre vem embalado com papel escuro, e eles temem o conteúdo… uns poucos, de almas privilegiadas, recebem, abrem, e tiram dela seu melhor, com um olhar que transcende os portais do tempo, e consegue ver o diamante, ainda no carvão…
Olá amiga, o que lhe pesa tanto, para estares abatida assim?
– Sempre vivi sozinha, não uso falar com estranhos.
– Nem comigo?
- Quem é você?
- Você conhece outro ser, além da sua espécie que entenda seu idioma?
– Não.
– Pois é; Eu sou o Criador, que fez tudo o que há.
- Você?… É … faz sentido, além de outra águia, ninguém entenderia, exceto Ele. Oportuna sua visita, pois; afinal estarei fazendo minha queixa no lugar certo, à pessoa certa, digo.
– Você tem queixas contra mim?
– Sim, não gosto de ser como sou. As outras aves voam em bandos, muitas têm um cantar melodioso que as faz desejadas, belas; Tem até aquela que vive sempre entre flores. Muitas possuem penas de cores vivazes, são admiradas por sua beleza. E eu, o que sou? Moro em lugar solitário; não sei cantar; minhas vestes não chamam atenção nenhuma nessas cores terrosas; o único sentimento que gero é medo, pois, minha sina de predador, faz todos os bichos fugirem de mim; Desculpe minha ousadia, Senhor, mas, não poderias ter me feito canora, como um pintassilgo, bela como um faisão, ou privilegiada como um beija-flor?
- Poderia, mas isso seria sua anulação. Beija-flores, faisãos, e os canoros eu já fiz, se você fosse como um deles, apenas não existiria, suas qualidades não seriam conhecidas.
– Qualidades, eu?
– Sim, você conhece outra ave que pode voar até os cem km por hora, e elevar-se sobre uma tempestade? Ou uma que possa enxergar seu alimento à distância que você consegue? Outra com garras tais, que presa alguma se pode evadir, uma vez retida? Você é muito mais admirada do que pensa.
– Eu admirada, por quem?
- Você sabia que as legiões persas e depois as Romanas usavam você como símbolo em seus estandartes? Que mesmo Zeus, como os gregos me Chamam, era simbolizado por uma águia? Que você é ainda o símbolo dos Estados Unidos, da Alemanha, de muitas equipes de futebol, basquete, e até de escolas de samba? Não há sobre a terra, animal mais admirado que você, e vens reclamar de tua sorte?
- Desculpe Senhor, parte eu não sabia, e outra, não tinha dado atenção.
- Você me fez lembrar os humanos, sempre descontentes, tenham o que tiverem; às vezes eu olho para eles, e vejo um catador vibrando por ter achado uma lixeira com várias latas de cerveja vazias; e outro dando soco na mesa, furioso porque terá que esperar um mês ainda pela entrega do helicóptero que ele comprou; você acha isso razoável?
A grande maioria das pessoas infelizes produz sua própria infelicidade a partir da visão, e dos anseios que acalenta. Nessa época, sobretudo, ele se congratulam e desejam felicidades mútuas; a maioria já possui os meios, mas falta percepção, como você.
Eu coloquei a felicidade na prateleira do dar, e eles procuram na do receber; coloquei alegria na simplicidade, e eles buscam na sofisticação; coloquei a paz na confiança em mim, eles buscam, na sombra do dinheiro. Há pessoas bem pobres e felizes, e muitos milionários depressivos e frustrados, pois esses, assim como você, ignoram o que possuem, e sofrem pelas posses alheias.
Ou você acha que muitos animais desses que você inveja, não gostariam de ser como você? A beleza de minha obra não reside em algo pontual, mas, na harmonia do todo; cada ser sendo o que é; cada humano valorizando o que tem, e buscando apenas o que é lícito e sábio buscar; nem todos foram criados para bandos.
As grandes obras artísticas, literárias, grandes heróis espirituais, nunca vieram de “animais de bando”. Quantos apóstolos Paulo você conhece? Quantos Johns Bunyans, quantos Mozarts, Quantos Jós existiram? Você conhece a história de meu Filho, quantos O ajudaram em sua vitória?
A solidão tem sido companhia fiel, de grandes feitos, pois nela, e só nela, os olhos da alma, têm um alcance de águia… Quando dou esse presente a alguns, eles recusam-se a abrir, pois sempre vem embalado com papel escuro, e eles temem o conteúdo… uns poucos, de almas privilegiadas, recebem, abrem, e tiram dela seu melhor, com um olhar que transcende os portais do tempo, e consegue ver o diamante, ainda no carvão…
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