Por Karol Coelho

Se lhe falta alguma leveza, além de uma boa reflexão, eu sugiro que escute o Thiago Grulha. Poesia e simplicidade são características perceptíveis que ele tem desenvolvido ao longo dos anos, a cada álbum que lança e a cada participação em músicas de outros artistas.

Tímido mas, ao mesmo tempo, entregue à canção, foi como analisei a primeira vez que ouvi e vi o Thiago cantando no primeiro DVD do Paulo César Baruk, há mais de 10 anos. Um tempo depois, eu o ouvi pessoalmente em uma igreja em Araras, interior de São Paulo. Ele não só cantou, como também foi o responsável pela mensagem da noite. Ao final, comprei seu CD “No Meio da Multidão”, cheio de músicas autorais, e ouvi muito no meu discman.

Como alguém que o acompanha, sinto que demorou demais o lançamento do seu quinto e mais recente álbum “Tão perto e eu não vi”. Mas a questão é que Thiago não tem pretensão maior que manter um diálogo sincero com pessoas de verdade, que erram e sentem medo, mas que querem continuar alimentando a fé no Bom Criador. Para isso, não se precisa produzir álbuns, não é mesmo?

Posso citar aqui várias de suas composições, como “Canção de Hagar”, “Vai Amanhecer”, “Não é o fim”, “Super herói” ou até mesmo a canção que ele fez quando o Chorão, do Charlie Brown Jr., partiu, “Pra Eles e Todo Mundo”. Mas, quero resumir o motivo que, eventualmente, me faz parar para ouvi-lo, com um trecho da música “Falam”:

“Preciso das palavras que convidam 
o nosso coração pra conversar
Palavras que nos mostram que a vida
É linda e não dá pra desperdiçar…”

Se você também necessita de tais palavras, escuta o Grulha. Essa música, especialmente, está com um arranjo maravilhoso.

 

  • Karol Coelho, 26 anos. Ama as nuvens, adora descobrir músicas de dois acordes para tocar no seu violão velho e escreve poesias. Frequenta o Projeto 242 e é jornalista, formada principalmente pelas histórias do Campo Limpo, zona sul de São Paulo.

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