Por Jeverton “Magrão” Ledo

Enfrentamos um momento complicado, e esse novo cenário traz consigo muitas reflexões e autoanálise.

O que dizer sobre um desejo que, ao longo da jornada, em alguns momentos vem como uma avalanche sobre muitas pessoas, as conduzindo por vezes e vezes a uma estrada que parece não ter um fim?

Estou falando sobre tomar o leme nas próprias mãos para tentar conduzir a vida, como se a capacidade de gerenciar toda essa complexidade do dia a dia pudesse ser facilmente conduzida por seres limitados, finitos, controversos, arrogantes e, porque não dizer, cheios de si em muitas e muitas situações. E a lista segue…

Gostar de si mesmo, ter um entendimento claro de quem você é, identificar, conhecer e trabalhar em suas habilidades e fraquezas é algo que devemos buscar sem cessar.

Mas, como tudo na vida, não podemos ultrapassar os limites.

Nunca se deixe levar pela ideia de que você é ou será mais importante que alguém, mas também não se enxergue como alguém sem valor. Equilíbrio é uma palavra que se encaixa nessa breve reflexão.

O convívio diário revela que muitos estão em desequilíbrio, perdidos, iludidos e achando que tudo caminha bem, afinal de contas o “eu” insiste em dar um tapinha nas próprias costas.

Não é chegado o tempo, mais uma vez? Tudo o que tem acontecido ao longo de toda a história não deve ser enxergado como momentos para baixar a bola, encarar a realidade, tomar tempo consigo mesmo? E, assim, perceber que não adianta querer fugir, se esconder, tentar camuflar, trocar de estilo, de cidade, de país, encontrar lugar em uma nova galáxia…

Chega! A verdade é única.

Não dê espaço para que a desesperança te paralise. Cada momento vivido deve ser encarado como uma oportunidade para transformação, deixando marcas relevantes através da vida. Que, entendendo que não estamos no controle, aprendamos sempre com tempos como esse.

Encaremos a fragilidade, a fluidez do tempo que escorre entre os dedos. A vida pode passar como um sopro. Não se perca em si mesmo.

  • Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e trabalha com juventude. É um apaixonado por quadrinhos e arte, e reside com a família na Bélgica.

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