Por Lucas Peterson

Há muito tempo, conta-se a história de um hobbit chamado Bilbo e sua incrível aventura por montanhas e florestas na Terra Média.

Um encontro oportuno chamou a minha atenção logo no início da jornada de Bilbo e de seu exótico grupo de companheiros (composto por um punhado de anões e um velho mago cinzento): a chegada à Valfenda, onde Elrond vive na Última Casa Hospitaleira.

Após um começo de viagem bastante difícil pelas Terras Solitárias, que exigira muito esforço deles e de seus animais, eles encontram a casa de Elrond, que é assim descrita:

“Sua casa era perfeita, não importa se você gostasse de comer, de dormir, de trabalhar, de contar histórias, de cantar, ou de apenas se sentar e pensar melhor no que fazer, ou de uma mistura agradável de tudo isso. Coisas malignas não entravam naquele vale.
Queria ter tempo para lhe contar só algumas das histórias, ou uma ou duas canções que eles ouviram naquela casa. Todos eles – os pôneis também – ficaram recuperados e fortes após poucos dias ali. Suas roupas foram emendadas, assim como seus arranhões, seus ânimos e suas esperanças. Seus alforjes se encheram de comida e provisões leves de carregar, mas duráveis o suficiente para que conseguissem atravessar os passos das montanhas. Seus planos foram corrigidos com os melhores conselhos…”

Pode parecer estranho ler isso, mas em nossas terras eu também encontrei a casa de Elrond. Um lugar de renovo e inspiração. Que acolhe os viajantes e os capacita para seguir adiante. Em que é possível fazer um bocado de coisas e se sentir bem ao fazê-las. Um local conhecido pelas suas muitas e belas canções e onde não há espaço para coisas malignas.

Confesso, pode parecer estranho ler isso, mas a Igreja de Cristo é a casa de Elrond. A Última Casa Hospitaleira a oeste das Montanhas, que mantêm as “suas portas escancaradas” a todos os viajantes, acolhendo até os mais estranhos deles. Que remenda as roupas, os arranhões, os ânimos e as esperanças e dá um fardo leve para carregar. Que corrige as rotas com os melhores conselhos e com a Boa Notícia transforma a jornada em Boa Viagem.

“Então foram embora cavalgando em meio a canções de despedida e boa viagem, com seus corações prontos para mais aventura e com bom conhecimento da estrada que deviam seguir, através das Montanhas Nevoentas, até a terra além delas.”

Espero que em sua jornada você também encontre uma Casa Hospitaleira ou então que ajude a construir uma. Faz toda a diferença.

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