Palavra do leitor
- 04 de abril de 2021
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80 metros de uma vida!
Aproxima-se o meu 80° aniversário, 12.04.1941/2021, aniversário de uma caminhada que não senti passar, pois tudo aconteceu de um modo muito rápido; sinto-me como se tivesse 38 anos, não consigo crer que já percorri 8 décadas, mas, até aqui, me ajudou o Senhor.
Por isso, a agilidade dos atos e fatos, é que não me refiro, no título, a quilômetros, léguas ou milhas, mas a metros, embora haja outra razão para ter pensado, há anos, nesse título para uma autobiografia.
Partia eu de uma foto histórica que liga 3 das melhores lembranças do passado: - aos fundos, à esquerda, minha residência nos anos 1959/60; uns 80 metros antes, a casa na qual nos reuníamos como igreja, Igreja Metodista em São Mateus - Juiz de Fora; entre elas, passava um bonde do bairro São Mateus, veículo que sempre amei, mesmo após 1969, quando foi desativado; muitas histórias nesse pedaço da vida.
Creio que meus pais mudaram, em 1940, para Belo Horizonte, onde nasci [1941], pois meu irmão mais velho [1 ano e 4 meses] é de dezembro de 1939 e nasceu em Juiz de Fora; conclusão aparentemente lógica.
Não percebi o meu nascimento (óbvio), nem, 2 anos após, o da minha irmã [1943]; todavia me lembro bem dos nascimentos dos 2 irmãos mais novos [1945 e 1947]; um movimento estranho em casa, na madrugada, os adultos não explicavam nada, mas na manhã constatamos que um visita, "dona cegonha" [foi o que disseram], deixara um bebê novo para minha mãe cuidar, e como cuidou!
Em 1948 fui para o Grupo Escolar, não fiquei lá face a uma grande "manha"; frequentei, por isso, uma professora particular no primeiro semestre e, no segundo, aceitei o Grupo Escolar, apesar do "bullying"; em 1951 terminei o primário e fiz o exame de "Admissão ao Ginásio", no Colégio Estadual, tendo sido reprovado face a uma crise de asma [emocional].
Em seguida, 1952, nos mudamos de BH, eis que meu pai foi aprovado no concurso de "Fiscal de Rendas do Estado" tendo sido designado para Juiz de Fora; não frequentei aula, nesse ano, como castigo pela reprovação e por falta de recursos.
Em 1953 já pude iniciar o ginásio com uma bolsa de estudo, que minha mãe [mulher valorosa] conseguiu com o Prefeito [só para aquele ano]; também fui trabalhar, em uma oficina, para poder pagar meus estudos do 2° ano em diante.
Terminado o ginásio, fiz o primeiro ano do curso "científico" [1957], mas, inimigo da matemática, da física e da química, retornei ao primeiro ano para cursar "Contabilidade" (1958/60) e em 1961 iniciei o curso de Direito na Universidade Federal de JF, tendo me formado em 1965.
Em 1958 ingressei no Banco da Lavoura de Minas Gerais [BANCO REAL], como "contínuo", tendo sido promovido a "procurador" [chefe de seção] em 1962, embora fosse "tabu", na agência, que essa promoção sempre ocorria após se completar 10 anos de serviço.
Em 1965 promovido a "Contador" da Agência, depois "Gerente", em seguida Assistente interino do Diretor Regional; não havendo mais horizontes, em JF, fui convidado a vir para SP onde, em poucos meses, me tornei o Contador Geral do Banco e, finalmente, Supervisor Chefe das inspeções nas unidades do banco [Brasil e exterior], então já BANCO REAL, com a Diretoria em SP; aposentadoria compulsória em 2001 [60 anos de idade].
Aposentado, tornei-me "escritor", publiquei 3 livros, 2 em preparo, 648 artigos semanais publicados; membro da Academia Paulista Evangélica de Letras.
Sempre trabalhei muito não sobrando tempo para namorar, embora eu desejasse me casar em 1965, ano da formatura; mas namoro, planejava eu, seria para casar e não "passa tempo", "lazer", "brinquedo" - então, quando tarde iniciei namoro, aos 18/19 anos, face aos planos de casamento, também não prolonguei o colocar em prática os sonhos, casei-me no ano desejado, aos 24 anos.
1965 foi um ano completo: formatura, promoção ao cargo mais elevado em JF, início de uma família. Nossa prole: 4 filhos [3 homens e 1 menina], 11 netos [8h e 3m], 2 bisnetos [1h e 1m], em um curso em BH fui o primeiro lugar.
Voltando à adolescência, aos 13 anos, o pastor da minha igreja passava diariamente em minha casa [éramos quase vizinhos] e me convidava para ser "pastor"; jamais pude dizer sim, embora o desejasse, pois tinha que trabalhar durante o dia para poder estudar à noite; todavia, por uns 65 anos, tive meu intenso "ministério" na Igreja servindo-a quase que dia e noite.
Agradeço a Deus ter podido servir em obediência aos conselhos da Palavra de Deus, que me diz sempre: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10.31).
Embora, face à idade, não dê mais para estar à frente, presencialmente, dos trabalhos, na igreja, dia e noite [como antes], tudo o que faço procuro fazê-lo para a glória de Deus; se assim não for, prefiro nem começar.
