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Palavra do leitor

Vai-te, e não peques mais

Na minha escalada como estudante, tive professores memoráveis. Eu era praticamente o mascote da turma (concluí o segundo grau ainda com 16 anos) e, embora não fosse um bom aluno (apenas mediano), caia nas graças de muitos professores, inclusive de alguns bem maleáveis comigo na hora de corrigirem minhas provas e trabalhos de classe.

Na universidade, como aluno de Ciências Contábeis, tive sérias dificuldades, com reprovações nas disciplinas de Matemática I e II, Matemática Financeira, Economia I, II e Estatística.

Foi nesta última disciplina citada anteriormente, já tendo desistido por duas vezes das aulas por baixíssimas notas, que encontrei o melhor de todos os professores ao matricular-me pela terceira vez. Neste caso se tratou de uma professora, de extremo carisma e competência. Lembro de ter falado com ela e relatado das duas desistências anteriores e ela me disse "precisarei que você me exponha todas as dúvidas em sala, não se intimidando diante dos colegas. Não se permita sair da sala com dúvidas, e estarei pronta a tentar dirimir todas elas". Lembro de, em certa ocasião, ter pedido a mesma que repetisse uma mesma explicação por 3 vezes, sob o olhar crítico de muitos colegas de sala.

Grande foi a minha surpresa ao receber a nota depois da primeira prova: 10!

Lembro claramente de ter sido despertado em mim uma forte cobiça de obter um coeficiente geral de nota máxima na próxima prova. E assim mantive a mesma postura anterior: assistir todas as aulas e não levar nenhuma dúvida para casa.

Chegado o dia da segunda prova, estava me sentindo preparadíssimo, inclusive pelas palavras de encorajamento da professora, que estava torcendo muito por mim.

5 questões foram colocadas na prova e, para minha tristeza, uma delas eu não sabia responder. Todavia, a cobiça se assenhoreou de mim (pois uma nota 8 me parecia pouco!), e o que fiz? Pedi fila ao amigo do lado, e a obtive, sem me dar conta de que a professora viu tudo. Grande foi a minha surpresa quando a voz dela ressoou no meu ouvido: "Não esperava jamais isto de você, e saiba que esta última questão colada não será pontuada!". E ela pôs um "X" ao lado da questão que me vira filar.

Das muitas coisas erradas que já fizera em minha vida, esta se encontra certamente na lista das piores, pois foi um somatório de vários pecados (que foram primeiramente afrontas à santidade de Deus) : roubo (colar é se apropriar do que não é seu), cobiça (desejo maligno por reconhecimento e, o que é pior, de forma ilegítima) e deslealdade, esta por ter traído a confiança da professora, que sempre fora tão generosa e cordial comigo.

O impacto das palavras que ouvi me paralisaram. Lembro de ter entregue a prova e ficado do lado de fora, com um terrível sentimento de culpa. Esperei o último aluno sair e fui até à professora. Com os olhos cheios de lágrimas, disse-lhe: "Perdoe-me, a senhora não merecia isto, e não há justificativa para este meu erro". Apesar de tudo, ela me disse: "Não se preocupe, corrigi sua prova. Sua Nota foi 8, e você está aprovado, mas nunca mais faça isto !".

As palavras da professora logo me reportaram àquela passagem bíblica através da qual JESUS dirigiu à mulher adúltera: "João 8:11... E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais".

Obs: Na época deste acontecimento, eu ainda não era nascido de novo !
Recife - PE
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