Palavra do leitor
- 29 de outubro de 2016
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A Religião Alternativa de Jesus
A caminhada de Jesus, enquanto esteve aqui, pode ser vista com o estabelecer de uma nova rota espiritual, ou de uma nova religião, ou de um de uma nova interpretação da torá, ou de uma nova proposta revelacional? Ao falar do Carpinteiro da Galileia, visto como uma figura marginalizada, blasfema, desafeita aos ornamentos sacrificiais, há a condição de afirmar ser o ponto de uma religião alternativa? Particularmente, ouso por um chamado de vida alternativa, por onde o sagrado, o divino, o numinoso, o místico, o sobrenatural, as estruturas dogmáticas, os arcabouços doutrinários, os sistemas teológicos, as profecias, caso não desemboquem no resgate das relações, naquilo que nos torna, verdadeiramente, humanos e, logo, imagem e semelhança de uma existência com dignidade, de nada servem. De certo, as narrativas de Jesus apresentam o amor como um atributo tipicamente humano, insistiu nos milagres, nos sinais e nos prodígios, segundo a ênfase de lutar pela vida, de trazer, para o palco da visibilidade, os excluídos, os considerados repudiados, os vitimados pelas posições doentias e contagiadas pela maldade ou pelo pecado. Vai além, abre as páginas de Deus para todos, remove tantos pesos e contrapesos, sem nenhuma intenção de manipular ou execrar, e deixa suas marcas, no diálogo com a mulher samaritana, ao estender as mãos para a mulher prestes a ser apedrejada, ao coletor de impostos, ao centurião romano e, enfim, teceu, caso assim possa afirmar, uma religião alternativa, com as nuances, com as particularidades, com as peculiaridades de gente, como eu e você, que vacila, que erra, que não vai acetar sempre, que tem incertezas, dúvidas, que chora, que tem sangue nas veias, que tem o pulsar pela eternidade, que queria muitas respostas. Evidentemente, dentro de um cenário marcado por um descrédito, com relação a vida, com uma visão rasa, superficial e líquida das relações, com uma fé descartável, com a solidão e o isolamento como refúgios para suportar o vazio de cada dia, arrisco na mensagem que não tem a intenção de o alienar, de o deturpar, de o vestir com uma roupagem diferente de crenças. Diametralmente oposto, Jesus decidiu, categoricamente, pela vida e não pelas discussões enfadonhas e sem qualquer efeito, referente a licitude e legitimidade para curar ou não no sábado, para o quanto deveríamos jejuar e orar, para o quanto deveríamos nos purificar e confessar. Em outras palavras, de forma alguma teve a intenção de destruir o templo, implantar novos mandamentos, mas sim, simplesmente, nos apresentou o mais expressivo, o mais relevante, o mais pujante e o mais vivaz, ou seja, a comunhão solidária, a fé fraterna, a esperança amiga e, grosso modo, as boas notícias para se fazer acontecer na vida. Talvez, por isso, pouco se ocupou com as matrizes da metafísica helenista e suas especulações sobre o ser e trilhou pelos enredos de mostrar, por meio de atos e práticas, como fazer e fazer o mesmo, com inspiração e criatividade, para fomentar e potencializar toda nossa vida. Sem sombra de dúvida, de modo algum ecoou por uma revolução social e política, embora seus ensinos nos desafiam para sermos testemunhas de uma liberdade, de um grito liberdade, de uma leitura de de recomeços e não sanguinário, de trocas e favores, de culpa e condenação, de uma Cruz que nos remete para, a começar nesta realidade, com suas contingências, com suas ambiguidades, com seus dilemas, com suas perdas, com suas afrontas, não arredarmos o pé, a alma e, por fim, toda nossa vida de ainda insistir, a cada dia, a submergir nessa religião alternativa, pelo qual Deus desce e desce para aproximar, para partilhar, para participar, para aparar as arestas e nos ajudar a romper e irromper com a mais sórdida, com a mais letal, com a mais desprezível manifestação maligna, ao qual denomino diminuir o próximo e o ver como um objeto a ser descartado, a ser utilizado e a ser consumido. Dou mais umas pinceladas, essa religião alternativa não e nunca quis ou quer desmoronar com o decálogo, como já externado, porque Jesus transcendeu e a cumpriu, colocou, na mesa da vida, o quanto não devemos permanecer nas fronteiras da religiosidade e seus ritualismos e diante dos famintos, dos injustiçados, dos adoecidos, dos atormentados, dos desiludidos, dos frustrados relativizou o próprio tecido normativista da lei, em benefício da humanidade. Sempre é de bom parecer anotar, Jesus esteve nas ruas, nas casas, nas feiras e, ademais, na dinâmica da vida, do nascimento e da morte, de bons e maus, de justos e suspeitos. Então, a religião de Jesus foge de todas as invencionices dos homens para se chegar ao eterno, não nos tira dessa vida, faz do eterno uma via apaixonada e não retaliadora, abre divisas para a linguagem de ir e vir, entre os homens, desafia – nos a conceber a Graça como a bondade, e, o pecado, como a maldade, ao qual tem arruinado povos, desumanizando – os, desfigurando – os, deserdando – os.
