Palavra do leitor
- 10 de maio de 2022
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"Nenhuma condenação há"
Um dos clássicos da música evangélica brasileira chama-se "Nenhuma condenação há", cuja autoria é do cantor e compositor Armando Filho. Traduzindo a experiência de muitos cristãos em conflitos com algumas memórias de sua vida antes da conversão, a letra da canção reza os seguintes versos:
"[...]Lembranças do passado vem/E querem me fazer parar/Ou mesmo palavras de alguém/Que não quer na gente acreditar/ E quase parando em forças e vigor/A gente lê a Palavra/Encontra bastante poder pra vencer/E continuar a jornada/E ver que o passado ficou pra trás/Pois Cristo na cruz tudo já venceu/E saber que dele não lembra mais/Eu canto pra glória de Deus:
Nenhuma condenação há/Para quem está em Ti Jesus/Cuja a vida coberta está/Pelo sangue que verteu na cruz/É certo que provas virão/Investidas no vil tentador/Mas nenhuma condenação há/Para quem está em Ti/Querido SENHOR."
Ao ler Romanos 8:1 e comparar as versões da Revista/Atualizada e Revista/Corrigida (Tradução de João Ferreira de Almeida), notei que uma delas encerram o versículo "[...] Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" omitindo o restante da frase: "Que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito".
Mas não há razão para confusão na interpretação de ambas traduções do texto sagrado em pauta, pois se alguém está em Cristo e fora de toda condenação, obviamente não andará segundo a carne (velha maneira de viver, inclinações e escravidão dos desejos pecaminosos). Assim como escreveu aos romanos, o mesmo autor registrou aos Coríntios: Se alguém está em Cristo Jesus, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Cor 5:17).
O capítulo oitavo da epístola de Paulo aos romanos contém uma mensagem profunda. Assegurando descanso ao pecador salvo pela fé e confiando unicamente nos méritos de Cristo para sua justificação e paz com Deus (pela presença e direção do Santo Espírito na vida do crente), o livro de Romanos explica e exemplifica o plano da salvação e o papel da graça, fé, lei, obediência, bem como a solução de Deus ao prover a solução para o problema do pecado.
Embora a existência de pecadores se prolongue até a destruição final da maldade (que se dará após a volta de nosso SENHOR Jesus Cristo), mesmo na vida dos salvos pela fé e regenerados pelo Espírito Santo, o pecado não passará de acidente de percurso. Não será tido como prática, regra, prazer. Não será escravidão nem domínio da iniquidade sobre o coração. Dessa maneira, o pecador salvo recebe de Deus uma nova natureza espiritual tal qual semente a ser cultivada, alimentada e fortalecida, a fim de suplantar a velha natureza que deverá morrer diariamente. Eis o sentido da nova vida no Espírito.
No entanto, as tentações não desaparecerão magicamente da vida do convertido transformado em nova criatura -- pelo poder do sangue de Jesus e direção do Santo Espírito. Tentações acompanharão a vida do cristão, porém ser tentado não é o mesmo que cometer pecado. Pecado é ceder a tentação e alimentar o desejo maligno, flertando com o convite insistente do Diabo a render-se à própria cobiça. A boa notícia é de que Fiel é Deus ao não permitir que alguém seja tentado além do que pode suportar.
Segundo as Escrituras Sagradas, ninguém é tentado por Deus. Pessoa alguma enfrenta uma tentação impossível de se vencer. Cada tentação vencida fortalece o caráter, enquanto a tentação cedida enfraquece o ser e leva à escravização. Pior: leva à racionalização do pecado e tentativa de se justificar e legitimar o erro para atenuar a consciência, fazendo com que haja repetição da prática sem sensação de culpa ou reprovação divina. O resultado é a cauterização da consciência e insensibilidade à voz do Espírito Santo.
Ninguém que ame a Cristo e compreenda a gravidade do pecado viverá na iniquidade. Muito menos sem culpa. Mas aos sensíveis e sinceros de coração, ainda que tropecem serão erguidos pelo próprio Cristo e entenderão que a alegria do Espírito é constante e nem se compara ao prazer efêmero e ilusório que provoca inúmeros sofrimentos, além de conduzir à morte eterna.
Agostinho de Hipona, Stª Maria do Egito, Maria Madalena e tantos outros viveram uma vida pregressa de depravação moral e cegueira espiritual até conhecerem a Luz e experimentarem genuíno arrependimento dos seus pecados. Contritos e sinceros de coração, a promessa divina de perdão, purificação e transformação neles se concretizaram, pois deixaram a promiscuidade, entristeceram-se por seus pecados, confessando-os, abandonando-os e tornando-se proclamadores do reino e Salvador Jesus.
