Unidade em meio à diversidade movimentou o Rock no Vale 2016
Por Carol Rios
Além das apresentações de artistas e bandas como 5 a Seco, Resgate, Scalene, Carta Sonora, Estevão Queiroga, Zimbra, Kivitz, Voltare, Mauro Henrique e Projeto Sola, a quarta edição do Rock no Vale, em Arujá, interior de São Paulo, também contou com debate no Painel Unidade na Diversidade, uma das principais propostas do festival.
Os convidados Ariovaldo Jr, Yago Martins, Christian B. e Lipão discutiram sobre a diversidade política e cristã no mundo atual. Para Lipão, existe virtude nos pensamentos opostos, mas é preciso deixar de lado as conversas ficcionais/virtuais e ter “conversas reais”, solucionando assim a polarização. Ariovaldo Jr, entretanto, acredita que para os jovens dessa geração é cada vez mais difícil separar o virtual do real.
No campo político, Ariovaldo entende que “o que pode promover uma transformação é um povo que vive debaixo de uma ética do evangelho”, mas o pastor afirma também que falta um posicionamento do cristão, “como aquele que ensina a sociedade a fazer aquilo que é lícito”.
Sobre o cristianismo, Christian B. ressalta que a igreja de Cristo é para todos, seja quem for, mas o cristão “vem de uma formação de igreja muito caixinha”, o que faz com que ainda haja muita exclusão.
Quanto à diversidade ideológica dentro do cristianismo, Yago Martins acredita que “a gente tem que tratar como central aquilo que a Bíblia coloca como tal”. O ponto de convergência, segundo ele, é Cristo e o evangelho. Mas também é necessário questionar de qual Jesus se trata. “Se a gente perde o centro, a gente perde tudo”, afirma.
O mediador do debate, Marcos Botelho, conclui o momento com a afirmação de que em meio à diversidade, no fim das contas, “a unidade é o que importa”.
- Carol Rios tem 20 anos (e meio), é estudante de jornalismo, pensa que é a versão feminina do William Bonner e fez registros do Rock no Vale 2016 para o Blog Jovem.
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