A caminhada de Jesus, enquanto esteve aqui, pode ser vista com o estabelecer de uma nova rota espiritual, ou de uma nova religião, ou de um de uma nova interpretação da torá, ou de uma nova proposta revelacional? Ao falar do Carpinteiro da Galileia, visto como uma figura marginalizada, blasfema, desafeita aos ornamentos sacrificiais, há a condição de afirmar ser o ponto de uma religião alternativa? Particularmente, ouso por um chamado de vida alternativa, por onde o sagrado, o divino, o numinoso, o místico, o sobrenatural, as estruturas dogmáticas, os arcabouços doutrinários, os sistemas teológicos, as profecias, caso não desemboquem no resgate das relações, naquilo que nos torna, verdadeiramente, humanos e, logo, imagem e semelhança de uma existência com dignidade, de nada servem. De certo, as narrativas de Jesus apresentam o amor como um atributo tipicamente humano, insistiu nos milagres, nos sinais e nos prodígios, segundo a ênfase de lutar pela vida, de trazer, para o palco da visibilidade, os excluídos, os considerados repudiados, os vitimados pelas posições doentias e contagiadas pela maldade ou pelo pecado. Vai além, abre as páginas de Deus para todos, remove tantos pesos e contrapesos, sem nenhuma intenção de manipular ou execrar, e deixa suas marcas, no diálogo com a mulher samaritana, ao estender as mãos para a mulher prestes a ser apedrejada, ao coletor de impostos, ao centurião romano e, enfim, teceu, caso assim possa afirmar, uma religião alternativa, com as nuances, com as particularidades, com as peculiaridades de gente, como eu e você, que vacila, que erra, que não vai acetar sempre, que tem incertezas, dúvidas, que chora, que tem sangue nas veias, que tem o pulsar pela eternidade, que queria muitas respostas. Evidentemente, dentro de um cenário marcado por um descrédito, com relação a vida, com uma visão rasa, superficial e líquida das relações, com uma fé descartável, com a solidão e o isolamento como refúgios para suportar o vazio de cada dia, arrisco na mensagem que não tem a intenção de o alienar, de o deturpar, de o vestir com uma roupagem diferente de crenças. Diametralmente oposto, Jesus decidiu, categoricamente, pela vida e não pelas discussões enfadonhas e sem qualquer efeito, referente a licitude e legitimidade para curar ou não no sábado, para o quanto deveríamos jejuar e orar, para o quanto deveríamos nos purificar e confessar. Em outras palavras, de forma alguma teve a intenção de destruir o templo, implantar novos mandamentos, mas sim, simplesmente, nos apresentou o mais expressivo, o mais relevante, o mais pujante e o mais vivaz, ou seja, a comunhão solidária, a fé fraterna, a esperança amiga e, grosso modo, as boas notícias para se fazer acontecer na vida. Talvez, por isso, pouco se ocupou com as matrizes da metafísica helenista e suas especulações sobre o ser e trilhou pelos enredos de mostrar, por meio de atos e práticas, como fazer e fazer o mesmo, com inspiração e criatividade, para fomentar e potencializar toda nossa vida. Sem sombra de dúvida, de modo algum ecoou por uma revolução social e política, embora seus ensinos nos desafiam para sermos testemunhas de uma liberdade, de um grito liberdade, de uma leitura de de recomeços e não sanguinário, de trocas e favores, de culpa e condenação, de uma Cruz que nos remete para, a começar nesta realidade, com suas contingências, com suas ambiguidades, com seus dilemas, com suas perdas, com suas afrontas, não arredarmos o pé, a alma e, por fim, toda nossa vida de ainda insistir, a cada dia, a submergir nessa religião alternativa, pelo qual Deus desce e desce para aproximar, para partilhar, para participar, para aparar as arestas e nos ajudar a romper e irromper com a mais sórdida, com a mais letal, com a mais desprezível manifestação maligna, ao qual denomino diminuir o próximo e o ver como um objeto a ser descartado, a ser utilizado e a ser consumido. Dou mais umas pinceladas, essa religião alternativa não e nunca quis ou quer desmoronar com o decálogo, como já externado, porque Jesus transcendeu e a cumpriu, colocou, na mesa da vida, o quanto não devemos permanecer nas fronteiras da religiosidade e seus ritualismos e diante dos famintos, dos injustiçados, dos adoecidos, dos atormentados, dos desiludidos, dos frustrados relativizou o próprio tecido normativista da lei, em benefício da humanidade. Sempre é de bom parecer anotar, Jesus esteve nas ruas, nas casas, nas feiras e, ademais, na dinâmica da vida, do nascimento e da morte, de bons e maus, de justos e suspeitos. Então, a religião de Jesus foge de todas as invencionices dos homens para se chegar ao eterno, não nos tira dessa vida, faz do eterno uma via apaixonada e não retaliadora, abre divisas para a linguagem de ir e vir, entre os homens, desafia – nos a conceber a Graça como a bondade, e, o pecado, como a maldade, ao qual tem arruinado povos, desumanizando – os, desfigurando – os, deserdando – os.
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