Se você ouviu o "Quem te viu, quem te vê" e se angustiou pelo seu vergonhoso passado, lembre-se: Cristo morreu na cruz para que teus pecados fossem perdoados e apagados. Nenhuma condenação há para quem nEle está. Ao alimentar a nova natureza implantada em ti pelo Santo Espírito, nova criatura permanecerás. Assim, a bondade de Deus sempre te conduzirá ao genuíno arrependimento e Ele operará em você o Seu santo querer e realizar.
"[...]Lembranças do passado vem/E querem me fazer parar/Ou mesmo palavras de alguém/Que não quer na gente acreditar/ E quase parando em forças e vigor/A gente lê a Palavra/Encontra bastante poder pra vencer/E continuar a jornada/E ver que o passado ficou pra trás/Pois Cristo na cruz tudo já venceu/E saber que dele não lembra mais/Eu canto pra glória de Deus:
Nenhuma condenação há/Para quem está em Ti Jesus/Cuja a vida coberta está/Pelo sangue que verteu na cruz/É certo que provas virão/Investidas no vil tentador/Mas nenhuma condenação há/Para quem está em Ti/Querido SENHOR."
Ao ler Romanos 8:1 e comparar as versões da Revista/Atualizada e Revista/Corrigida (Tradução de João Ferreira de Almeida), notei que uma delas encerram o versículo "[...] Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" omitindo o restante da frase: "Que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito".
Mas não há razão para confusão na interpretação de ambas traduções do texto sagrado em pauta, pois se alguém está em Cristo e fora de toda condenação, obviamente não andará segundo a carne (velha maneira de viver, inclinações e escravidão dos desejos pecaminosos). Assim como escreveu aos romanos, o mesmo autor registrou aos Coríntios: Se alguém está em Cristo Jesus, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Cor 5:17).
O capítulo oitavo da epístola de Paulo aos romanos contém uma mensagem profunda. Assegurando descanso ao pecador salvo pela fé e confiando unicamente nos méritos de Cristo para sua justificação e paz com Deus (pela presença e direção do Santo Espírito na vida do crente), o livro de Romanos explica e exemplifica o plano da salvação e o papel da graça, fé, lei, obediência, bem como a solução de Deus ao prover a solução para o problema do pecado.
Embora a existência de pecadores se prolongue até a destruição final da maldade (que se dará após a volta de nosso SENHOR Jesus Cristo), mesmo na vida dos salvos pela fé e regenerados pelo Espírito Santo, o pecado não passará de acidente de percurso. Não será tido como prática, regra, prazer. Não será escravidão nem domínio da iniquidade sobre o coração. Dessa maneira, o pecador salvo recebe de Deus uma nova natureza espiritual tal qual semente a ser cultivada, alimentada e fortalecida, a fim de suplantar a velha natureza que deverá morrer diariamente. Eis o sentido da nova vida no Espírito.
No entanto, as tentações não desaparecerão magicamente da vida do convertido transformado em nova criatura -- pelo poder do sangue de Jesus e direção do Santo Espírito. Tentações acompanharão a vida do cristão, porém ser tentado não é o mesmo que cometer pecado. Pecado é ceder a tentação e alimentar o desejo maligno, flertando com o convite insistente do Diabo a render-se à própria cobiça. A boa notícia é de que Fiel é Deus ao não permitir que alguém seja tentado além do que pode suportar.
Segundo as Escrituras Sagradas, ninguém é tentado por Deus. Pessoa alguma enfrenta uma tentação impossível de se vencer. Cada tentação vencida fortalece o caráter, enquanto a tentação cedida enfraquece o ser e leva à escravização. Pior: leva à racionalização do pecado e tentativa de se justificar e legitimar o erro para atenuar a consciência, fazendo com que haja repetição da prática sem sensação de culpa ou reprovação divina. O resultado é a cauterização da consciência e insensibilidade à voz do Espírito Santo.
Ninguém que ame a Cristo e compreenda a gravidade do pecado viverá na iniquidade. Muito menos sem culpa. Mas aos sensíveis e sinceros de coração, ainda que tropecem serão erguidos pelo próprio Cristo e entenderão que a alegria do Espírito é constante e nem se compara ao prazer efêmero e ilusório que provoca inúmeros sofrimentos, além de conduzir à morte eterna.
Agostinho de Hipona, Stª Maria do Egito, Maria Madalena e tantos outros viveram uma vida pregressa de depravação moral e cegueira espiritual até conhecerem a Luz e experimentarem genuíno arrependimento dos seus pecados. Contritos e sinceros de coração, a promessa divina de perdão, purificação e transformação neles se concretizaram, pois deixaram a promiscuidade, entristeceram-se por seus pecados, confessando-os, abandonando-os e tornando-se proclamadores do reino e Salvador Jesus.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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