Palavra do leitor
- 25 de dezembro de 2016
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25 de Dezembro, mais um natal?
Dia 25 de Dezembro, mais um natal?
‘’Mesmo diante das pressões do consumismo e de suas distrações, sua celebração não se resume a manjedoura. ’’
O ano de 2016 tem sido marcado por uma profunda e inquestionável avalanche de rupturas, de perdas, de falências e de convulsões, em todos os setores das relações humanas. A política, deploravelmente, desaguou numa enxurrada de denúncias, ao qual acabou por culminar na derrocada da outrora presidente Dilma e os escândalos não param, como um fluir hemorrágico, sem precedentes.
Não por menos, uma parcela da população experimenta na pele os estigmas funestos e danosos do desemprego, além disso, diversos setores da economia, expressamente, espelham os retratos de um momento de desânimo e retração. Isto sem falar nas catástrofes, como o ocorrido com a delegação da Chapecoense e outros casos de atos terroristas pelo mundo. Por fim, estamos a poucas horas de mais um vinte e cinco de dezembro, ao qual há uma expectativa para o ano novo e um adeus sonoro a dois mil e dezesseis.
Agora, será, e, agora, dentro da dimensão cristã, mais um vinte e cinco?
Pronto, feliz natal, com a lembrança de Cristo, do Salvador e, depois disso, aguardar – se – á o apagar das luzes e tudo seguirá a mesma rotina? Sinceramente, demonstro uma, cada vez maior, dificuldade por participar de cultos de natal, cantatas e ouvir, com todo o respeito, sermões pelo qual demonstram um menino na manjedoura, uma vida melhor no porvir, uma saga até a ressurreição. Devo abrir o jogo, sinto – me cansado e, talvez, seja um indicio de um retorno a simplicidade da palavra restauradora, sem enfeites, sem sublimações, sem refinações, sem os aparatos envernizados de retóricas e elucubrações teológicas evasivas, porque não vão a direção da existência humana.
Digo, sem sombra de dúvida, Deus desceu, até nós, adentrou na humanidade, sem nada impor e reivindicar, para fazer os itinerários de suas fragilidades, de suas debilidades, de suas vulnerabilidades, de suas dúvidas, de suas inquietudes (e nesta noite, como estou), de suas incertezas, de o por qual razão ou para tantos abismos entre seres humanos, de o por qual motivo ou para que tantas feridas e fraturas emocionais e espirituais? Não sei se estou melindroso ou contagiado com uma vontade de chutar o balde ou triste, não sei.
Agora, mesmo diante de esse pulsar angustiante no ser, sou levado ao Deus que se marginalizou, disse, em tom e alto som, um não as punições, as cobranças, as dissenções, as dicotomias das alas religiosas (fariseus e saduceus), reacionárias (zelotes), idealísticas (essênios) e não propôs o soerguer de uma Israel universal, de um protetorado davídico, de um sistema sociopolítico igualitário, mas sim como tornar a vida leve, os encontros e vínculos suportáveis e tolerantes, o próximo como sentido máximo e inegociável da vida humana.
De certo, não venho aqui abominar a árvore de natal, o papai noel, a mesa com suas guloseimas, o almoço de família, o amigo secreto; simplesmente, será essa a esperança das boas novas que floresce, tão somente, em uma data específica, com maior projeção, como se devêssemos quebrar o galho e relembrar do Messias, por alguns instantes e nada mais?
Aliás, a léguas de distância de ser o dono da verdade, Jesus veio para o ser humano e seus discípulos não deveriam proceder de maneira similar? Tristemente, passamos por doze ciclos e não conseguimos escrever uma carta, enviar um e – mail, demonstrar, por atos e práticas simples, o quanto o outro tem importância e, em direção oposta, quando o pastor pergunta quem está com problemas, de imediato, levantamos as mãos e muitos não conseguem expressar nenhuma, mais nenhuma gratidão pela vida, por andar, por respirar, por ouvir, por terem onde dormir, por terem avançado, por terem progredido, por terem viajado e, categoricamente, parecemos como figuras tresloucadas, centrados em si mesmos, discípulos de uma fé do cada um por si e Deus por todos? Ademais, será mais um vinte e cinco?