São 80 metros [anos], nos quais Deus tem confirmado a sua bênção sobre a minha vida, o que agradeço humilde e constantemente.
"Até aqui, ajudou-nos o Senhor!" (1 Samuel 7. 12).
Por isso, a agilidade dos atos e fatos, é que não me refiro, no título, a quilômetros, léguas ou milhas, mas a metros, embora haja outra razão para ter pensado, há anos, nesse título para uma autobiografia.
Partia eu de uma foto histórica que liga 3 das melhores lembranças do passado: - aos fundos, à esquerda, minha residência nos anos 1959/60; uns 80 metros antes, a casa na qual nos reuníamos como igreja, Igreja Metodista em São Mateus - Juiz de Fora; entre elas, passava um bonde do bairro São Mateus, veículo que sempre amei, mesmo após 1969, quando foi desativado; muitas histórias nesse pedaço da vida.
Creio que meus pais mudaram, em 1940, para Belo Horizonte, onde nasci [1941], pois meu irmão mais velho [1 ano e 4 meses] é de dezembro de 1939 e nasceu em Juiz de Fora; conclusão aparentemente lógica.
Não percebi o meu nascimento (óbvio), nem, 2 anos após, o da minha irmã [1943]; todavia me lembro bem dos nascimentos dos 2 irmãos mais novos [1945 e 1947]; um movimento estranho em casa, na madrugada, os adultos não explicavam nada, mas na manhã constatamos que um visita, "dona cegonha" [foi o que disseram], deixara um bebê novo para minha mãe cuidar, e como cuidou!
Em 1948 fui para o Grupo Escolar, não fiquei lá face a uma grande "manha"; frequentei, por isso, uma professora particular no primeiro semestre e, no segundo, aceitei o Grupo Escolar, apesar do "bullying"; em 1951 terminei o primário e fiz o exame de "Admissão ao Ginásio", no Colégio Estadual, tendo sido reprovado face a uma crise de asma [emocional].
Em seguida, 1952, nos mudamos de BH, eis que meu pai foi aprovado no concurso de "Fiscal de Rendas do Estado" tendo sido designado para Juiz de Fora; não frequentei aula, nesse ano, como castigo pela reprovação e por falta de recursos.
Em 1953 já pude iniciar o ginásio com uma bolsa de estudo, que minha mãe [mulher valorosa] conseguiu com o Prefeito [só para aquele ano]; também fui trabalhar, em uma oficina, para poder pagar meus estudos do 2° ano em diante.
Terminado o ginásio, fiz o primeiro ano do curso "científico" [1957], mas, inimigo da matemática, da física e da química, retornei ao primeiro ano para cursar "Contabilidade" (1958/60) e em 1961 iniciei o curso de Direito na Universidade Federal de JF, tendo me formado em 1965.
Em 1958 ingressei no Banco da Lavoura de Minas Gerais [BANCO REAL], como "contínuo", tendo sido promovido a "procurador" [chefe de seção] em 1962, embora fosse "tabu", na agência, que essa promoção sempre ocorria após se completar 10 anos de serviço.
Em 1965 promovido a "Contador" da Agência, depois "Gerente", em seguida Assistente interino do Diretor Regional; não havendo mais horizontes, em JF, fui convidado a vir para SP onde, em poucos meses, me tornei o Contador Geral do Banco e, finalmente, Supervisor Chefe das inspeções nas unidades do banco [Brasil e exterior], então já BANCO REAL, com a Diretoria em SP; aposentadoria compulsória em 2001 [60 anos de idade].
Aposentado, tornei-me "escritor", publiquei 3 livros, 2 em preparo, 648 artigos semanais publicados; membro da Academia Paulista Evangélica de Letras.
Sempre trabalhei muito não sobrando tempo para namorar, embora eu desejasse me casar em 1965, ano da formatura; mas namoro, planejava eu, seria para casar e não "passa tempo", "lazer", "brinquedo" - então, quando tarde iniciei namoro, aos 18/19 anos, face aos planos de casamento, também não prolonguei o colocar em prática os sonhos, casei-me no ano desejado, aos 24 anos.
1965 foi um ano completo: formatura, promoção ao cargo mais elevado em JF, início de uma família. Nossa prole: 4 filhos [3 homens e 1 menina], 11 netos [8h e 3m], 2 bisnetos [1h e 1m], em um curso em BH fui o primeiro lugar.
Voltando à adolescência, aos 13 anos, o pastor da minha igreja passava diariamente em minha casa [éramos quase vizinhos] e me convidava para ser "pastor"; jamais pude dizer sim, embora o desejasse, pois tinha que trabalhar durante o dia para poder estudar à noite; todavia, por uns 65 anos, tive meu intenso "ministério" na Igreja servindo-a quase que dia e noite.
Agradeço a Deus ter podido servir em obediência aos conselhos da Palavra de Deus, que me diz sempre: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10.31).
Embora, face à idade, não dê mais para estar à frente, presencialmente, dos trabalhos, na igreja, dia e noite [como antes], tudo o que faço procuro fazê-lo para a glória de Deus; se assim não for, prefiro nem começar.
São 80 metros [anos], nos quais Deus tem confirmado a sua bênção sobre a minha vida, o que agradeço humilde e constantemente.
"Até aqui, ajudou-nos o Senhor!" (1 Samuel 7. 12).
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