‘’Mesmo diante das pressões do consumismo e de suas distrações, sua celebração não se resume a manjedoura. ’’
O ano de 2016 tem sido marcado por uma profunda e inquestionável avalanche de rupturas, de perdas, de falências e de convulsões, em todos os setores das relações humanas. A política, deploravelmente, desaguou numa enxurrada de denúncias, ao qual acabou por culminar na derrocada da outrora presidente Dilma e os escândalos não param, como um fluir hemorrágico, sem precedentes.
Não por menos, uma parcela da população experimenta na pele os estigmas funestos e danosos do desemprego, além disso, diversos setores da economia, expressamente, espelham os retratos de um momento de desânimo e retração. Isto sem falar nas catástrofes, como o ocorrido com a delegação da Chapecoense e outros casos de atos terroristas pelo mundo. Por fim, estamos a poucas horas de mais um vinte e cinco de dezembro, ao qual há uma expectativa para o ano novo e um adeus sonoro a dois mil e dezesseis.
Agora, será, e, agora, dentro da dimensão cristã, mais um vinte e cinco?
Pronto, feliz natal, com a lembrança de Cristo, do Salvador e, depois disso, aguardar – se – á o apagar das luzes e tudo seguirá a mesma rotina? Sinceramente, demonstro uma, cada vez maior, dificuldade por participar de cultos de natal, cantatas e ouvir, com todo o respeito, sermões pelo qual demonstram um menino na manjedoura, uma vida melhor no porvir, uma saga até a ressurreição. Devo abrir o jogo, sinto – me cansado e, talvez, seja um indicio de um retorno a simplicidade da palavra restauradora, sem enfeites, sem sublimações, sem refinações, sem os aparatos envernizados de retóricas e elucubrações teológicas evasivas, porque não vão a direção da existência humana.
Digo, sem sombra de dúvida, Deus desceu, até nós, adentrou na humanidade, sem nada impor e reivindicar, para fazer os itinerários de suas fragilidades, de suas debilidades, de suas vulnerabilidades, de suas dúvidas, de suas inquietudes (e nesta noite, como estou), de suas incertezas, de o por qual razão ou para tantos abismos entre seres humanos, de o por qual motivo ou para que tantas feridas e fraturas emocionais e espirituais? Não sei se estou melindroso ou contagiado com uma vontade de chutar o balde ou triste, não sei.
Agora, mesmo diante de esse pulsar angustiante no ser, sou levado ao Deus que se marginalizou, disse, em tom e alto som, um não as punições, as cobranças, as dissenções, as dicotomias das alas religiosas (fariseus e saduceus), reacionárias (zelotes), idealísticas (essênios) e não propôs o soerguer de uma Israel universal, de um protetorado davídico, de um sistema sociopolítico igualitário, mas sim como tornar a vida leve, os encontros e vínculos suportáveis e tolerantes, o próximo como sentido máximo e inegociável da vida humana.
De certo, não venho aqui abominar a árvore de natal, o papai noel, a mesa com suas guloseimas, o almoço de família, o amigo secreto; simplesmente, será essa a esperança das boas novas que floresce, tão somente, em uma data específica, com maior projeção, como se devêssemos quebrar o galho e relembrar do Messias, por alguns instantes e nada mais?
Aliás, a léguas de distância de ser o dono da verdade, Jesus veio para o ser humano e seus discípulos não deveriam proceder de maneira similar? Tristemente, passamos por doze ciclos e não conseguimos escrever uma carta, enviar um e – mail, demonstrar, por atos e práticas simples, o quanto o outro tem importância e, em direção oposta, quando o pastor pergunta quem está com problemas, de imediato, levantamos as mãos e muitos não conseguem expressar nenhuma, mais nenhuma gratidão pela vida, por andar, por respirar, por ouvir, por terem onde dormir, por terem avançado, por terem progredido, por terem viajado e, categoricamente, parecemos como figuras tresloucadas, centrados em si mesmos, discípulos de uma fé do cada um por si e Deus por todos? Ademais, será mais um vinte e cinco?
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